sexta-feira, 29 de maio de 2009

O PROBLEMA DAS SACOLAS PLÁSTICAS


Por minuto são consumidas 1 milhão de sacolas plásticas, que demoram 500 anos para se decompor


Sabe aquela sacolinha plástica que você utiliza ao fazer compras nos supermercados? Um estudo do Instituto Akatu chegou a conclusão que em um ano uma pessoa carrega pouco mais de um carrinho de supermercado inteiro só com sacolas. Ou, que cada família brasileira descarta cerca de 40 quilos de plásticos por ano.

O Brasil produz cerca de 140mil toneladas de lixo diárias. Aproximadamente um quinto desse lixo é composto por embalagens, que, na verdade, você compra, paga e joga fora assim que acessa o conteúdo.

Para se ter uma idéia do volume de lixo, formado apenas pelas famosas sacolinhas plásticas, são consumidas cerca de 1 milhão de sacolas plásticas por minuto, o que significa quase 1,5 bilhão por dia e mais de 500 bilhões de sacos plásticos por ano.

A estatística é preocupante porque elas demoram até 500 anos na natureza até que estejam completamente decompostas. Nesse período embalagens plásticas jogadas nas ruas, avenidas e córregos, entopem o sistema de drenagem pluvial das cidades, causando inundações, por exemplo.

Plásticos contaminam os rios e mares, criando zonas mortas nos mares, matando animais, provocando enchentes e finalmente o efeito estufa – o material orgânico contido dentro das sacolas comuns quando usadas para lixo não tem oxigênio e as bactérias anaeróbicas formam metano, que é 21 vezes mais prejudicial ao meio ambiente do que o CO2, que é desprendido quando se usa a sacola oxi-biodegradável.

O problema é muito sério e chama a atenção de diversos setores da sociedade. Algumas formas de se combater isso é criar legislações específicas, tentando evitar que cada vez mais detritos sejam lançados no meio ambiente.

Não é a solução, mas ter uma nova consciência neste aspecto é preponderante.

O papel do consumidor também é cada vez mais importantes. Por isso, da próxima vez que você for adquirir um produto, avalie se colocá-la em uma sacola retornável não seria mais interessante para você e o plante onde viverão seus descendentes.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

CARROS ELÉTRICOS


Produção em larga escala começa em 2.011

A cena é a seguinte: de manhã, ao sair para o trabalho você vai até a tomada e retirada o cabo que alimenta seu veículo. Ou, se preferir, está faltando ‘combustível’ em seu veículo. Você para e ao reabastecer percebe que as bombas de gasolina foram trocadas por conectores semelhantes àqueles utilizados pelos eletrodomésticos de sua casa.

São cenas futuristas vistas apenas em filmes? Pode ser, mas a cada dia se aproximam de nossa realidade. As gigantes Ford e Renault anunciaram planos para produção em massa de carros elétricos. A previsão é que estejam nas concessionárias mais próxima de sua casa em 2011.

As montadoras pretendem se beneficiar dos subsídios anunciados pelo governo britânico [ver post Reino Unido incentiva carros elétricos, 26/05], equivalentes a quase R$16 mil para a compra de carros elétricos.

A produção em grande escala, além de diminuir a emissão de gases na atmosfera, ajudará no barateamento destes veículos. Hoje já é possível encontrar carros elétricos, mas o preço ainda é bem salgado afastando-o do consumidor comum, principalmente a classe média.

Recentemente a Citroën lançou na Grã-Bretanha o C1 ev'ie para quatro passageiros, por R$ 52 mil. A Mitsubishi promete um concorrente para o segundo semestre.

O custo/benefício também tende a diminuir com a produção em massa. Dependendo do uso, os carros elétricos mais modernos têm autonomia de 120 quilômetros e a velocidade máxima, 100 km/h.

A notícia é boa, mas a ‘reboque’ vem outro questionamento. Quando for massificado, de onde virá toda a energia necessária para mover tais veículos se hoje 81% da matriz energética mundial são combustíveis fósseis?

