quinta-feira, 25 de junho de 2009

SÓ EM 2050!

Potências consideram reduzir à metade CO² do mundo

Por Alister Doyle

OSLO (Reuters) - Grandes potências econômicas, como Estados Unidos e China, estão avaliando a possibilidade de estabelecer como meta reduzir à metade as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2050 quando se encontrarem numa cúpula na Itália no mês que vem, indicou um documento preliminar.

O texto diz que o Fórum das Maiores Economias (MEF, na sigla em inglês), que conta com 17 membros, tentará dobrar os investimentos públicos em tecnologia de baixo carbono até 2015 e incrementar o financiamento para combater o aquecimento global, tanto por fontes públicas e privadas, como pelos mercados de carbono.

O projeto foi proposto pelos EUA e pelo México durante discussões no México esta semana, sem que se chegasse a um acordo antes da cúpula do MEF em 9 de julho. O presidente dos EUA, Barack Obama, lançou o MEF para ajudar na negociação de um novo pacto climático da Organização das Nações Unidas (ONU) esperado para dezembro.

"Apoiamos uma meta global de reduzir as emissões globais em 50 por cento até 2050, com os países desenvolvidos reduzindo as emissões em ao menos 80 por cento até 2050", diz a versão preliminar do projeto, obtido pela Reuters e datado de 22 de junho.

No ano passado, os países industrializados do Grupo dos Oito concordaram em uma cúpula no Japão com a "perspectiva" de reduzir à metade os gases-estufa mundiais até 2050 para ajudar a evitar mais secas, enchentes, ondas de calor e o aumento no nível dos oceanos.

Países em desenvolvimento, incluindo China, Índia e Brasil, não aprovaram essa meta para 2050 no Japão, argumentando que os ricos tinham que, primeiro, estabelecer metas rigorosas até 2020 para si. A cúpula do MEF ocorrerá em paralelo à cúpula do G8 deste ano na Itália.

A declaração preliminar de duas páginas não estabelece metas claras, mas diz que os países desenvolvidos, incluindo os EUA, a União Europeia e o Japão, iriam "responsabilizar-se por robustas reduções individuais e agregadas no intervalo de tempo até 2020."

Países em desenvolvimento como a China e a Índia dizem que os ricos deveriam cortar as emissões em "ao menos 40 por cento" abaixo dos níveis de 1990 até 2020 -- meta que, segundo os países desenvolvidos, está fora de alcance enquanto eles tentam estimular as economias atingidas pela recessão.

E o texto diz que os países em desenvolvimento tomariam medidas até 2020 para garantir uma "distância significativa dos negócios de costume" a fim de reduzir as emissões crescentes, principalmente pela queima de combustíveis fósseis.

O documento também chega perto de estabelecer um ano de pico para as emissões globais. "O ponto máximo das emissões globais e nacionais deve ocorrer o mais rápido possível, reconhecendo que o cronograma para que se atinja o ponto máximo será mais longo nos países em desenvolvimento."

Os 17 membros do MEF são responsáveis por 80% das emissões globais.

terça-feira, 23 de junho de 2009

GERAÇÃO DE ENERGIA


Minc defende incentivo à energia eólica

Carlos Rangel
Mercado Carbono

O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, quer ampliar a geração de energia eólica no País. Durante o Fórum Nacional Eólico, encerrado sábado (20), disse que "o Brasil não pode continuar na contramão da tendência mundial", referindo-se à ampliação da geração de energia por usinas térmicas. Segundo ele, o Brasil tem um papel determinante na Convenção do Clima de Copenhague (COP-15), em dezembro, e tem de mostrar que está investindo em energia limpa, informa Paulenir Constâncio, da assessoria do ministério.

O ministro assinou a Carta dos Ventos com dez secretários de Estados e todos os representantes brasileiros do setor. O documento aponta para a busca de consenso sobre as necessidade de maior participação da energia limpa eólica na matriz energética brasileira. Segundo o ministro, o leilão para a entrada de 1000 MW de origem eólica no sistema ainda é pouco. "Temos de fazer leilão de pelo menos 3 mil por ano", disse.

