quarta-feira, 14 de outubro de 2009

ENERGIA RENOVÁVEL

Especialistas recomendam nova matriz energética

Durante o seminário “A exploração do potencial eólico brasileiro”, promovido pela Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados, técnicos e especialistas apontaram como necessária a diversificação da matriz energética brasileira, com investimentos principalmente em energia éolica.

Segundo o secretário-executivo adjunto do Ministério das Minas e Energia, Francisco Romário Wojcicki, o potencial hidrelétrico do país, da ordem de 860 gigawatts, deverá estar esgotado entre 2030 e 2045.

Do total da energia consumida no país, mais de 80% provêm de hidrelétricas, daí a necessidade da procura por outras fontes de energia, segundo a constatação de Francisco Wojcicki. Outros 5,3% são obtidos através de biomassa e apenas 0,1% dos ventos.

Outro assunto tratado no encontro e que reforça um novo pensamento sobre a matriz energética no Brasil está no crescimento econômico. Se nos próximos anos o país crescer no mesmo ritmo ou tenha este ciclo acelerado, precisará cada vez mais de energia. Para tanto, o engenheiro da Eletrobrás Márcio Antonio Guedes Drummond apresentou estudo, segundo o qual, até 2017, o país precisará gerar, em média, 26 mil novos megawatts de energia. “Não é possível atender todo esse crescimento com apenas uma fonte ou duas”, disse à Agência Câmara.

Em relação a energia eólica, atualmente a produção nacional é de 550 megawatts. Embora ainda seja uma participação pequena, a previsão é que entre 2007 e 2010, o país multiplique por seis a capacidade instalada de geração de energia por meio do vento.

Primeiro leilão
O primeiro leilão específico para a área de energia eólica será realizado no dia 25 de novembro. Com isso, essa fonte passa a integrar, pela primeira vez, a matriz energética brasileira. O presidente da Empresa de Pesquisa Energética, Maurício Tolmasquim, informou que 441 projetos foram credenciados para o leilão. Em sua opinião, o interesse da iniciativa privada atesta a viabilidade da geração eólica no País. No total, esses interessados apresentaram propostas com potencial de geração de mais 13 mil megawatts.

O presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeólica), Lauro Fiúza, que também participou do debate, afirmou que o novo mapa eólico do país, em elaboração, mostra uma capacidade de geração superior a 300 mil megawatts. "Isso equivale a 20 usinas de Itaipu", comparou.

Outra vantagem brasileira, segundo ele, é a complementaridade possível entre as fontes hidráulica e eólica. Fiúza explicou que, enquanto as chuvas são mais fortes no primeiro semestre e perdem impacto no segundo, com os ventos ocorre o contrário - eles são mais fracos na primeira metade do ano e mais vigorosos na segunda.

Essa avaliação do caráter complementar entre as energias eólica e hidrelétrica é compartilhado pelo engenheiro marcos Antonio Drummond. Ele cita estudos que mostram que, com a substituição das usinas térmicas do Nordeste por eólicas, é possível aumentar não apenas o nível dos reservatórios na seca como reduzir os custos de operação e melhorar a interligação do sistema.

domingo, 11 de outubro de 2009

RANKING DE EMISSÕES

Petrobras é a que mais emite gases do efeito estufa no país

A Petrobras foi a empresa brasileira que mais lançou gases do efeito estufa na atmosfera, em 2008. A empresa lançou 51 milhões de toneladas de dióxido de carbono equivalente, segundo mostrou o primeiro balanço do Programa Brasileiro GHG Protocol, formado por 27 companhias naconais.

Ao todo o programa motrou que em 2008 esse grupo emitiu 85,2 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) equivalente (medida padronizada pela Organização das Nações Unidas, a ONU, para quantificar as emissões globais e que também inclui gases como metano e óxido nitroso). O montante representa 8,5% do total de emissões brasileiras no período, quando não se consideram as emissões oriundas do desmatamento e uso da terra.

O projeto, coordenado pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas (FGV),calcula as emissões produzidas pelas empresas para subsidiar medidas de mitigação, como projetos de crédito de carbono e de eficiência energética.

Além da petrolífera, a Votorantim foi a segunda colocada, com 18 milhões de toneladas jogadas na atmosfera.

Em terceiro lugar uma empresa que possui uma de suas unidades no Maranhão, a fabricante de alumínio Alcoa, com 2 milhões de toneladas. O estudo inclui a emissão de gases geradas por meios de transportes em viagens, consumo de combustíveis e disposição de resíduos orgânicos em aterros sanitários, que gera emissão de metano.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

EMISSÕES

Vale lidera índice Global 500 na América Latina

Após anunciar investimentos com o objetivo de evitar a emissão de 12 milhões de toneladas de Dióxido de Carbono (CO²) no Pará, a Vale informou que é a empresa latino-americana mais bem posicionada no índice que avalia o grau de transparência das informações sobre mudanças climáticas, o Global 500.

De acordo com o levantamento feito pelo Carbon Disclosure Project (CDP), divulgado nesta segunda-feira (28), se forem consideradas as empresas dos países que não fazem parte do Anexo 1 (aqueles que têm obrigações com metas de redução no Protocolo de Kyoto), a Vale ficou em segundo lugar, atrás apenas da sul-coreana Samsung Electronics.

Segundo a assessoria da mineradora de 0 a 100, a Vale obteve 74 pontos, acima da média de 59 pontos do setor de materiais, que inclui mineração, siderurgia, química, manufatura e papel e celulose. A média de outras companhias brasileiras ficou em 46 pontos.

Em 2008, as emissões de GEE da Vale, diretas e indiretas, foram de 16,8 milhões de toneladas de CO² equivalente - um crescimento de 10% em relação a 2007. Pelo indicador de intensidade de emissão do CDP (emissão por receita), o aumento foi de 407 toneladas de CO2e/US$ milhão para 522 tCO²e/US$ milhão. A Vale continua, no entanto, com a menor intensidade de emissão entre as grandes mineradoras.

Não costumo fazer apologia a nenhuma empresa ou governo por adotar medidas que visam a Sustentabilidade, até porque as grandes coorporações têm essa "obrigação" com o resto do mundo. Mas vale o registro.

PRESERVAÇÃO

Maranhão vê fraude em 57% das empresas florestais

Carlos Rangel / DiárioNet

O Maranhão aderiu ao sistema eletrônico de controle de fluxo de produtos florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e passa a usar o documento de origem florestal. A decisão foi tomada depois que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado detectou indícios de fraude em 57% das empresas que utilizavam apenas o controle maranhense. As empresas madeireiras já têm de declarar seus estoques no sistema federal para continuar operando.

A auditoria apontou a movimentação irregular de 405 mil metros cúbicos de madeira em toras, 195 mil m³ de madeira serrada, 1,6 milhão de estéreos de lenha, mourões ou resíduos, 251 mil metros de carvão, e a inserção fraudulenta de cerca de 600 mil m³ de produtos florestais no Sisflora no Maranhão. Apenas 14 empresas foram responsáveis por cerca de 20% das irregularidades.

O diretor de Biodiversidade e Florestas do Ibama, José Humberto Chaves, afirmou que no relatório preliminar da auditoria realizada no Sisflora no Maranhão, 653 de 1200 empresas cadastradas apresentaram indícios de fraudes. "Os números assustam. Muitas dessas empresas possivelmente são fantasmas e serviam para esquentar madeira sem origem legal, mas felizmente os sistemas eletrônicos permitem rastrear as fraudes", de acordo com a assessoria do Ibama.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, "o governo do Maranhão está dando um exemplo. Agora o cidadão vai pensar dez vezes antes de cometer um crime ambiental no Estado". Para ele, Rondônia, Pará e Mato Grosso deveriam seguir o exemplo, para reduzir o desmatamento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

COMBUSTÍVEIS

Vale evitará 12 milhões de toneladas de CO² com biodiesel

O Consórcio Brasileiro de Produção de Óleo de Palma - Vale/Biopalma comprou 2 milhões de sementes pré-germinadas de palma, para o plantio de 12,5 mil hectares em janeiro de 2011 no Pará.

O projeto prevê a produção de 500 mil toneladas por ano de óleo de dendê, parte transformada em 160 mil toneladas de biodiesel para consumo da Vale. Esse volume é correspondente à emissão de mais de 200 mil carros circulando no mesmo período.

A partir de 2014 o biodiesel vai abastecer toda a frota de 216 locomotivas da Estrada de Ferro Carajás (EFC), além de máquinas e equipamentos do sistema norte da mineradora.

O consórcio, que tem 41% de participação da Vale, será o maior produtor de óleo de palma das Américas e investirá cerca de US$ 500 milhões, US$ 305 milhões da liberadora.