O desafio está lançado.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

ENERGIA EÓLICA

Usina no Piauí terá R$ 72 milhões do BNDES

A diretoria BNDES aprovou financiamento no valor de R$ 72 milhões para a implantação da usina eólica Pedra do Sal, no município de Parnaíba, no Piauí. O empreendimento está incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e tem potência instalada de 18 MW.

Os recursos do BNDES correspondem a 69,47% do investimento total. A parcela restante virá como contrapartida da sociedade de propósito específico (SPE) formada para gerir a usina, controlada pelo Tractebel Energia S/A. A operação se dá no âmbito do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa).

Foi firmado contrato de compra e venda de energia elétrica com a Eletrobrás, com prazo de 20 anos, contados a partir de fevereiro deste ano. Isso garante receita estável, reduzindo os riscos da operação.

O parque eólico teve licenças de instalação e operação concedidas pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Renováveis (Semar) e deve reduzir a emissão de gases de efeito estufa e atuar na diversificação da matriz energética nacional.

O projeto contribui ainda com a segurança energética do Nordeste, já que o regime de chuvas na região para geração hidrelétrica é inverso ao regime dos melhores ventos.

terça-feira, 26 de maio de 2009

REINO UNIDO INCENTIVA CARROS ELÉTRICOS


A partir de 2011, o Reino Unido vai oferecer de 2,5 mil até 5 mil libras ao cidadão que quiser comprar um veículo não poluente

Texto e fotos: Shutterstock
Da Revista Sustenta

O mesmo país que iniciou a Revolução Industrial no século 18 agora quer ser pioneiro novamente, porém de outra revolução. O governo do Reino Unido lançou na última quinta-feira (16) um pacote de estímulo aos carros elétricos no valor de 250 milhões de libras que deve oferecer de 2,5 mil a 5 mil libras para cada cidadão interessado em comprar um carro elétrico a partir de 2011. “Reconheço que, para a maioria dos consumidores, o que impulsiona a decisão de comprar um carro novo é, em geral, a redução do custo do combustível, em vez de sua preocupação com as emissões de carbono”, disse Geoff Hoon, secretário de transportes, em entrevista publicada pela revista de carros britânica Autocar.

O objetivo da iniciativa é impulsionar a compra dos carros não poluentes para cumprir as metas de redução de emissões do Reino Unido. O plano é diminuir em 26% até 2020 e 80% até 2050. “Algo como 35% de todas as nossas emissões de carbono são causadas por transporte interno. É que 58% das emissões são causadas por veículos automóveis”, justificou Hoon ao jornal The Guardian. Por isso, o foco da estratégia em princípio é o transporte urbano. “Dado que 60% das viagens de carro são de 25 milhas, não há qualquer razão para que alguém que use o carro como principal meio de transporte não seja capaz de recarregá-lo em casa, ir ao trabalho e voltar para casa novamente sem extrapolar a distância que um veículo elétrico é capaz de viajar”, completou o secretário.

Além do financiamento da compra de carros elétricos, o pacote do governo britânico prevê 20 milhões de libras destinadas a cidades interessadas em instalar infraestrutura para recarregar a bateria dos veículos, como são hoje os postos de abastecimento de combustível para os automóveis convencionais. Os municípios maiores contarão também com o total de 200 veículos elétricos de diversos modelos e fabricantes disponíveis para o público para teste e adaptação.

As montadoras não ficam de fora do programa. Parte do investimento vai para os fabricantes aplicarem em pesquisa e tecnologia de automóveis elétricos.

Na semana anterior ao anúncio do pacote de estímulo, Boris Johnson, prefeito de Londres, declarou a sua intenção de tornar a capital uma vitrine para a tecnologia do carro elétrico, colocando 100 mil automóveis do tipo nas ruas. O secretário Hoon apóia a iniciativa e estuda uma maneira de contribuir com 60 milhões de libras para o plano.

sábado, 23 de maio de 2009

SOLUÇÃO PARA O XIXI?