Minc disse que o Ministério do Meio Ambiente planeja simplificar o licenciamento. Já está no Conama resolução que fará com que as usinas térmicas adotem medidas mitigatórias, assumindo o custo ambiental de suas emissões, o que tornará os parques eólicos mais competitivos, além de incentivar a integração da geração eólica ao sistema de distribuição das demais fontes. A importação, um dos entraves da ampliação do setor, terá IPI reduzido, segundo entendimentos que vem sendo mantidos com a área econômica do governo, além de reduzir os índices de nacionalização do setor, atualmente em 70%.

"O Brasil é a terra dos ventos" e precisa investir bem mais na energia limpa e não nas térmicas, que lançam toneladas de CO2 na atmosfera. Para ele, o Nordeste tem vocação natural para esse tipo de energia e poderá receber a instalação dos chamados parques offshore, na plataforma marítima, que tem baixo impacto.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

EFEITO DA CRISE MUNDIAL

Famintos serão mais de 1 bilhão em 2009

Os conceitos de Sutentabilidade levam em conta o "nós" em relação ao desenvolvimento individual. Notícias ruins nos preocupam e nos mostram o quanto ainda precisamos melhorar para alcançarmos uma sociedade mais sustentável. A última surgiu nesta sexta-feira (19), divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO): a barreira de um bilhão de pessoas que passam fome será superada em 2009 em consequência da crise econômica mundial.

"Pela primeira vez na história da humanidade, mais de um bilhão de pessoas, concretamente 1,02 bilhão, sofrerão de subnutrição em todo o mundo", adverte a FAO em um relatório sobre a segurança alimentar mundial.

O número supera em quase 100 milhões o do ano passado e equivale a uma sexta parte aproximadamente da população mundial.

Segundo as estimativas da FAO, baseadas em um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, "a maioria das pessoas subnutridas vive em países em desenvolvimento".

Quase 53 milhões de pessoas sofrerão fome em 2009 na América Latina e Caribe.

O número chega a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África subsaariana, 42 milhões no Oriente Médio e África do Norte e 15 milhões nos países em desenvolvimento.

O número de subnutridos no mundo passou de 825 milhões no biênio 1995-1997 a 873 milhões de 2004 a 2006.

O QUADRO PIOROU

Em 2008, o númerou caiu de 963 milhões a 915 milhões por uma melhor distribuição dos alimentos, mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise econômica e financeira do fim do ano.

Para a FAO, o objetivo fixado em 1996 na Cúpula Mundial sobre a Alimentação (CMA) de reduzir à metade o número de pessoas com fome não será alcançado. A meta foi ratificada, no entanto, com o compromisso de ser atingida em 2015, em uma reunião da ONU em Roma em junho de 2008.

Mas a redução da renda pela crise e os elevados preços dos alimentos foram devastadores para as populações mais vulneráveis.

As estimativas da FAO confirmam a tendência desalentadora da última década para uma insegurança alimentar maior e revelam claramente o impacto da crise nas populações mais pobres do planeta.

"O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia", afirma a organização. "A atual desaceleração da economoa mundial, que segue a crise dos alimentos e dos combustíveis e coincide em parte com ela, está no centro do forte aumento da fome no mundo", indica a agência da ONU.

Na América Latina e Caribe, a única região que registrou sinais de melhora nos últimos anos, também foi comprovado um aumento (12,8%) do número de desnutridos.

O relatório completo sobre a insegurança alimentar no mundo será apresentado oficialmente em outubro.

quarta-feira, 17 de junho de 2009

DEBATE

AL-MA discute problemas climáticos e desertificação

A Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA) promove, nesta quinta-feira (18), às 14h, audiência pública para discutir aspectos das mudanças climáticas e desertificação no país, particularmente no Nordeste. Proposta pela deputada Helena Barros Heluy (PT), a audiência será coordenada pela Comissão de Meio Ambiente e acontecerá no auditório Fernando Falcão.