A Vale já testou o B20 (diesel com 20% de biodiesel) em suas locomotivas, mas não pode implantar o projeto de forma definitiva, por falta de fornecimento, ou seja, a Petrobrás não garante nada além do B4 hoje vendido em todo o País.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TERMOELÉTRICA

Alemães vão trocar carvão por casca de babaçu

O vice-governador do Maranhão, João Alberto, definiu com investidores alemães detalhes de um projeto de aproveitamento do coco babaçu a ser implantado, primeiramente no município de Gonçalves Dias, na Região dos Cocais. A meta é que até 2015 sejam substituídas cerca de 17 milhões de toneladas de carvão mineral por cascas de coco babaçu que servirão de fonte de energia termoelétrica na Alemanha.

Um dos primeiros acordos entre Brasil e Alemanha nesse sentido foi feito em maio de 1986. Na contramão desse processo, o Brasil vai instalar no Ceará uma usina térmica que usa carvão mineral importado. O BNDES destinou R$ 1,4 bilhão para a construção da usina em São Gonçalo do Amarante, Ceará, que entrará em operação em 2012.

O projeto alemão prevê investimento de R$ 45 milhões, incluindo o trabalho de 8 mil quebradeiras de coco. A casca do coco será exportada para a Alemanha e transformada em fonte de energia, substituindo o carvão. Outra proposta é implantar no município uma indústria de beneficiamento de amêndoas, para extração do óleo e fabricação de produtos. A expectativa é aumentar a colheita mensal 200 para 20 mil toneladas de babaçu. O primeiro navio de exportação de cascas de coco babaçu deve aportar no Estado em março do ano que vem.

A ideia é criar 500 empregos diretos, além de desenvolver a economia da região. Pelo acordo, o Estado assegura a infraestrutura na recuperação das estradas que ligam os municípios onde se concentra o coco babaçu.

domingo, 20 de setembro de 2009

COMBATE À POLUIÇAO

Carros classificados por emissão de CO2 e poluentes

O cidadão passa a contar com dois instrumentos para conhecer as emissões de gás carbônico e de outros poluentes por carros de passeios: a Nota Verde e o indicador de CO2 que o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama lançaram.

Por enquanto, os dados disponíveis referem-se a modelos produzidos em 2008 e podem ser acessados pelos sites do ministério (http://www.mma.gov.br/) ou do instituto (http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php). Brevemente, as mesmas informações sobre emissões dos carros fabricados em 2009 também serão divulgadas.

A Nota Verde, criada pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve/Ibama, varia numa escala de 0 a 10. Quanto maior a nota de um carro, menor o seu índice de emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio.

Já com o indicador de CO2, o consumidor obterá informações sobre emissão de gás carbônico por quilômetro rodado pelo carro. Mas, a escala vai de 5 a 10, com uma casa decimal de precisão. Aquele que emitir menos CO2 receberá nota 10.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

CARBONO


Edifícios emitem 30% dos gases-estufa do mundo

Os edifícios são responsáveis por cerca de 30% das emissões de gases que provocam o aquecimento global. A indústria do cimento responde por outros 12%. Segundo as Nações Unidas, se este setor não controlar emissões gases-estufa, as metas globais de redução não serão alcançadas.

A constatação veio através de um levantamento de dados mundial sobre políticas púbicas, que apresenta soluções ecoeficientes para o setor de construção civil realizado pela Sustainable Buildings & Construction Iniciative (SBCI) e United Nations Environment Programme (Unep) para edificação e construção sustentável, sob a coordenação do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e em parceria com a Universidade da Europa Central (CEU).

O levantamento resultou no relatório Avaliação de Políticas Públicas para Redução da Emissão de Gases de Efeito Estufa em Edificações, que será lançado este mês no Brasil em parceria com o Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) durante a segunda edição do Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável, em São Paulo, informa a assessoria do evento.

O estudo é parte do quarto relatório de avaliação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apresentado em 2007, que aborda questões como o consumo de energia e substituição de combustível fóssil por energia renovável, entre outras. O relatório leva em consideração as políticas que privilegiam a eficiência energética ou redução do consumo de energia e, desta forma, atenuam as emissões de GEE. E nos edifícios estão as melhores oportunidades de redução dos gases de efeito estufa por meio da redução de energia, se comparado as outras iniciativas.

COMBUSTÍVEIS

Governo anuncia novo leilão de biodiesel

A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) vai promover em agosto um leilão para a compra de 460 mil metros cúbicos de biodiesel. São 368 mil de produtores que têm o selo combustível social e 92 mil dos demais. As normas do leilão foram publicadas nesta sexta-feira no Diário Oficial da União.

Os distribuidores devem comprar o combustível para adicionar na proporção de 4% ao óleo diesel, mistura obrigatório desde 1º de julho. A quase totalidade do biodiesel produzido no País ainda provém da soja. O programa do governo, Petrobrás à frente, pretende diversificar as fontes de matéria-prima, com destaque para girassol, mamona e dendê.

Por causa dos custos de produção, o valor pago na compra do biodiesel tem sido mais elevado do que aquele oferecido ao consumidor nos postos de combustíveis. A Petrobrás não informa quem paga essa diferença nem como.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

TECNOLOGIAS VERDES

Fazer busca online não polui muito

O Google calculou quanto gás carbônico seria emitido quando alguém faz uma busca.

Os engenheiros da gigante de tecnologia descobriram que uma “jogada no Google” gasta 1 kJ (quilo-jaule) de energia e emite 0,2 gramas de dióxido de carbono. Isso é pouco. Ainda mais quando comparado a outras atividades.

Um jornal diário, por exemplo, feito a partir de papel 100% reciclado, gasta o mesmo carbono que 850 pesquisas no Google.

Um copo de suco de laranja, produz a mesma quantidade de CO2 que 1.050 buscas e dar uma voltinha de oito quilômetros de carro gasta o mesmo que 10 mil pesquisas.

De acordo com os dados do Google, todas as etapas da produção de um cheeseburguer seriam responsáveis pela mesma emissão de gás carbônico que 15 mil buscas e ainda afirma que com a quantidade de energia elétrica consumida por uma família média americana durante um mês é possível fazer 3,1 milhões de pesquisas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

MEDIDAS CONTRA O AQUECIMENTO

Investimentos em eficiência energética devem ser quadruplicados

A Agência Internacional de Energia (AIE) disse que, para impedir que o aquecimento global supere os níveis controláveis, os investimentos em eficiência energética e tecnologias limpas devem ser quadruplicados. Isto significaria investir 400 bilhões de dólares por ano durante os próximos 20 anos, já que os diversos planos do governo contra a crise anunciados até agora preveem 100 bilhões de dólares para essas questões.

De acordo com a agência, a eficiência energética pode representar 54% do esforço pela redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) pela metade até 2050, para que o aumento da temperatura global não supere os dois graus a partir dos quais se considera que as alterações climáticas resultariam em consequências incontroláveis. O restante da diminuição se daria com o desenvolvimento de energias renováveis, mais centrais nucleares, e produção de tecnologia de captura e armazenamento de CO2 a partir de 2020, de acordo com a AIE, que reúne os grandes países consumidores de energia membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

A agência, que manifestou sua satisfação com o compromisso do G8 em reduzir em 80% as emissões de gases do efeito estufa até 2050 em relação aos níveis de 1990, pediu que os governos adotem "políticas estáveis e transparentes que promovam investimento em energia e melhorem sua regulação nos mercados do futuro". A AIE também destacou que é na área de eficiência energética que "os governos podem fazer a diferença" no corte de emissões de gases do efeito estufa.

Fonte: Finanzas.com

RECONHECIMENTO

ONU certifica geração de energia em assentamentos do Pará

A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Governo de Dubai, dos Emirados Árabes Unidos, certificaram com o título de Melhores Práticas de 2008 a energia gerada em dois assentamentos do Oeste do Pará: Mojú I e II e Corta Corda, ambos localizados no município de Santarém (PA). Nestes locais, foram implantadas seis Micro Centrais Hidrelétricas (MHC), que produzem energia limpa e com baixo impacto ambiental a partir de igarapés existentes na região.

A certificação foi destinada à empresa responsável pela criação das turbinas das MCHs, a Indalma, que recebeu recursos da Superintendência Regional do Incra no Oeste do Pará e da Prefeitura de Santarém para implantar o projeto. As MCHs instaladas nos assentamentos Mojú I e II e Corta Corda têm capacidade para atender a cerca de 1,9 mil famílias. A primeira MCH foi instalada em junho de 2006 e a última, em junho de 2008.

O reconhecimento da iniciativa ocorreu por meio do Dubai Internacional Award for Best Practices (Prêmio Internacional de Boas Práticas de Dubai), premiação gerida conjuntamente pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) e pelo governo de Dubai. Iniciado em 1995, o prêmio foi criado para reconhecer e reforçar projetos que tenham como foco a sustentabilidade e a melhoria das condições de vida da população.

O projeto das MCHs foi certificado na categoria Best Practices (Melhores Práticas), onde outros nove, do Brasil, e 82 de diversos países figuram. Desde 1995, o prêmio de boas práticas atraiu mais de quatro mil iniciativas de 140 países. Na última edição, a sétima, foram registradas cerca de 500 inscrições.

domingo, 12 de julho de 2009

POLÍTICA PÚBLICA

"Desmatamento Zero" na Amazônia sai até o fim do ano

Danilo Macedo Da Agência Brasil

A implantação do programa para zerar o desmatamento causado pela pecuária na Amazônia custará ao governo cerca de R$ 1 milhão, na primeira etapa. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o programa deve levar mais seis meses para entrar em vigor e começar a funcionar no sul do Pará. A região concentra grande parte dos frigoríficos do estado, que foi afetado com o embargo feito por três grandes redes de supermercados – Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart – no mês passado.