Empresa australiana cria vaso sanitário que promete acabar com polêmica do xixi durante o banho

Na semana passada circulou pela internet uma ideia considerada no mínimo controversa: fazer xixi durante o banho como forma de se economizar água. O assunto foi debatido das mais diversas formas, em rodas de conversas, lembro que na redação várias pessoas se manifestaram, em blogs, mas foi na internet mesmo que o assunto ganhou repercussão.

A ideia lançada pela organização não governamental (ONG) SOS Mata Atlântica. Segundo a entidade, quem urinar no banho vai evitar puxar a descarga do vaso sanitário. Desse jeito, segundo os cálculos da ONG, a economia anual é 4.380 litros (ou 12 litros de água por dia).

A principal ferramenta da campanha é um site na internet que diz que, consumindo menos água, as nascentes dos rios e os recursos naturais são preservadas. A ONG diz que o site teve 71 mil acessos em uma semana.

A iniciativa pode ser válida, mas aqueles que a contestam afirmam que a uréia [uma das substâncias encontradas na urina] não se dilui completamente na água, produzindo mau cheiro. Para que ele suma seria necessário lavar a área com outra carga de água e mais detergentes. Como resultado, há um consumo maior de água e ainda se lançam substâncias químicas na natureza, anulando a intenção inicial.

O assunto é controverso, mas parece que a empresa australiana Caroma encontrou a solução. Ela lançou um modelo inovador de pia acoplada a um vaso sanitário. Assim é possível coletar água usada na pia e utilizá-la para dar descargas.

O modelo [profile 5] ainda não chegou ao Brasil, mas promete uma economia de até 70% no uso de água no vaso sanitário.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

POLÍTICAS PÚBLICAS


EUA anunciam limites para emissões de veículos

Em posts anteriores comentei sobre as iniciativas dos governos britânico e brasileiro em criarem leis que aumentem a eficiência energética e diminuam emissões de gases causadores do efeito estufa. Agora quem tomou a iniciativa foi os Estados Unidos.

No início da semana o presidente Barack Obama, anunciou um plano de redução de emissões de gases causadores do efeito estufa que deverá estabelecer pela primeira vez um padrão de limites de poluição para veículos no país.

As novas regras, que passarão a valer a partir de 2012, preveem corte de cerca de 30% nas emissões de automóveis e caminhões leves até 2016. Os veículos também deverão apresentar um padrão de eficiência de cerca de 15 km por litro de combustível.

Ao fazer o anúncio, Obama disse que os padrões atuais não são mais aceitáveis e levam à dependência de países exportadores de petróleo e a mudanças climáticas.

"Como resultado desse acordo vamos economizar 1,8 bilhão de barris de petróleo ao longo da vida útil dos veículos vendidos nos próximos cinco anos", disse Obama. Segundo o presidente, as novas regras equivalem a tirar 177 milhões de carros das ruas.

O preço de novos veículos deve aumentar em pelo menos US$ 1,3 mil (cerca de R$ 2.670) até 2016 com os novos padrões de eficiência.

No entanto, o presidente disse que o aumento nos preços seria compensado por menores gastos com combustível.

O plano apresentado por Obama ainda deverá ser aprovado pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos e pelo Departamento de Transportes. É uma pequena iniciativa, mas o início na tentativa de uma mudança nos planos americanos para o meio-ambiente, coisa que a administração anterior pouco deu importância.

terça-feira, 19 de maio de 2009

NOVA CONSCIÊNCIA

Brasileiros são bicampeões em consumo sustentável

Uma boa notícia para aqueles que se preocupam com a Sustentabilidade. Os consumidores brasileiros, pelo segundo ano consecutivo, foram os que mais se mostraram preocupados com questões ligadas ao meio ambiente quando comprar algum produto ou adquirem um serviço. A constatação veio através da pesquisa Greendex 2009: Consumer Choice and the Environment - A Worldwide Tracking Survey, realizada pelo National Geographic Society e pela GlobeScan.