O evento será mais uma forma do parlamento maranhense celebrar o Dia Mundial do Meio Ambiente (5 de junho) e o Dia Mundial de Combate à Desertificação e à Seca (17 de junho).

De acordo com o relatório do IPCC, o semi-árido é uma das regiões brasileiras mais afetadas pela alteração do clima global. Estima-se que no Nordeste, uma área maior que o estado do Ceará já está atingida pela desertificação de forma grave ou muito grave. Em outras áreas o fenômeno ocorre de forma ainda moderada. A região tem 600 mil km2 afetados pela degradação do ambiente - 1/3 de todo o território nordestino.

Foram convidados alguns dos mais renomados estudiosos do país na área, entre eles o Dr. José Marengo, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e membro do Painel Inter-Governamental de Mudanças Climáticas (IPCC) das Nações Unidas. Ano passado Marengo coordenou um estudo, em parceria com a Vale que analisou alterações climáticas nos estados do Pará e Maranhão.

Outro convidado é o dr. Eduardo Assad, pesquisador da Embrapa Informática Agropecuária (CNTIA), que também coordenou o estudo “Aquecimento Global e a Nova Geografia da Produção Agrícola no Brasil”, desenvolvido com a Universidade de Campinas (Unicamp) e apoio da Embaixada do Reino Unido.

Outros especialistas convidados são o msc Nelson Luiz Wendel da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural do Ministério do Meio Ambiente e Coordenação de Combate à Desertificação e os dirigentes do IBAMA-MA, Marluze Pastor; da Secretaria de Estado e Meio Ambiente, Washington Rio Branco; da Amavida/Articulação Semi Árido do Maranhão (ASA-MA), João Otávio Malheiros; e, do Ministério Público do Maranhão, Luiz Fernando Barreto.

DESEQUILÍBRIO GLOBAL


EUA já vive problemas de desequilíbrio do clima global

Agência Globo

Um relatório do governo norte-americano divulgado nesta terça-feira (16) afirma que a poluição no planeta atingiu o pior nível da história. E previu que a ação do homem vai provocar catástrofes naturais nos próximos cem anos.

Tempestades mais intensas, tornados mais devastadores, secas e inundações com grande poder de destruição - como as que aconteceram no Norte e no Sul do Brasil.

A explicação para as mudanças extremas no clima do mundo está em quase 200 páginas do relatório do programa americano de pesquisas climáticas globais.

Segundo o estudo, não há dúvida: o aquecimento global, provocado em grande parte pelo homem, está ameaçando o planeta.

O relatório revela que a temperatura da Terra aumentou quase um grau desde mil e novecentos e deve subir entre um e seis graus nos próximos cem anos.

Em 2.000 anos o nível do mar subiu 20 centímetros. E essa medida deve dobrar dentro de um século.

Mas cientistas que estavam na apresentação do relatório, nesta quarta, afirmaram que ainda não é tarde para evitar as consequências mais devastadoras: mais tempestades, erosões e inundações principalmente na costa americana, no Golfo do México, em ilhas do Pacífico e em parte do Alasca.

O aumento da temperatura também pode causar doenças provocadas pela contaminação da água e do ar, infestação de pragas na agricultura, num desafio à produção de grãos e a criação de animais.

Os Estados Unidos, maiores emissores de gases poluentes, estão entre os países que mais devem sofrer com o destempero da natureza. O ex-presidente George W. Bush antes se recusava a controlar a emissão de gás carbônico. Mas essa é uma das promessas de Barack Obama.