Antes, serão investidos de R$ 500 mil a R$ 600 mil em tecnologia para uso de guias eletrônicas de trânsito animal. Esse instrumento de fiscalização – exigido para a retirada dos animais da propriedade – facilitará o rastreamento da origem do gado.

Além desses recursos, mais R$ 500 mil serão gastos com o georreferenciamento das 12 mil propriedades rurais da região, que ocupam uma área de aproximadamente 150 mil quilômetros quadrados, equivalente a todo o território do Ceará. O georreferenciamento fará com que a localização das propriedades seja reconhecida por um sistema de referência e será feito em um único ponto da fazenda. Isso torna possível a conclusão do trabalho em 90 dias depois e a um valor bem menor.

Todos os custos serão do governo, restando aos proprietários rurais, na primeira fase, fazer o cadastro com informações de todo o rebanho. “Depois, basta fazer o monitoramento por satélite semestralmente e verificar se foi derrubada alguma árvore”, afirmou Stephanes.

Esse trabalho será feito pela Embrapa Monitoramento por Satélite, a mesma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias responsável pelo georreferenciamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa é a parte mais cara e deve custar, anualmente, R$ 2,5 milhões.

Inicialmente esse custo deve ser bancado pelo governo, com participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas, o objetivo do ministério é que nos anos seguintes os gastos sejam divididos com produtores e frigoríficos. O finalidade, segundo Stephanes, é que o sistema de rastreamento seja implantado, posteriormente, em todo o Pará.

terça-feira, 7 de julho de 2009

TECNOLOGIA

Ônibus movido a hidrogênio construído no Brasil é apresentado em São Paulo

Daniel Mello
Agência Brasil

O primeiro ônibus movido a hidrogênio construído no Brasil, que começará a circular em agosto, foi apresentado na capital paulista. A tecnologia, até agora, só foi desenvolvida na Alemanha, China, Estados Unidos e Japão, mas o protótipo brasileiro é bem mais barato. O veículo deverá circular inicialmente no Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus a Jabaquara, na região metropolitana de São Paulo.

Na maioria dos aspectos, o veículo parece um ônibus normal – a diferença é uma saliência na parte exterior do teto, onde ficam os tanques de hidrogênio. Além disso, é muito mais silencioso do que os ônibus convencionais.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), coordenadora do projeto, avaliará o desempenho do primeiro veículo para corrigir possíveis falhas nos outros três ônibus que deverão entrar em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano. Eles também deverão atuar nas 13 linhas do corredor ADB.


Os veículos são abastecidos com o combustível extraído pela eletrólise da água – separação do hidrogênio do oxigênio com o uso de eletricidade. O gás é usado para gerar a eletricidade que movimenta os ônibus e, após a combustão, o escapamento emite apenas vapor de água. Desse modo, o veículo não emite poluentes.

Os 45 quilos de hidrogênio que podem ser armazenados nos nove tanques presentes no protótipo dão ao veículo autonomia de cerca de 300 quilômetros. O sistema conta ainda com baterias que armazenam energia excedente produzida pelas células de hidrogênio e pela frenagem, o que pode levar o veículo percorra mais 40 quilômetros.

O custo do projeto de desenvolvimento e construção dos quatro ônibus, mais uma usina de produção de hidrogênio, que deverá ser instalada em São Bernardo do Campo (SP), é de R$ 38 milhões. O projeto tem apoio do Ministério de Minas e Energia, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Global Environment Facility (GEF) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O novo ônibus “já passou por todos os testes que são normais na indústria automobilística”, garantiu o gerente de desenvolvimento da EMTU, Carlos Zundt, em relação à segurança do veículo. “É mais fácil ter um problema em um ônibus a diesel do que em um ônibus como esse”, afirmou.

Quanto aos custos, Zundt disse que podem ser construídos outros veículos com preço semelhante ao de um trolleybus (ônibus elétrico), aproximadamente R$ 2 milhões. O preço pode cair até 20%, caso haja produção em escala maior. Segundo ele, peças importadas, como os tanques e as células de hidrogênio, são mais baratas quando compradas em maior quantidade. Ele ressaltou, no entanto, que é preciso haver mais demanda para que se pense em aumentar a produção.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CERTIFICAÇÃO

Prédios receberão etiquetas que atestam sua eficiência energética

Como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, o Inmetro e a Eletrobrás lançaram a Etiqueta de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos. É um sistema semelhante ao que avalia aparelhos domésticos, como chuveiros elétricos e geladeiras. O objetivo da etiqueta é incentivar projetos que levem em conta características de construções sustentáveis, aproveitando, por exemplo, iluminação e ventilação naturais. Isso reduz a necessidade do uso de iluminação artificial e de sistemas de ar condicionado.

A etiqueta avalia três aspectos dos edifícios: envoltório (a fachada e o entorno), sistema de iluminação e condicionamento de ar. Cada aspecto recebe uma classificação entre A (o melhor nível de eficiência) e E (o pior nível). Os prédios que receberem classificação A nos três sistemas ganharão o selo Procel Edifica. Por enquanto, a etiqueta só está disponível para prédios comerciais, de serviços e públicos, e a previsão do Inmetro é que em 2010 sejam incluídos também os edifícios residenciais. A adesão ao programa por parte de construtores e incorporadores é voluntária, mas, dentro de alguns anos, o cumprimento dos requisitos de eficiência energética deverá ser obrigatório.

Atualmente, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, os edifícios são responsáveis por 42% da energia consumida no país — 23% vai para o setor residencial, 11% para o comercial e 8%, para o setor público. Somente o sistema de ar condicionado devora 48% da energia, e a iluminação, 24%.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CONSTATAÇÃO


Aquecimento global causa encolhimento de carneiros

Afra Balazina, Folhapress

Essa é mais uma prova dos malefícios causados pelo aquecimento global. Uma população de carneiros de uma ilha da Escócia está encolhendo. E o provável culpado, segundo cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, é o aquecimento global.

A teoria evolutiva indica que, ao longo do tempo, naquela região fria, o tamanho médio dos carneiros deveria aumentar -os maiores teriam maior probabilidade de sobreviver e de se reproduzir do que as menores.

Porém, os invernos na região da ilha Hirta (no arquipélago St. Kilda), onde vivem os carneiros-de-soay, ficaram menos rigorosos. Consequentemente, são mais fáceis de serem enfrentados e, por isso, hoje os animais menores são mais capazes de sobreviver à estação.

A pesquisa mostra que os animais estudados estão, em média, 5% menores hoje do que em 1985, quando o trabalho teve início. O líder da pesquisa, Tim Coulson, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres, disse que "a evolução é causada pela seleção natural, e as alterações climáticas têm alterado a forma como ela funciona''.

Ele explica: "No passado, só os carneiros grandes e saudáveis, que ganharam peso em seu primeiro verão, poderiam sobreviver ao inverno em Hirta. Mas agora, devido às alterações climáticas, o capim que serve de alimento aos animais está disponível por mais meses e as condições de sobrevivência não são tão desafiadoras''.

Seus resultados, publicados na edição on-line do periódico "Science'', sugerem que o encolhimento dos ovinos é uma resposta à variação ambiental nos últimos 25 anos e que a evolução contribuiu relativamente pouco neste processo.

ENERGIA RENOVÁVEL


Pesquisadores desenvolvem material para torres eólicas 40% mais barato

EcoDesenvolvimento

Pesquisadores da Universidade de Coimbra apresentam, no Ceará, uma técnica inovadora de construção de torres metálicas para fábricas eólicas, que poderá reduzir até 40% o preço do equipamento. A pesquisa será exibida durante o Power Future 2009 - Exposição Internacional e Seminários das Energias Alternativas e Renováveis, que é realizado em Fortaleza, de 29 de junho a 1º de julho.

O projeto utiliza aço de alta resistência para "fazer nascer uma nova geração de torres, mais leves, fáceis de transportar e, portanto, mais econômicas", informou em comunicado o presidente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Luís Simões da Silva.

Luís Simões, que é o principal responsável pelo projeto sobre torres de aço super-resistentes para turbinas eólicas, ressaltou que a tecnologia contempla torres "com uma altura entre os 80 e os 120 metros".

Para o diretor-geral da Braselco (empresa de serviços com sede em Fortaleza e que atua nas áreas de projetos, assessoria e consultoria em energias renováveis), Armando Abreu, a inovação representa um significativo avanço para o setor.

“Essa nova tecnologia vai permitir a substituição das tradicionais flanges, utilizadas na união das seções de torres metálicas de aerogeradores eólicos, por peças construídas em aço S460, de alta resistência e mais baratas", explicou. Ele estima uma economia de 30% a 40% no preço das torres, que custam até R$ 1,2 milhão.