A pesquisa mediu o comportamento de 17 mil consumidores referente a 65 áreas relacionadas com habitação, alimentação, transporte e bens de consumo em 17 países.

Como em 2008, os países em desenvolvimento se saíram melhor, liderados pela Índia e Brasil. Europeus e japoneses apresentaram piores notas principalmente por causa do consumo de energia e da alimentação mais industrializada. Os norte-americanos terminaram o estudo em último lugar.

O ranking dos consumidores “verdes”

1 -Indianos
2-Brasileiros
3-Chineses
4-Argentinos
5-Sul-coreanos
6-Mexicanos
7-Hungáros
8-Russos
9-Espanhóis
10-Alemães
11-Suecos
12-Australianos
13-Franceses
14-Britânicos
15-Japoneses
16-Canadenses
17- Norte-americanos

sábado, 16 de maio de 2009

PLANEJAMENTO

A geógrafa Mônica Veríssimo, presidente da ONG Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento e do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal, fala sobre investimentos ambientais que poderiam evitar desastres com chuvas e secas. Foto: José Cruz/ABr


Investimentos ambientais podem evitar desastres com chuvas e secas, defende geógrafa 

Luana Lourenço 
Repórter da Agência Brasil
 
Os estragos causados por secas e enchentes, como as que atingem atualmente as regiões Sul, Norte e Nordeste do país, poderiam ser evitados – ou pelo menos amenizados – com mais investimentos em políticas públicas ambientais que garantam a adaptação das cidades às mudanças climáticas. 

A avaliação é da geógrafa Mônica Veríssimo, presidente da organização não governamental Fundação Sustentabilidade e Desenvolvimento e do Fórum de ONGs Ambientalistas do Distrito Federal.

As possibilidades de eventos climáticos cada vez mais extremos, apontadas por cientistas como os do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), devem ser consideradas nos planejamentos dos governos para evitar prejuízos e mortes por causas das secas ou chuvas, segundo Mônica. “Você pode mitigar o problema, tem que assumir que esse problema vai existir; os cientistas fizeram modelos mostrando isso: haverá secas mais severas e chuvas mais fortes que causarão inundações”, lembrou.  

A especialista defende medidas como o reforço da canalização pluvial nas cidades, construções mais resistentes e, principalmente, a manutenção de áreas de preservação permanente (APP), a retirada de casas das margens dos rios e das encostas de morros. "O importante é agir e adaptar; não é esperar sempre que a história se repita”, alerta.

Segundo Mônica Veríssimo, as mudanças no Código Florestal, defendidas por representantes do agronegócio para flexibilizar a obrigatoriedade de APPs e reduzir a reserva legal, podem agravar os riscos de repetição de tragédias, como a de Santa Catarina,em 2008. “O governo está deixando passar com a justificativa de que o agronegócio vai perder; pelo contrário, vai perder se continuar retirando [a reserva legal e matas ciliares]. Não só o agronegócio perderá, mas todo mundo”, avaliou.

Além de medidas governamentais, a busca de soluções para evitar grandes desastres por causa do clima passa por mudanças de comportamento e de hábitos de consumo. A ambientalista sugere o uso mais racional dos recursos naturais – principalmente a água – e o descarte correto do lixo, como ações individuais que podem melhorar a qualidade de vida nas cidades e evitar maiores prejuízos em situações de emergência.

“É preciso escutar mais o que os cientistas têm a dizer. Os impactos não vão estar somente no futuro dos nossos filhos e netos. Estão num futuro cada vez mais próximo”, ponderou.
chuvas

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ALERTA


Eletrônicos triplicarão consumo de energia até 2030

Andrea Vialli
blog Sustentabilidade

Computadores, notebooks, iPods, agendas eletrônicas, celulares… Todas essas maravilhas modernas da comunicação trazem junto um problema: poderão triplicar o consumo de energia até 2030. O alerta foi dado pela Agência Internacional de Energia (IEA), em um relatório divulgado na quarta-feira (13/5) em Paris.