Os pesquisadores dizem que as escolhas de políticas ambientais feitas a partir de agora serão determinantes na gravidade dos impactos e nas mudança climáticas que devem acontecer no futuro.

sábado, 13 de junho de 2009

AÇÃO

Grandes supermercados suspendem compras de desmatadores

As três maiores redes de supermercados do país, Carrefour, Wal-Mart e Pão de Açúcar decidiram, em reunião realizada na Associação Brasileira de Supermercados (Abras), suspende as compras das fazendas envolvidas no desmatamento da Amazônia. "A ação é um repúdio às práticas denunciadas pelo Greenpeace. O setor supermercadista, através da Abras não irá compactuar com as ações denunciadas e reagirá energicamente", informa nota da assessoria da entidade.

A posição definida pelas empresas inclui notificar os frigoríficos, suspender compras das fazendas denunciadas pelo Ministério Público do Estado do Pará e exigir dos frigoríficos as guias de trânsito animal anexadas às notas fiscais. Como medida adicional, as três redes solicitarão, ainda, um plano de auditoria independente e de reconhecimento internacional que assegure que os produtos que comercializam não são procedentes de áreas de devastação da Amazônia.

"Trata-se de uma resposta conjunta setorial ao relatório publicado pelo Greenpeace no início deste mês e conseqüente ação civil pública do Ministério Público Federal do Pará, que encaminhou recomendação às grandes redes de supermercados e outros 72 compradores de produtos bovinos para que deixem de comprar carne proveniente da destruição da floresta", conclui o informe.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

NOVA LEGISLAÇÃO


Capital de São Paulo vai reduzir em até 30% a emissão de CO² até 2012

A Câmara Municipal de São Paulo deu "sinal verde" ao Projeto de Lei 530/2008, que determina a política de mudança de clima do município. O substitutivo estabelece meta de redução de 30% das emissões de dióxido de carbono equivalente (CO²e) na atmosfera paulistana ao obrigar o uso de combustíveis renováveis na frota de transporte público da cidade até 2018. Já em 2009 as empresas devem garantir a diminuição de 10% das emissões de gases poluentes.

Inventário de 2003 mostra que a queima de gasolina e de óleo diesel responde por 68,3% das emissões de gases de efeito estufa na cidade. O uso de gasolina pelos veículos lançou 3,83 milhões de toneladas de CO2e (35,7%). O diesel, que abastece uma frota inferior a 10% do total de veículos em circulam na cidade, emitiu 3,5 milhões de toneladas (32,6%). O substitutivo também prevê amplo programa de arborização urbana como forma de mitigar os efeitos das ilhas de calor e as ocorrências pluviométricas resultantes das alterações do clima na capital.

Outro aspecto abordado no texto é a redução da produção de resíduos, assim como a regulamentação do cumprimento de investimentos em tecnologias limpas e fontes alternativas de energia. O substitutivo é de autoria do vereador Juscelino Gadelha (PSDB) e foi assinado também pelos vereadores Antonio Carlos Rodrigues (PR) e Paulo Frange (PTB).

Os vereadores paulistanos aprovavam ainda a adoção obrigatória da coleta seletiva de lixo na cidade até 2011.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

RESÍDUOS SÓLIDOS


Sem lei de reciclagem, Brasil perde R$ 10 bilhões

Segundo a agência Envovlerde o Brasil consegue reciclar 12% do total das 150 mil toneladas de lixo geradas diariamente nas cidades e municípios, incluindo materiais orgânicos (restos de alimentos e poda de jardinagem), vidro, plástico, papel, borracha e metal.

Mas essa quantidade poderia ser bem maior e gerar pelo menos mais R$ 10 bilhões por ano se os outros 88% do lixo não seguisse para aterros ou lixões, como acontece na capital maranhense, por exemplo, que não possui uma estação de reciclagem em larga escala e ainda manda seus resíduos sólidos para o Aterro da Ribeira, já completamente saturado.

O fato chama a atenção para a importância da reciclagem inserida na Política Nacional de Resíduos Sólidos, projeto de lei que tramita no Congresso há quase 20 anos e que deverá voltar à pauta nos próximos dias, com o novo texto do relator, o deputado Arnaldo Jardim (PPS-SP).