PARCERIAS

Para Simões da Silva, o trabalho desenvolvido "mostra claramente que a universidade não faz investigação abstrata, mas sim de utilização prática". Ele informou ainda que outras universidades da Suécia, Alemanha e Grécia são parceiras no projeto, e que a intenção é analisar as possibilidades de inserir as universidades do Ceará no programa. Empresas da Finlândia, Alemanha e de Portugal também fazem parte do grupo que desenvolveu o projeto.

quinta-feira, 25 de junho de 2009

SÓ EM 2050!

Potências consideram reduzir à metade CO² do mundo

Por Alister Doyle

OSLO (Reuters) - Grandes potências econômicas, como Estados Unidos e China, estão avaliando a possibilidade de estabelecer como meta reduzir à metade as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050 quando se encontrarem numa cúpula na Itália no mês que vem, indicou um documento preliminar.

O texto diz que o Fórum das Maiores Economias (MEF, na sigla em inglês), que conta com 17 membros, tentará dobrar os investimentos públicos em tecnologia de baixo carbono até 2015 e incrementar o financiamento para combater o aquecimento global, tanto por fontes públicas e privadas, como pelos mercados de carbono.

O projeto foi proposto pelos EUA e pelo México durante discussões no México esta semana, sem que se chegasse a um acordo antes da cúpula do MEF em 9 de julho. O presidente dos EUA, Barack Obama, lançou o MEF para ajudar na negociação de um novo pacto climático da Organização das Nações Unidas (ONU) esperado para dezembro.

"Apoiamos uma meta global de reduzir as emissões globais em 50 por cento até 2050, com os países desenvolvidos reduzindo as emissões em ao menos 80 por cento até 2050", diz a versão preliminar do projeto, obtido pela Reuters e datado de 22 de junho.

No ano passado, os países industrializados do Grupo dos Oito concordaram em uma cúpula no Japão com a "perspectiva" de reduzir à metade os gases-estufa mundiais até 2050 para ajudar a evitar mais secas, enchentes, ondas de calor e o aumento no nível dos oceanos.

Países em desenvolvimento, incluindo China, Índia e Brasil, não aprovaram essa meta para 2050 no Japão, argumentando que os ricos tinham que, primeiro, estabelecer metas rigorosas até 2020 para si. A cúpula do MEF ocorrerá em paralelo à cúpula do G8 deste ano na Itália.

A declaração preliminar de duas páginas não estabelece metas claras, mas diz que os países desenvolvidos, incluindo os EUA, a União Europeia e o Japão, iriam "responsabilizar-se por robustas reduções individuais e agregadas no intervalo de tempo até 2020."

Países em desenvolvimento como a China e a Índia dizem que os ricos deveriam cortar as emissões em "ao menos 40 por cento" abaixo dos níveis de 1990 até 2020 -- meta que, segundo os países desenvolvidos, está fora de alcance enquanto eles tentam estimular as economias atingidas pela recessão.

E o texto diz que os países em desenvolvimento tomariam medidas até 2020 para garantir uma "distância significativa dos negócios de costume" a fim de reduzir as emissões crescentes, principalmente pela queima de combustíveis fósseis.

O documento também chega perto de estabelecer um ano de pico para as emissões globais. "O ponto máximo das emissões globais e nacionais deve ocorrer o mais rápido possível, reconhecendo que o cronograma para que se atinja o ponto máximo será mais longo nos países em desenvolvimento."

Os 17 membros do MEF são responsáveis por 80% das emissões globais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

GERAÇÃO DE ENERGIA


Minc defende incentivo à energia eólica

Carlos Rangel
Mercado Carbono

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, quer ampliar a geração de energia eólica no País. Durante o Fórum Nacional Eólico, encerrado sábado (20), disse que "o Brasil não pode continuar na contramão da tendência mundial", referindo-se à ampliação da geração de energia por usinas térmicas. Segundo ele, o Brasil tem um papel determinante na Convenção do Clima de Copenhague (COP-15), em dezembro, e tem de mostrar que está investindo em energia limpa, informa Paulenir Constâncio, da assessoria do ministério.

O ministro assinou a Carta dos Ventos com dez secretários de Estados e todos os representantes brasileiros do setor. O documento aponta para a busca de consenso sobre as necessidade de maior participação da energia limpa eólica na matriz energética brasileira. Segundo o ministro, o leilão para a entrada de 1000 MW de origem eólica no sistema ainda é pouco. "Temos de fazer leilão de pelo menos 3 mil por ano", disse.

Minc disse que o Ministério do Meio Ambiente planeja simplificar o licenciamento. Já está no Conama resolução que fará com que as usinas térmicas adotem medidas mitigatórias, assumindo o custo ambiental de suas emissões, o que tornará os parques eólicos mais competitivos, além de incentivar a integração da geração eólica ao sistema de distribuição das demais fontes. A importação, um dos entraves da ampliação do setor, terá IPI reduzido, segundo entendimentos que vem sendo mantidos com a área econômica do governo, além de reduzir os índices de nacionalização do setor, atualmente em 70%.

"O Brasil é a terra dos ventos" e precisa investir bem mais na energia limpa e não nas térmicas, que lançam toneladas de CO2 na atmosfera. Para ele, o Nordeste tem vocação natural para esse tipo de energia e poderá receber a instalação dos chamados parques offshore, na plataforma marítima, que tem baixo impacto.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

EFEITO DA CRISE MUNDIAL

Famintos serão mais de 1 bilhão em 2009

Os conceitos de Sutentabilidade levam em conta o "nós" em relação ao desenvolvimento individual. Notícias ruins nos preocupam e nos mostram o quanto ainda precisamos melhorar para alcançarmos uma sociedade mais sustentável. A última surgiu nesta sexta-feira (19), divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO): a barreira de um bilhão de pessoas que passam fome será superada em 2009 em consequência da crise econômica mundial.

"Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo", adverte a FAO em um relatório sobre a segurança alimentar mundial.

O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte aproximadamente da população mundial.

Segundo as estimativas da FAO, baseadas em um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, "a maioria das pessoas subnutridas vive em países em desenvolvimento".

Quase 53 milhões de pessoas sofrerão fome em 2009 na América Latina e Caribe.

O número chega a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África subsaariana, 42 milhões no Oriente Médio e África do Norte e 15 milhões nos países em desenvolvimento.

O número de subnutridos no mundo passou de 825 milhões no biênio 1995-1997 a 873 milhões de 2004 a 2006.

O QUADRO PIOROU

Em 2008, o númerou caiu de 963 milhões a 915 milhões por uma melhor distribuição dos alimentos, mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise econômica e financeira do fim do ano.

Para a FAO, o objetivo fixado em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) de reduzir à metade o número de pessoas com fome não será alcançado. A meta foi ratificada, no entanto, com o compromisso de ser atingida em 2015, em uma reunião da ONU em Roma em junho de 2008.

Mas a redução da renda pela crise e os elevados preços dos alimentos foram devastadores para as populações mais vulneráveis.

As estimativas da FAO confirmam a tendência desalentadora da última década para uma insegurança alimentar maior e revelam claramente o impacto da crise nas populações mais pobres do planeta.

"O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia", afirma a organização. "A atual desaceleração da economoa mundial, que segue a crise dos alimentos e dos combustíveis e coincide em parte com ela, está no centro do forte aumento da fome no mundo", indica a agência da ONU.

Na América Latina e Caribe, a única região que registrou sinais de melhora nos últimos anos, também foi comprovado um aumento (12,8%) do número de desnutridos.

O relatório completo sobre a insegurança alimentar no mundo será apresentado oficialmente em outubro.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

DEBATE

AL-MA discute problemas climáticos e desertificação

A Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA) promove, nesta quinta-feira (18), às 14h, audiência pública para discutir aspectos das mudanças climáticas e desertificação no país, particularmente no Nordeste. Proposta pela deputada Helena Barros Heluy (PT), a audiência será coordenada pela Comissão de Meio Ambiente e acontecerá no auditório Fernando Falcão.

O evento será mais uma forma do parlamento maranhense celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (17 de junho).

De acordo com o relatório do IPCC, o semi-árido é uma das regiões brasileiras mais afetadas pela alteração do clima global. Estima-se que no Nordeste, uma área maior que o estado do Ceará já está atingida pela desertificação de forma grave ou muito grave. Em outras áreas o fenômeno ocorre de forma ainda moderada. A região tem 600 mil km2 afetados pela degradação do ambiente - 1/3 de todo o território nordestino.

Foram convidados alguns dos mais renomados estudiosos do país na área, entre eles o Dr. José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro do Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. Ano passado Marengo coordenou um estudo, em parceria com a Vale que analisou alterações climáticas nos estados do Pará e Maranhão.

Outro convidado é o dr. Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (CNTIA), que também coordenou o estudo “Aquecimento Global e a Nova Geografia da Produção Agrícola no Brasil”, desenvolvido com a Universidade de Campinas (Unicamp) e apoio da Embaixada do Reino Unido.