Os gadgets e outros aparelhos eletrônicos já correspondem por 15% do consumo doméstico em todo o mundo. Até 2030, a conta de energia do mundo será de US$ 200 bilhões ao ano, o equivalente a um consumo de 1.700 terawatt/hora (o que corresponde ao consumo atual dos Estados Unidos e Japão juntos, dois países que figuram como os mais eletrointensivos do mundo).

Paul Waide, analista da IEA, afirma que o crescimento maior do número de eletroeletrônicos se dará nos países em desenvolvimento, onde o consumo de modo geral cresce a taxas mais aceleradas e há menos políticas de eficiência energética. Existe também o problema dos aparelhos eletrônicos de qualidade inferior e, portanto, menos econômicos.”Isso vai colocar em risco os esforços para aumentar a segurança energética do mundo e para reduzir a emissão de gases estufa”, afirmou a agência.

A tecnologia é bem-vinda - afinal, sem esses equipamentos não teríamos esse canal de contato -porém as indústrias têm responsabilidades nesse processo, que nem sempre estão dispostas a arcar. Uma é produzir aparelhos de consumo reduzido. Outra é diminuir a chamada ‘obsolescência programada’ (a data de ‘validade’ de um produto, que é cada vez mais reduzida, em nome do aumento do consumo) e outra é a responsabilidade pelo bem ao final de sua vida útil. (A respeito disso, veja nossa reportagem - “Empresas recolhem equipamentos usados”).

quarta-feira, 13 de maio de 2009

RESPONSABILIDADE SOCIO-EMPRESARIAL

Celular produzido a partir de plástico reciclado chega ao mercado brasileiro

Desde abril, a Motorola está comercializando no Brasil o primeiro celular mundial fabricado com matéria prima que inclui material reciclado. O novo modelo MOTO W233 tem 25% da estrutura externa feita de material reciclado a partir de garrafas pet. Além disso, possui o certificado Carbonfree, documento emitido pela Carbonfound.Org, líder mundial em projetos de compensações de carbono. O selo garante que o produto compensa as emissões de carbono no seu processo de fabricação, distribuição e uso com investimentos em projetos de preservação ambiental.

“Estamos orgulhosos em poder oferecer aos nossos clientes a oportunidade de estar integrado com o meio ambiente, por meio de um aparelho voltado totalmente para a consciência ecológica, desde a utilização de plástico reciclado no seu design até a embalagem", destaca Sérgio Buniac, vice-presidente de Produtos Móveis da Motorola Brasil.

Segundo a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) são vendidos mais de 1 milhão de celulares todos os meses no Brasil e são descartados mais de 40 milhões de baterias todos os anos. Atualmente, o descarte de baterias de celulares constitui uma das maiores ameaças ao meio ambiente, pois, eles possuem entre seus componentes, metais pesados como mercúrio, cádmio e chumbo, que, quando não são adequadamente descartados, podem contaminar o solo e causam danos à saúde humana.

Parcerias

No Brasil, a Motorola lançou o produto em parceria com a operadora de telefonia Claro e a rede de supermercados Wal-Mart (parceira estratégica do Akatu).

Wal-Mart e Motorola também se uniram para implementar a coleta de baterias, pilhas e celulares na rede de hipermercados. “Serão instaladas, urnas específicas para este tipo de coleta inicialmente em 14 lojas da rede em São Paulo. Nas urnas os clientes poderão depositar as baterias esgotadas”, explica Paulo Polesi, vice-presidente de proteção de ativos do Wal-Mart Brasil.