A sucata de alumínio, por exemplo, pode ser empregada na fabricação de itens para vários segmentos, como os de embalagens, construção civil, indústria automotiva, indústria siderúrgica e bens de consumo (cinzeiros, porta-lápis etc).

Em 2007, o Brasil reciclou 324 mil toneladas de alumínio, ficando acima da média mundial, que é de 29,3%. Na reciclagem de latas de alumínio para bebidas, o País reciclou 160,6 mil toneladas de sucata, o que corresponde a 11,9 bilhões de unidades, ou 32,6 milhões por dia ou 1,4 milhão por hora.

Pelo sétimo ano consecutivo, o país lidera a reciclagem de latas de alumínio para bebidas, entre os países em que a atividade não é obrigatória por lei – como no Japão, que em 2007 reciclou 92,7% de latas; Argentina (90,5%) e Estados Unidos (53,8%) – e entre países europeus, cuja legislação sobre reciclagem de materiais é bastante rígida, e apresentaram um índice médio de 57,7%.

Aí está um grande mercado/negócio para se investir.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

SUSTENTABILIDADE



Como anda o triple bottom line de sua empresa?

Estão enganados os que pensam que Sustentabilidade é um conceito fechado e que leva em conta apenas as vertentes ambientais. Pelo contrário. As práticas sustentáveis são muito mais abrangentes, sendo aplicadas até mesmo no ambiente corporativo afinal 51% da riqueza mundial é concentrada nas grandes multinacionais. Prova disso é a denominação do Triple Bottom Line ou Tripé da Sustentabilidade.

A metodologia voluntária apresenta os resultados de uma empresa sobre os aspectos econômicos, ambientais e sociais. Eles devem interagir. Quanto melhor o resultado, maior será a possibilidade da avaliada ter sucesso. Pelos parâmetros anteriores, uma empresa era sustentável se tivesse economicamente saudável, um bom patrimônio e um lucro sempre crescente, mesmo que houvesse dívidas, sem levar em consideração seus públicos interno e externo.

Em todos os casos, as empresas que apresentam esta conta tripla de resultados perceberam, antes de outras, que no futuro imediato o consumidor se tornará cada vez mais responsável e exigirá saber qual é o impacto econômico, ambiental e social que geram os produtos que premia com a sua compra.

O conceito também é chamado de 3P (People, Planet and Profit, ou, em português, Pessoas, Planeta e Lucro), por considerar a interação de vários aspectos. No item people, a empresa é avaliada se presta um bem estar aos seus funcionários e famíli, se segue a legislação trabalhista e se afeta as comunidades ao seu redor.

O item planeta refere-se ao capital natural do planeta, se uma empresa ou a sociedade deve pensar nas formas de amenizar seus impactos e compensar o que não é possível amenizar.

O item profit (lucro) diz respeito ao resultado econômico propriamente dito.

É importante verificar que esses conceitos podem ser aplicados tanto de maneira macro, para um país ou próprio planeta, como micro, sua casa ou uma pequena vila agrária.

O tripé é a principal ferramenta do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e no Dow Jones Sustainability Index (DJSI) da Bolsa de Nova York. Ações das empresas selecionadas por estes índices costumam apresentar, somadas, rentabilidade acima da média das empresas listadas nos índices Dow Jones Global e Ibovespa.

Há bancos brasileiros que oferecem investimentos em carteiras de ações de empresas selecionadas pelos critérios do Triple Bottom Line, com rentabilidade consideravelmente superior à dos fundos tradicionais. Essas empresas conseguem, assim, atrair capitais com mais facilidade, com acesso a financiamentos de instituições que fazem exigências socioambientais.

quarta-feira, 3 de junho de 2009

PROJETOS

Transformador terá selo de eficiência energética

Carlos Rangel
Do Mercado Carbono

Os transformadores instalados nas redes brasileiras de distribuição elétrica começaram a ter, desde a última terça-feira (2/6), uma etiqueta [como essa aqui ao lado, por exemplo] que indica o grau de consumo de energia do aparelho. Semelhante ao que é aplicado em geladeiras, condicionadores de ar residenciais e outros equipamentos elétricos, o selo mostrará ao mercado as empresas que investem na preservação do meio ambiente, na qualidade e na eficiência energética dos transformadores.