Outros especialistas convidados são o msc Nelson Luiz Wendel da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente e Coordenação de Combate à Desertificação e os dirigentes do IBAMA-MA, Marluze Pastor; da Secretaria de Estado e Meio Ambiente, Washington Rio Branco; da Amavida/Articulação Semi Árido do Maranhão (ASA-MA), João Otávio Malheiros; e, do Ministério Público do Maranhão, Luiz Fernando Barreto.

DESEQUILÍBRIO GLOBAL


EUA já vive problemas de desequilíbrio do clima global

Agência Globo

Um relatório do governo norte-americano divulgado nesta terça-feira (16) afirma que a poluição no planeta atingiu o pior nível da história. E previu que a ação do homem vai provocar catástrofes naturais nos próximos cem anos.

Tempestades mais intensas, tornados mais devastadores, secas e inundações com grande poder de destruição - como as que aconteceram no Norte e no Sul do Brasil.

A explicação para as mudanças extremas no clima do mundo está em quase 200 páginas do relatório do programa americano de pesquisas climáticas globais.

Segundo o estudo, não há dúvida: o aquecimento global, provocado em grande parte pelo homem, está ameaçando o planeta.

O relatório revela que a temperatura da Terra aumentou quase um grau desde mil e novecentos e deve subir entre um e seis graus nos próximos cem anos.

Em 2.000 anos o nível do mar subiu 20 centímetros. E essa medida deve dobrar dentro de um século.

Mas cientistas que estavam na apresentação do relatório, nesta quarta, afirmaram que ainda não é tarde para evitar as consequências mais devastadoras: mais tempestades, erosões e inundações principalmente na costa americana, no Golfo do México, em ilhas do Pacífico e em parte do Alasca.

O aumento da temperatura também pode causar doenças provocadas pela contaminação da água e do ar, infestação de pragas na agricultura, num desafio à produção de grãos e a criação de animais.

Os Estados Unidos, maiores emissores de gases poluentes, estão entre os países que mais devem sofrer com o destempero da natureza. O ex-presidente George W. Bush antes se recusava a controlar a emissão de gás carbônico. Mas essa é uma das promessas de Barack Obama.

Os pesquisadores dizem que as escolhas de políticas ambientais feitas a partir de agora serão determinantes na gravidade dos impactos e nas mudança climáticas que devem acontecer no futuro.

sábado, 13 de junho de 2009

AÇÃO

Grandes supermercados suspendem compras de desmatadores

As três maiores redes de supermercados do país, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar decidiram, em reunião realizada na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), suspende as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. "A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace. O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente", informa nota da assessoria da entidade.

A posição definida pelas empresas inclui notificar os frigoríficos, suspender compras das fazendas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e exigir dos frigoríficos as guias de trânsito animal anexadas às notas fiscais. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

"Trata-se de uma resposta conjunta setorial ao relatório publicado pelo Greenpeace no início deste mês e conseqüente ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que encaminhou recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta", conclui o informe.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

NOVA LEGISLAÇÃO


Capital de São Paulo vai reduzir em até 30% a emissão de CO² até 2012

A Câmara Municipal de São Paulo deu "sinal verde" ao Projeto de Lei 530/2008, que determina a política de mudança de clima do município. O substitutivo estabelece meta de redução de 30% das emissões de dióxido de carbono equivalente (CO²e) na atmosfera paulistana ao obrigar o uso de combustíveis renováveis na frota de transporte público da cidade até 2018. Já em 2009 as empresas devem garantir a diminuição de 10% das emissões de gases poluentes.

Inventário de 2003 mostra que a queima de gasolina e de óleo diesel responde por 68,3% das emissões de gases de efeito estufa na cidade. O uso de gasolina pelos veículos lançou 3,83 milhões de toneladas de CO2e (35,7%). O diesel, que abastece uma frota inferior a 10% do total de veículos em circulam na cidade, emitiu 3,5 milhões de toneladas (32,6%). O substitutivo também prevê amplo programa de arborização urbana como forma de mitigar os efeitos das ilhas de calor e as ocorrências pluviométricas resultantes das alterações do clima na capital.

Outro aspecto abordado no texto é a redução da produção de resíduos, assim como a regulamentação do cumprimento de investimentos em tecnologias limpas e fontes alternativas de energia. O substitutivo é de autoria do vereador Juscelino Gadelha (PSDB) e foi assinado também pelos vereadores Antonio Carlos Rodrigues (PR) e Paulo Frange (PTB).

Os vereadores paulistanos aprovavam ainda a adoção obrigatória da coleta seletiva de lixo na cidade até 2011.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

RESÍDUOS SÓLIDOS


Sem lei de reciclagem, Brasil perde R$ 10 bilhões

Segundo a agência Envovlerde o Brasil consegue reciclar 12% do total das 150 mil toneladas de lixo geradas diariamente nas cidades e municípios, incluindo materiais orgânicos (restos de alimentos e poda de jardinagem), vidro, plástico, papel, borracha e metal.

Mas essa quantidade poderia ser bem maior e gerar pelo menos mais R$ 10 bilhões por ano se os outros 88% do lixo não seguisse para aterros ou lixões, como acontece na capital maranhense, por exemplo, que não possui uma estação de reciclagem em larga escala e ainda manda seus resíduos sólidos para o Aterro da Ribeira, já completamente saturado.

O fato chama a atenção para a importância da reciclagem inserida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, projeto de lei que tramita no Congresso há quase 20 anos e que deverá voltar à pauta nos próximos dias, com o novo texto do relator, o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).

A sucata de alumínio, por exemplo, pode ser empregada na fabricação de itens para vários segmentos, como os de embalagens, construção civil, indústria automotiva, indústria siderúrgica e bens de consumo (cinzeiros, porta-lápis etc).

Em 2007, o Brasil reciclou 324 mil toneladas de alumínio, ficando acima da média mundial, que é de 29,3%. Na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o País reciclou 160,6 mil toneladas de sucata, o que corresponde a 11,9 bilhões de unidades, ou 32,6 milhões por dia ou 1,4 milhão por hora.

Pelo sétimo ano consecutivo, o país lidera a reciclagem de latas de alumínio para bebidas, entre os países em que a atividade não é obrigatória por lei – como no Japão, que em 2007 reciclou 92,7% de latas; Argentina (90,5%) e Estados Unidos (53,8%) – e entre países europeus, cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante rígida, e apresentaram um índice médio de 57,7%.

Aí está um grande mercado/negócio para se investir.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

SUSTENTABILIDADE



Como anda o triple bottom line de sua empresa?

Estão enganados os que pensam que Sustentabilidade é um conceito fechado e que leva em conta apenas as vertentes ambientais. Pelo contrário. As práticas sustentáveis são muito mais abrangentes, sendo aplicadas até mesmo no ambiente corporativo afinal 51% da riqueza mundial é concentrada nas grandes multinacionais. Prova disso é a denominação do Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade.

A metodologia voluntária apresenta os resultados de uma empresa sobre os aspectos econômicos, ambientais e sociais. Eles devem interagir. Quanto melhor o resultado, maior será a possibilidade da avaliada ter sucesso. Pelos parâmetros anteriores, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas, sem levar em consideração seus públicos interno e externo.

Em todos os casos, as empresas que apresentam esta conta tripla de resultados perceberam, antes de outras, que no futuro imediato o consumidor se tornará cada vez mais responsável e exigirá saber qual é o impacto econômico, ambiental e social que geram os produtos que premia com a sua compra.

O conceito também é chamado de 3P (People, Planet and Profit, ou, em português, Pessoas, Planeta e Lucro), por considerar a interação de vários aspectos. No item people, a empresa é avaliada se presta um bem estar aos seus funcionários e famíli, se segue a legislação trabalhista e se afeta as comunidades ao seu redor.

O item planeta refere-se ao capital natural do planeta, se uma empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar seus impactos e compensar o que não é possível amenizar.

O item profit (lucro) diz respeito ao resultado econômico propriamente dito.

É importante verificar que esses conceitos podem ser aplicados tanto de maneira macro, para um país ou próprio planeta, como micro, sua casa ou uma pequena vila agrária.

O tripé é a principal ferramenta do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e no Dow Jones Sustainability Index (DJSI) da Bolsa de Nova York. Ações das empresas selecionadas por estes índices costumam apresentar, somadas, rentabilidade acima da média das empresas listadas nos índices Dow Jones Global e Ibovespa.

Há bancos brasileiros que oferecem investimentos em carteiras de ações de empresas selecionadas pelos critérios do Triple Bottom Line, com rentabilidade consideravelmente superior à dos fundos tradicionais. Essas empresas conseguem, assim, atrair capitais com mais facilidade, com acesso a financiamentos de instituições que fazem exigências socioambientais.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PROJETOS

Transformador terá selo de eficiência energética

Carlos Rangel
Do Mercado Carbono

Os transformadores instalados nas redes brasileiras de distribuição elétrica começaram a ter, desde a última terça-feira (2/6), uma etiqueta [como essa aqui ao lado, por exemplo] que indica o grau de consumo de energia do aparelho. Semelhante ao que é aplicado em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos elétricos, o selo mostrará ao mercado as empresas que investem na preservação do meio ambiente, na qualidade e na eficiência energética dos transformadores.