O lançamento do MOTO W233 faz parte da Ecomoto, programa global da empresa que busca reduzir os impactos ambientais decorrentes de seus processos, produtos e serviços.
Fonte: Akatu.org.br

terça-feira, 12 de maio de 2009

SETE HORAS DE PROTESTO

Ato da "Amazônia para sempre" alerta sobre a devastação da Floresta e quer impedir flexibilizacao do Código Florestal brasileiro
 
Integrantes do movimento “Amazônia para sempre” pretende ficar das 18 às 24 horas nesta quarta-feira (13) no plenário do Senado Federal em um ato para alertar os parlamentares sobre a devastação que vem ocorrendo na Floresta Amazônia e tentar impedir que aprovem as medidas propostas de flexibilização do Código Florestal.

“Um país que tem 165.000 km2 de área desflorestada, abandonada ou semi-abandonada, pode dobrar a sua produção de grãos sem a necessidade de derrubar uma única árvore. É urgente que nos tornemos responsáveis pelo gerenciamento do que resta dos nossos valiosos recursos naturais”, diz a carta aberta que recebeu 1,2 milhão de assinaturas e será entregue ao Congresso no dia.

Durante a vigília, serão discutidas algumas questões polêmicas como as novas manobras da bancada ruralista; a flexibilização do Código Florestal; a criação de Varas Ambientais; as mudanças no licenciamento ambiental; obras do PAC; mudanças climáticas e ilegalidades.

Um vídeo de 4 minutos sobre o desmatamento da Amazônia será exibido na abertura, para a qual foram convidados os ministros de Assuntos Estratégicos, Roberto Mangabeira Unger, e do Meio Ambiente, Carlos Minc.

Victor Fasano, em carta convidando diversas instituições ambientalistas para participar do ato, afirma que a vigília no Congresso será “mais um dia para expor nossas convicções em relação à Amazônia” e ressalta a sua importância por ser véspera de votação de “muitas medidas urgentes que não interessam a nós, mas sim, ao Brasil”.

Redução da reserva legal
Parlamentares da bancada ruralista defendem a reformulação do Código Florestal Brasileiro para que, entre outras medidas, seja reduzido o percentual de preservação de áreas permanentes (reserva legal) e permitido a recomposição florestal com espécies exóticas "comerciais" em outras bacias hidrográficas ou Estados.

A vigília será interativa e os interessados em participar podem fazê-lo pela TV SENADO ou enviando sugestões, comentários e protestos através da linha ALÔ SENADO – 0800 61 22 11 ou através do email scomcmmc@senado.gov.br.

O movimento “Amazônia para Sempre” foi criado pelos atores depois de conhecerem o problema do desmatamento da Floresta durante as gravações da minissérie “Amazônia –de Galvez a Chico Mendes”, em 2007. O objetivo do movimento é chamar a atenção para a necessidade de preservação da floresta, da proteção do meio ambiente, de investimentos no desenvolvimento sustentável e da salvaguarda da legislação ambiental brasileira.

No dia 4 de junho, Christiane Torloni e Victor Fasano farão uma entrega simbólica das assinaturas ao Presidente Luis Inácio da Silva.


Fonte: CarbonoBrasil

LEGISLAÇÃO

Nova lei tenta soluções para fogões e geladeiras

Suelene Gusmão, do MMA

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) deve ir à votação no Plenário da Câmara dos Deputados ainda este mês. Encontra-se em fase final a elaboração de substitutivo para alterar mensagem do Executivo que cria a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Com a aprovação da PNRS pretende resguardar o País dos efeitos nocivos ao ambiente causados por rejeitos urbanos, industriais, rurais e também os provenientes de áreas como a saúde.

O texto contém diretrizes para a gestão, o gerenciamento e o manejo dos resíduos. Além de inibir a produção de artigos perigosos ao ambiente e à saúde humana, o projeto de lei incentivará os fabricantes a adotarem tecnologias saudáveis para o desenvolvimento de produtos seguros e a adotarem procedimentos adequados para a destinação final dos rejeitos da produção desses produtos.

A discussão da PNRS pelo Congresso Nacional, que regulamenta o descarte de resíduos especiais, coincide com o a decisão do Governo Federal de baixar a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre os chamados produtos da linha branca (geladeiras, fogões) e da abertura de linha crédito do Banco do Brasil, para incentivar sua aquisição. A questão que se coloca no momento é a destinação dos eletrodomésticos que estão sendo substituídos.

De acordo com Marcos Bandini, gerente de Projetos do Departamento de Ambiente Urbano da SHRU, no momento, a questão do descarte destes produtos ainda não afeta o meio ambiente devido a um número significativo de doações destas mercadorias. Bandini explicou, no entanto, que a única alternativa para tratar este tipo e resíduo é o aperfeiçoamento e a aprovação pelo Congresso Nacional do Projeto de Lei 991. “Discussões desta natureza demonstram a importância de o Brasil ter uma política integrada de resíduos sólidos”, disse Bandini.

Uma outra novidade refere-se à questão dos resíduos especiais, como o lixo hospitalar, às embalagens consideradas resíduos perigosos e aos pneus, cujo recolhimento e destinação passariam a ser de responsabilidade do empreendedor e não apenas do poder público, como atualmente. Existe ainda criação da figura da empresa exclusivamente recicladora que tem por objetivo estimular a coleta seletiva e a reciclagem por meio de incentivos fiscais e tributários.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

EFICIÊNCIA ENERGÉTICA

Calculadora de emissões de CO2 está disponível para consultas

A empresa de consultoria Keyassociados, disponibilizou em seu site uma calculadora para contagem das emissões de CO2, que tem como finalidade apresentar aos indivíduos o impacto diário que cada pessoa causa no meio ambiente, a empresa informou em comunicado à imprensa.

O método calcula a pegada de carbono com base no consumo de energia elétrica, gás liquefeito de petróleo (GLP), gás natural, gastos de combustíveis em automóveis e viagens aéreas, e produção de lixo.

Estes itens são considerados fatores de emissão de CO2 equivalente de metodologias do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), da fundação GHG Protocol e do Ministério de Ciência e Tecnologia.

Na conclusão, a calculadora indica a quantidade de árvores nativas de Mata Atlântica necessárias para compensar essas emissões, considerando que uma árvore desse ecossistema seqüestra 312,4 Kg de CO2 em 20 anos, cálculo baseado em pesquisas da própria empresa e da SOS Mata Atlântica.

Outras instituições também disponibilizam calculadoras de emissões de CO2, entre elas as ONGs Florestas do Futuro e Iniciativa Verde.

UMA ALTERNATIVA PARA O SOLO

Pilhas usadas poderiam virar corretivo de solo, mas falta coleta seletiva

Fernanda Dalla Costa – Revista Sustentabilidade


Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprovaram a viabilidade técnica e econômica para reaproveitar os metais de pilhas usadas, mas a obtenção da matéria em quantidade suficiente ainda é um entrave, disse em entrevista à Revista Sustentabilidade Marcelo Borges Mansur, professor do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMET).

"A tecnologia para tratar as pilhas usadas nós temos, o que não temos são grandes quantidades necessárias de matéria prima [pilhas usadas]", informou Mansur. "Coletar o material é difícil, pois exige uma campanha de conscientização e [políticas] de recolhimento"

Para ele, a falta de coleta eficiente do material é resultado da legislação, que permite o descarte em aterros se tiverem níveis adequados de metais zinco, potássio e magnésio.

Além do grupo na UFMG, pesquisadores na Universidade Federal do Rio de Janeiro e no Centro de Tecnologia Minieral do Rio de Janeiro também vêm abordando o assunto.

Segundo dados levantados por Mansur, hoje, 1 bilhão de pilhas são consumidas e descartadas por ano no Brasil. Destas, cerca de 40% são clandestinas, podendo conter mercúrio na sua composição. No entanto, as pesquisas se concentraram nas pilhas oficiais, ou seja, as que são registradas no Brasil e que não contém mercúrio.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

CONSUMO CONSCIENTE

Ações de sustentabi-lidade em São Luís ganham mais adesões

Após as o grupo Wal-Mart de São Luís (Bompreço e Hiper Bompreço) firmar parceria com o Instituto Akatu, onde oferecem crédito equivalente ao valor das sacolas plásticas não utilizadas pelos clientes diretamente em suas compras, agora o Grupo Mateus tomou iniciativa semelhante.