A etiqueta é parte de um amplo trabalho que visa à regulamentação do equipamento pela Lei 10.295/2001, que prevê padrões mínimos de eficiência energética para aparelhos elétricos usados no Brasil. A expectativa é que em 2011 o Brasil tenha uma legislação definindo padrões mínimos de eficiência energética para esses equipamentos.

O estabelecimento de índices mínimos de eficiência energética para os transformadores reduzirá as perdas técnicas de energia na rede de distribuição e, conseqüentemente, diminuirá a conta paga pelos consumidores, havendo combate ao desperdício, melhor aproveitamento dos recursos naturais e redução nos custos de energia.

Os padrões mínimos de eficiência serão definidos a partir de estudos técnicos e de uma base de dados que estão sendo organizados pelas indústrias do setor, coordenadas pela CNI, Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Eletrobrás, Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica (Abinee) e do Ministério de Minas e Energia.

Os estudos também terão a contribuição e a avaliação de técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O trabalho começou há três anos com a formação do grupo de empresas interessadas na qualificação dos transformadores e uma pesquisa que envolveu 21 empresas do setor, responsáveis por 90% do mercado.

Atualmente, existem cerca de 2,5 milhões de transformadores instalados nas redes de distribuição de energia do País. As indústrias do setor colocam aproximadamente 130 mil novos aparelhos ao ano no mercado. Os transformadores novos, que duram entre 15 e 20 anos, são usados na reposição de antigos ou na expansão das redes de distribuição.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

CARTA DA TERRA

Ong lança campanha por princípios éticos

Não é de hoje que a ONG Carta da Terra Brasil [http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/index.html] não mede esforços na campanha por um mundo melhor.

No mês passado a organização lançou um filme de 60 segundos que tem sido veiculado pelas principais emissoras de televisão por assinatura do país. O objetivo da campanha e motivar as pessoas a conhecer a declaração de princípios éticos A Carta da Terra, compreender os seus conceitos e aplica-los com uma orientação para as suas atividades diárias.

O comercial é uma animação produzida a partir de desenhos feitos por crianças da Casa do Zezinho, entidade social que visa promover a cultura e educação entre crianças carentes na cidade de São Paulo.

Abaixo reproduzo o filme, por sintetizar muito bem o objetivo deste blog e de tantas iniciativas em todo o mundo.

Tirem um minuto e vejam. Vale a pena.

A Carta da Terra Brasil from Carta da Terra Brasil on Vimeo.

COPA NA AMAZÔNIA

Foto do projeto de como será a Arena da Amazônia, que será utilizada durante a Copa de 2.014


Conceitos de Sustentabilidade ajudaram Manaus a ser sub-sede do Mundial em 2.014

O apelo para uma sociedade que impacte menos no ambiente começa a produzir ecos de maneira mais forte. O tema Sustentabilidade está em voga, as grandes corporações têm aberto os olhos para a questão, as grandes redes de TV e a mídia em geral tratam o assunto de forma abrangente. A mais recente prova disso foi a escolha da cidade de Manaus como uma das sedes brasileiras para a Copa de 2.014.

Sem dúvida o apelo de realizar um vento do tamanho de uma Copa, no local considerado o “pulmão do mundo” foi extremamente importante para a seleção da capital amazonense. No projeto apresentado a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa, o governo do estado mostrou o plano para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). A proposta é que até a Copa de 2014 tenha-se quantidade zero de carbono na atmosfera.

A intenção é mostrar também o que está sendo feito para monitorar a Floresta Amazônica e evitar seu desmatamento, através de ações como o Bolsa Floresta. O modelo de monitoramento da Amazônia será mostrado através da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) no Rio Madeira, criada em julho de 2006, com área de 283.117 hectares. No local, moram hoje 582 famílias, cujas suas vidas devem passar por verdadeira transformação depois da implementação das ações previstas na área.

O projeto visa envolver a região no tripé: clima, biodiversidade e comunidade e que a combinação fará diferença nesta Copa do Mundo. A execução de serviços ambientais, será um mecanismo financeiro para quem vive na região. Ou seja, enquanto famílias preservam a floresta, as mesmas garantem renda, melhorando de vida e reduzindo a pobreza – tudo por meio do programa Bolsa Floresta.

Além disso, o projeto terá ao mesmo tempo a função de capacitar a população da área, oferecendo suporte para geração de renda através de negócios sutentáveis, com a participação de núcleos de desenvolvimento e sustentabilidade. A idéia é mostrar que através de todas estas ações, é possível criar melhor qualidade de vida, oferecendo à população da reserva mais saúde, educação e lazer, fazendo com que através desta mudança de vida, a Copa consiga ser realizada com grande parte da floresta ainda de pé.

Para chamar a atenção para a importância da região na competição, será mostrado que “mudanças climáticas” é um assunto que envolve o mundo, mas que está sendo tratado de forma especial na região amazônica, através de soluções locais, que envolvem tanto o social, quanto o econômico e o ambiental.

Para evitar o desmatamento será criado um fundo permanente para garantir a sustentabilidade do projeto a longo prazo e ainda a importância de procedimentos de transparência para garantir a eficácia do que se tem planejado, através do contrato de contabilidade com a empresa Deloitte e auditoria pela Price Water House Coopers. Tal fundo seria criado da receita proveniente da venda de 1,2M tCO2 [1 milhão e 200 mil toneladas de carbono, cálculo feito de acordo com o que foi obtido na Copa da Alemanha].

Como se pode observar, além do que representa a Amazônia para o mundo, os argumentos apresentados foram bastante fortes.

Nos próximos posts vou mostrar o projeto de Cuiabá, que também utilizou conceitos de Sustentabilidade para ser uma das sub-sedes da competição.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O PROBLEMA DAS SACOLAS PLÁSTICAS


Por minuto são consumidas 1 milhão de sacolas plásticas, que demoram 500 anos para se decompor


Sabe aquela sacolinha plástica que você utiliza ao fazer compras nos supermercados? Um estudo do Instituto Akatu chegou a conclusão que em um ano uma pessoa carrega pouco mais de um carrinho de supermercado inteiro só com sacolas. Ou, que cada família brasileira descarta cerca de 40 quilos de plásticos por ano.

O Brasil produz cerca de 140mil toneladas de lixo diárias. Aproximadamente um quinto desse lixo é composto por embalagens, que, na verdade, você compra, paga e joga fora assim que acessa o conteúdo.

Para se ter uma idéia do volume de lixo, formado apenas pelas famosas sacolinhas plásticas, são consumidas cerca de 1 milhão de sacolas plásticas por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões de sacos plásticos por ano.

A estatística é preocupante porque elas demoram até 500 anos na natureza até que estejam completamente decompostas. Nesse período embalagens plásticas jogadas nas ruas, avenidas e córregos, entopem o sistema de drenagem pluvial das cidades, causando inundações, por exemplo.

Plásticos contaminam os rios e mares, criando zonas mortas nos mares, matando animais, provocando enchentes e finalmente o efeito estufa – o material orgânico contido dentro das sacolas comuns quando usadas para lixo não tem oxigênio e as bactérias anaeróbicas formam metano, que é 21 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o CO2, que é desprendido quando se usa a sacola oxi-biodegradável.

O problema é muito sério e chama a atenção de diversos setores da sociedade. Algumas formas de se combater isso é criar legislações específicas, tentando evitar que cada vez mais detritos sejam lançados no meio ambiente.

Não é a solução, mas ter uma nova consciência neste aspecto é preponderante.

O papel do consumidor também é cada vez mais importantes. Por isso, da próxima vez que você for adquirir um produto, avalie se colocá-la em uma sacola retornável não seria mais interessante para você e o plante onde viverão seus descendentes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CARROS ELÉTRICOS


Produção em larga escala começa em 2.011

A cena é a seguinte: de manhã, ao sair para o trabalho você vai até a tomada e retirada o cabo que alimenta seu veículo. Ou, se preferir, está faltando ‘combustível’ em seu veículo. Você para e ao reabastecer percebe que as bombas de gasolina foram trocadas por conectores semelhantes àqueles utilizados pelos eletrodomésticos de sua casa.

São cenas futuristas vistas apenas em filmes? Pode ser, mas a cada dia se aproximam de nossa realidade. As gigantes Ford e Renault anunciaram planos para produção em massa de carros elétricos. A previsão é que estejam nas concessionárias mais próxima de sua casa em 2011.

As montadoras pretendem se beneficiar dos subsídios anunciados pelo governo britânico [ver post Reino Unido incentiva carros elétricos, 26/05], equivalentes a quase R$16 mil para a compra de carros elétricos.

A produção em grande escala, além de diminuir a emissão de gases na atmosfera, ajudará no barateamento destes veículos. Hoje já é possível encontrar carros elétricos, mas o preço ainda é bem salgado afastando-o do consumidor comum, principalmente a classe média.

Recentemente a Citroën lançou na Grã-Bretanha o C1 ev'ie para quatro passageiros, por R$ 52 mil. A Mitsubishi promete um concorrente para o segundo semestre.

O custo/benefício também tende a diminuir com a produção em massa. Dependendo do uso, os carros elétricos mais modernos têm autonomia de 120 quilômetros e a velocidade máxima, 100 km/h.

A notícia é boa, mas a ‘reboque’ vem outro questionamento. Quando for massificado, de onde virá toda a energia necessária para mover tais veículos se hoje 81% da matriz energética mundial são combustíveis fósseis?

O desafio está lançado.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ENERGIA EÓLICA

Usina no Piauí terá R$ 72 milhões do BNDES

A diretoria BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 72 milhões para a implantação da usina eólica Pedra do Sal, no município de Parnaíba, no Piauí. O empreendimento está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem potência instalada de 18 MW.

Os recursos do BNDES correspondem a 69,47% do investimento total. A parcela restante virá como contrapartida da sociedade de propósito específico (SPE) formada para gerir a usina, controlada pelo Tractebel Energia S/A. A operação se dá no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

Foi firmado contrato de compra e venda de energia elétrica com a Eletrobrás, com prazo de 20 anos, contados a partir de fevereiro deste ano. Isso garante receita estável, reduzindo os riscos da operação.

O parque eólico teve licenças de instalação e operação concedidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Semar) e deve reduzir a emissão de gases de efeito estufa e atuar na diversificação da matriz energética nacional.

O projeto contribui ainda com a segurança energética do Nordeste, já que o regime de chuvas na região para geração hidrelétrica é inverso ao regime dos melhores ventos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

REINO UNIDO INCENTIVA CARROS ELÉTRICOS


A partir de 2011, o Reino Unido vai oferecer de 2,5 mil até 5 mil libras ao cidadão que quiser comprar um veículo não poluente

Texto e fotos: Shutterstock
Da Revista Sustenta

O mesmo país que iniciou a Revolução Industrial no século 18 agora quer ser pioneiro novamente, porém de outra revolução. O governo do Reino Unido lançou na última quinta-feira (16) um pacote de estímulo aos carros elétricos no valor de 250 milhões de libras que deve oferecer de 2,5 mil a 5 mil libras para cada cidadão interessado em comprar um carro elétrico a partir de 2011. “Reconheço que, para a maioria dos consumidores, o que impulsiona a decisão de comprar um carro novo é, em geral, a redução do custo do combustível, em vez de sua preocupação com as emissões de carbono”, disse Geoff Hoon, secretário de transportes, em entrevista publicada pela revista de carros britânica Autocar.

O objetivo da iniciativa é impulsionar a compra dos carros não poluentes para cumprir as metas de redução de emissões do Reino Unido. O plano é diminuir em 26% até 2020 e 80% até 2050. “Algo como 35% de todas as nossas emissões de carbono são causadas por transporte interno. É que 58% das emissões são causadas por veículos automóveis”, justificou Hoon ao jornal The Guardian. Por isso, o foco da estratégia em princípio é o transporte urbano. “Dado que 60% das viagens de carro são de 25 milhas, não há qualquer razão para que alguém que use o carro como principal meio de transporte não seja capaz de recarregá-lo em casa, ir ao trabalho e voltar para casa novamente sem extrapolar a distância que um veículo elétrico é capaz de viajar”, completou o secretário.

Além do financiamento da compra de carros elétricos, o pacote do governo britânico prevê 20 milhões de libras destinadas a cidades interessadas em instalar infraestrutura para recarregar a bateria dos veículos, como são hoje os postos de abastecimento de combustível para os automóveis convencionais. Os municípios maiores contarão também com o total de 200 veículos elétricos de diversos modelos e fabricantes disponíveis para o público para teste e adaptação.

As montadoras não ficam de fora do programa. Parte do investimento vai para os fabricantes aplicarem em pesquisa e tecnologia de automóveis elétricos.

Na semana anterior ao anúncio do pacote de estímulo, Boris Johnson, prefeito de Londres, declarou a sua intenção de tornar a capital uma vitrine para a tecnologia do carro elétrico, colocando 100 mil automóveis do tipo nas ruas. O secretário Hoon apóia a iniciativa e estuda uma maneira de contribuir com 60 milhões de libras para o plano.

sábado, 23 de maio de 2009

SOLUÇÃO PARA O XIXI?

Empresa australiana cria vaso sanitário que promete acabar com polêmica do xixi durante o banho

Na semana passada circulou pela internet uma ideia considerada no mínimo controversa: fazer xixi durante o banho como forma de se economizar água. O assunto foi debatido das mais diversas formas, em rodas de conversas, lembro que na redação várias pessoas se manifestaram, em blogs, mas foi na internet mesmo que o assunto ganhou repercussão.

A ideia lançada pela organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica. Segundo a entidade, quem urinar no banho vai evitar puxar a descarga do vaso sanitário. Desse jeito, segundo os cálculos da ONG, a economia anual é 4.380 litros (ou 12 litros de água por dia).

A principal ferramenta da campanha é um site na internet que diz que, consumindo menos água, as nascentes dos rios e os recursos naturais são preservadas. A ONG diz que o site teve 71 mil acessos em uma semana.

A iniciativa pode ser válida, mas aqueles que a contestam afirmam que a uréia [uma das substâncias encontradas na urina] não se dilui completamente na água, produzindo mau cheiro. Para que ele suma seria necessário lavar a área com outra carga de água e mais detergentes. Como resultado, há um consumo maior de água e ainda se lançam substâncias químicas na natureza, anulando a intenção inicial.

O assunto é controverso, mas parece que a empresa australiana Caroma encontrou a solução. Ela lançou um modelo inovador de pia acoplada a um vaso sanitário. Assim é possível coletar água usada na pia e utilizá-la para dar descargas.

O modelo [profile 5] ainda não chegou ao Brasil, mas promete uma economia de até 70% no uso de água no vaso sanitário.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS


EUA anunciam limites para emissões de veículos

Em posts anteriores comentei sobre as iniciativas dos governos britânico e brasileiro em criarem leis que aumentem a eficiência energética e diminuam emissões de gases causadores do efeito estufa. Agora quem tomou a iniciativa foi os Estados Unidos.

No início da semana o presidente Barack Obama, anunciou um plano de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa que deverá estabelecer pela primeira vez um padrão de limites de poluição para veículos no país.

As novas regras, que passarão a valer a partir de 2012, preveem corte de cerca de 30% nas emissões de automóveis e caminhões leves até 2016. Os veículos também deverão apresentar um padrão de eficiência de cerca de 15 km por litro de combustível.

Ao fazer o anúncio, Obama disse que os padrões atuais não são mais aceitáveis e levam à dependência de países exportadores de petróleo e a mudanças climáticas.

"Como resultado desse acordo vamos economizar 1,8 bilhão de barris de petróleo ao longo da vida útil dos veículos vendidos nos próximos cinco anos", disse Obama. Segundo o presidente, as novas regras equivalem a tirar 177 milhões de carros das ruas.

O preço de novos veículos deve aumentar em pelo menos US$ 1,3 mil (cerca de R$ 2.670) até 2016 com os novos padrões de eficiência.

No entanto, o presidente disse que o aumento nos preços seria compensado por menores gastos com combustível.

O plano apresentado por Obama ainda deverá ser aprovado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e pelo Departamento de Transportes. É uma pequena iniciativa, mas o início na tentativa de uma mudança nos planos americanos para o meio-ambiente, coisa que a administração anterior pouco deu importância.

terça-feira, 19 de maio de 2009

NOVA CONSCIÊNCIA

Brasileiros são bicampeões em consumo sustentável

Uma boa notícia para aqueles que se preocupam com a Sustentabilidade. Os consumidores brasileiros, pelo segundo ano consecutivo, foram os que mais se mostraram preocupados com questões ligadas ao meio ambiente quando comprar algum produto ou adquirem um serviço. A constatação veio através da pesquisa Greendex 2009: Consumer Choice and the Environment - A Worldwide Tracking Survey, realizada pelo National Geographic Society e pela GlobeScan.

A pesquisa mediu o comportamento de 17 mil consumidores referente a 65 áreas relacionadas com habitação, alimentação, transporte e bens de consumo em 17 países.

Como em 2008, os países em desenvolvimento se saíram melhor, liderados pela Índia e Brasil. Europeus e japoneses apresentaram piores notas principalmente por causa do consumo de energia e da alimentação mais industrializada. Os norte-americanos terminaram o estudo em último lugar.