Desde a semana passada os supermercados da rede que operam em São Luís [preciso checar se o mesmo projeto existe nas outras lojas espalhadas pelo estado] passaram a exibir cartazes onde oferecem sacolas retornáveis.

O objetivo é o mesmo do Wal-Mart, mas não oferecem desconto algum caso o cliente as utilize em cada compra, diminuindo assim a utilização das sacolas de plástico.

A iniciativa é boa, mas aqui cabe uma crítica. Ao contrário dos concorrentes, que espalham inúmeros avisos em seus supermercados, no Mateus [pelo menos do Renascença] vi apenas um cartaz afixado em local pouco visível.

De qualquer forma ganha a comunidade que pode ter uma redução no número de sacolas plásticas espalhadas na natureza e também o supermercado que lucra na venda das sacolas retornáveis e elimina custos ao não adquirir outras de plástico em um número bem maior.

NOVAS TECNOLOGIAS


Projeto da UFMA barateia custo de construção civil utilizando resíduos de madeira, areia e cimento

Após alguns dias ausentes por compromissos profissionais volto a posta no Sustentabile. E neste retorno vou reproduzir trechos da matéria “Moradia Inteligente” produzida pela jornalista e colega de trabalho Carolina Mello. A foto é de Honório Moareira.

Nela, Carol [como chamamos na redação] destaca a iniciativa desenvolvida por um grupo de pesquisadores do Departamento de Desenho e Tecnologia da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), que consiste em elaborar material de construção a partir de misturas de resíduos sólidos de madeira, areia e cimento – os chamados compósitos de madeira.

Coordenada pelo engenheiro Sanatiel de Jesus Pereira, mestre em Construção de Edifícios e doutor em Engenharia Florestal, a experiência tem o objetivo de devolver a madeira descartada ao processo industrial. O resultado é uma espécie de concreto, onde a brita é substituída por resíduos de madeira descartados por fábricas do interior do estado.

Sanatiel Pereira destaca que alternativas semelhantes a esta já estão disponíveis a população em países desenvolvidos. “Na Espanha, o custo da indústria florestal é zero, pois todo resíduo é aproveitado. No Brasil, mais do que 50% de madeira sólida que está na floresta é transformado em resíduo, vira lixo industrial. E resíduo industrial sem destinação é falta de tecnologia”, afirma Sanatiel.

Blocos a base destes tipos compósitos, além de ecológicos e mais baratos, são mais leves, o que irá facilitar no transporte e nas etapas de construção. Para se ter uma idéia, um bloco de compósito de madeira vazado de 15 cm² chega a pesar 1,3kg, enquanto outro feito de concreto e com as mesmas medidas pesa quase o dobro. O peso de um bloco de compósito de madeira, contudo, varia de acordo com a dosagem de madeira presente no material.

Essa dosagem resulta em compósitos com propriedades específicas, variedade que agrega versatilidade a equação aparentemente simples de madeira, areia e cimento. Até o final de 2.010, a equipe de pesquisadores ambiciona levantar a primeira moradia com blocos de alvenaria, forro, piso, entre outros artefatos da construção civil, todos feitos de compósitos diferentes a base de madeira. O projeto piloto será construído dentro do Campus do Bacanga.

Além da economia, da praticidade e do valor ecológico, a matéria prima alternativa deve conter outras propriedades como isolamento térmico e acústico. Nesta etapa do projeto, iniciado em 2007, tais propriedades ainda não foram comprovadas.

A pesquisa tem sido desenvolvida com resíduos de árvores tropicais provenientes de cidades da Baixada Maranhense como Mirinzal e São Bento. Entre as árvores utilizadas estão o pau-darco ou ipê e a pararaúba.