O ranking dos consumidores “verdes”

1 -Indianos
2-Brasileiros
3-Chineses
4-Argentinos
5-Sul-coreanos
6-Mexicanos
7-Hungáros
8-Russos
9-Espanhóis
10-Alemães
11-Suecos
12-Australianos
13-Franceses
14-Britânicos
15-Japoneses
16-Canadenses
17- Norte-americanos

sábado, 16 de maio de 2009

PLANEJAMENTO

A geógrafa Mônica Veríssimo, presidente da ONG Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento e do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal, fala sobre investimentos ambientais que poderiam evitar desastres com chuvas e secas. Foto: José Cruz/ABr


Investimentos ambientais podem evitar desastres com chuvas e secas, defende geógrafa 

Luana Lourenço 
Repórter da Agência Brasil
 
Os estragos causados por secas e enchentes, como as que atingem atualmente as regiões Sul, Norte e Nordeste do país, poderiam ser evitados – ou pelo menos amenizados – com mais investimentos em políticas públicas ambientais que garantam a adaptação das cidades às mudanças climáticas. 

A avaliação é da geógrafa Mônica Veríssimo, presidente da organização não governamental Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento e do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal.

As possibilidades de eventos climáticos cada vez mais extremos, apontadas por cientistas como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), devem ser consideradas nos planejamentos dos governos para evitar prejuízos e mortes por causas das secas ou chuvas, segundo Mônica. “Você pode mitigar o problema, tem que assumir que esse problema vai existir; os cientistas fizeram modelos mostrando isso: haverá secas mais severas e chuvas mais fortes que causarão inundações”, lembrou.  

A especialista defende medidas como o reforço da canalização pluvial nas cidades, construções mais resistentes e, principalmente, a manutenção de áreas de preservação permanente (APP), a retirada de casas das margens dos rios e das encostas de morros. "O importante é agir e adaptar; não é esperar sempre que a história se repita”, alerta.

Segundo Mônica Veríssimo, as mudanças no Código Florestal, defendidas por representantes do agronegócio para flexibilizar a obrigatoriedade de APPs e reduzir a reserva legal, podem agravar os riscos de repetição de tragédias, como a de Santa Catarina,em 2008. “O governo está deixando passar com a justificativa de que o agronegócio vai perder; pelo contrário, vai perder se continuar retirando [a reserva legal e matas ciliares]. Não só o agronegócio perderá, mas todo mundo”, avaliou.

Além de medidas governamentais, a busca de soluções para evitar grandes desastres por causa do clima passa por mudanças de comportamento e de hábitos de consumo. A ambientalista sugere o uso mais racional dos recursos naturais – principalmente a água – e o descarte correto do lixo, como ações individuais que podem melhorar a qualidade de vida nas cidades e evitar maiores prejuízos em situações de emergência.

“É preciso escutar mais o que os cientistas têm a dizer. Os impactos não vão estar somente no futuro dos nossos filhos e netos. Estão num futuro cada vez mais próximo”, ponderou.
chuvas

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ALERTA


Eletrônicos triplicarão consumo de energia até 2030

Andrea Vialli
blog Sustentabilidade

Computadores, notebooks, iPods, agendas eletrônicas, celulares… Todas essas maravilhas modernas da comunicação trazem junto um problema: poderão triplicar o consumo de energia até 2030. O alerta foi dado pela Agência Internacional de Energia (IEA), em um relatório divulgado na quarta-feira (13/5) em Paris.

Os gadgets e outros aparelhos eletrônicos já correspondem por 15% do consumo doméstico em todo o mundo. Até 2030, a conta de energia do mundo será de US$ 200 bilhões ao ano, o equivalente a um consumo de 1.700 terawatt/hora (o que corresponde ao consumo atual dos Estados Unidos e Japão juntos, dois países que figuram como os mais eletrointensivos do mundo).

Paul Waide, analista da IEA, afirma que o crescimento maior do número de eletroeletrônicos se dará nos países em desenvolvimento, onde o consumo de modo geral cresce a taxas mais aceleradas e há menos políticas de eficiência energética. Existe também o problema dos aparelhos eletrônicos de qualidade inferior e, portanto, menos econômicos.”Isso vai colocar em risco os esforços para aumentar a segurança energética do mundo e para reduzir a emissão de gases estufa”, afirmou a agência.

A tecnologia é bem-vinda - afinal, sem esses equipamentos não teríamos esse canal de contato -porém as indústrias têm responsabilidades nesse processo, que nem sempre estão dispostas a arcar. Uma é produzir aparelhos de consumo reduzido. Outra é diminuir a chamada ‘obsolescência programada’ (a data de ‘validade’ de um produto, que é cada vez mais reduzida, em nome do aumento do consumo) e outra é a responsabilidade pelo bem ao final de sua vida útil. (A respeito disso, veja nossa reportagem - “Empresas recolhem equipamentos usados”).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIO-EMPRESARIAL

Celular produzido a partir de plástico reciclado chega ao mercado brasileiro

Desde abril, a Motorola está comercializando no Brasil o primeiro celular mundial fabricado com matéria prima que inclui material reciclado. O novo modelo MOTO W233 tem 25% da estrutura externa feita de material reciclado a partir de garrafas pet. Além disso, possui o certificado Carbonfree, documento emitido pela Carbonfound.Org, líder mundial em projetos de compensações de carbono. O selo garante que o produto compensa as emissões de carbono no seu processo de fabricação, distribuição e uso com investimentos em projetos de preservação ambiental.

“Estamos orgulhosos em poder oferecer aos nossos clientes a oportunidade de estar integrado com o meio ambiente, por meio de um aparelho voltado totalmente para a consciência ecológica, desde a utilização de plástico reciclado no seu design até a embalagem", destaca Sérgio Buniac, vice-presidente de Produtos Móveis da Motorola Brasil.

Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) são vendidos mais de 1 milhão de celulares todos os meses no Brasil e são descartados mais de 40 milhões de baterias todos os anos. Atualmente, o descarte de baterias de celulares constitui uma das maiores ameaças ao meio ambiente, pois, eles possuem entre seus componentes, metais pesados como mercúrio, cádmio e chumbo, que, quando não são adequadamente descartados, podem contaminar o solo e causam danos à saúde humana.

Parcerias

No Brasil, a Motorola lançou o produto em parceria com a operadora de telefonia Claro e a rede de supermercados Wal-Mart (parceira estratégica do Akatu).

Wal-Mart e Motorola também se uniram para implementar a coleta de baterias, pilhas e celulares na rede de hipermercados. “Serão instaladas, urnas específicas para este tipo de coleta inicialmente em 14 lojas da rede em São Paulo. Nas urnas os clientes poderão depositar as baterias esgotadas”, explica Paulo Polesi, vice-presidente de proteção de ativos do Wal-Mart Brasil.

O lançamento do MOTO W233 faz parte da Ecomoto, programa global da empresa que busca reduzir os impactos ambientais decorrentes de seus processos, produtos e serviços.
Fonte: Akatu.org.br

terça-feira, 12 de maio de 2009

SETE HORAS DE PROTESTO

Ato da "Amazônia para sempre" alerta sobre a devastação da Floresta e quer impedir flexibilizacao do Código Florestal brasileiro
 
Integrantes do movimento “Amazônia para sempre” pretende ficar das 18 às 24 horas nesta quarta-feira (13) no plenário do Senado Federal em um ato para alertar os parlamentares sobre a devastação que vem ocorrendo na Floresta Amazônia e tentar impedir que aprovem as medidas propostas de flexibilização do Código Florestal.

“Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais”, diz a carta aberta que recebeu 1,2 milhão de assinaturas e será entregue ao Congresso no dia.

Durante a vigília, serão discutidas algumas questões polêmicas como as novas manobras da bancada ruralista; a flexibilização do Código Florestal; a criação de Varas Ambientais; as mudanças no licenciamento ambiental; obras do PAC; mudanças climáticas e ilegalidades.

Um vídeo de 4 minutos sobre o desmatamento da Amazônia será exibido na abertura, para a qual foram convidados os ministros de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Victor Fasano, em carta convidando diversas instituições ambientalistas para participar do ato, afirma que a vigília no Congresso será “mais um dia para expor nossas convicções em relação à Amazônia” e ressalta a sua importância por ser véspera de votação de “muitas medidas urgentes que não interessam a nós, mas sim, ao Brasil”.

Redução da reserva legal
Parlamentares da bancada ruralista defendem a reformulação do Código Florestal Brasileiro para que, entre outras medidas, seja reduzido o percentual de preservação de áreas permanentes (reserva legal) e permitido a recomposição florestal com espécies exóticas "comerciais" em outras bacias hidrográficas ou Estados.

A vigília será interativa e os interessados em participar podem fazê-lo pela TV SENADO ou enviando sugestões, comentários e protestos através da linha ALÔ SENADO – 0800 61 22 11 ou através do email scomcmmc@senado.gov.br.

O movimento “Amazônia para Sempre” foi criado pelos atores depois de conhecerem o problema do desmatamento da Floresta durante as gravações da minissérie “Amazônia –de Galvez a Chico Mendes”, em 2007. O objetivo do movimento é chamar a atenção para a necessidade de preservação da floresta, da proteção do meio ambiente, de investimentos no desenvolvimento sustentável e da salvaguarda da legislação ambiental brasileira.

No dia 4 de junho, Christiane Torloni e Victor Fasano farão uma entrega simbólica das assinaturas ao Presidente Luis Inácio da Silva.


Fonte: CarbonoBrasil