A etiqueta é parte de um amplo trabalho que visa à regulamentação do equipamento pela Lei 10.295/2001, que prevê padrões mínimos de eficiência energética para aparelhos elétricos usados no Brasil. A expectativa é que em 2011 o Brasil tenha uma legislação definindo padrões mínimos de eficiência energética para esses equipamentos.

O estabelecimento de índices mínimos de eficiência energética para os transformadores reduzirá as perdas técnicas de energia na rede de distribuição e, conseqüentemente, diminuirá a conta paga pelos consumidores, havendo combate ao desperdício, melhor aproveitamento dos recursos naturais e redução nos custos de energia.

Os padrões mínimos de eficiência serão definidos a partir de estudos técnicos e de uma base de dados que estão sendo organizados pelas indústrias do setor, coordenadas pela CNI, Instituto Euvaldo Lodi (IEL), da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, Eletrobrás, Centro de Pesquisas de Energia Elétrica (Cepel), Associação Brasileira da Indústria Eletro-Eletrônica (Abinee) e do Ministério de Minas e Energia.

Os estudos também terão a contribuição e a avaliação de técnicos do Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O trabalho começou há três anos com a formação do grupo de empresas interessadas na qualificação dos transformadores e uma pesquisa que envolveu 21 empresas do setor, responsáveis por 90% do mercado.

Atualmente, existem cerca de 2,5 milhões de transformadores instalados nas redes de distribuição de energia do País. As indústrias do setor colocam aproximadamente 130 mil novos aparelhos ao ano no mercado. Os transformadores novos, que duram entre 15 e 20 anos, são usados na reposição de antigos ou na expansão das redes de distribuição.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

CARTA DA TERRA

Ong lança campanha por princípios éticos

Não é de hoje que a ONG Carta da Terra Brasil [http://www.cartadaterrabrasil.org/prt/index.html] não mede esforços na campanha por um mundo melhor.

No mês passado a organização lançou um filme de 60 segundos que tem sido veiculado pelas principais emissoras de televisão por assinatura do país. O objetivo da campanha e motivar as pessoas a conhecer a declaração de princípios éticos A Carta da Terra, compreender os seus conceitos e aplica-los com uma orientação para as suas atividades diárias.

O comercial é uma animação produzida a partir de desenhos feitos por crianças da Casa do Zezinho, entidade social que visa promover a cultura e educação entre crianças carentes na cidade de São Paulo.

Abaixo reproduzo o filme, por sintetizar muito bem o objetivo deste blog e de tantas iniciativas em todo o mundo.

Tirem um minuto e vejam. Vale a pena.

A Carta da Terra Brasil from Carta da Terra Brasil on Vimeo.

COPA NA AMAZÔNIA

Foto do projeto de como será a Arena da Amazônia, que será utilizada durante a Copa de 2.014


Conceitos de Sustentabilidade ajudaram Manaus a ser sub-sede do Mundial em 2.014

O apelo para uma sociedade que impacte menos no ambiente começa a produzir ecos de maneira mais forte. O tema Sustentabilidade está em voga, as grandes corporações têm aberto os olhos para a questão, as grandes redes de TV e a mídia em geral tratam o assunto de forma abrangente. A mais recente prova disso foi a escolha da cidade de Manaus como uma das sedes brasileiras para a Copa de 2.014.

Sem dúvida o apelo de realizar um vento do tamanho de uma Copa, no local considerado o “pulmão do mundo” foi extremamente importante para a seleção da capital amazonense. No projeto apresentado a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa, o governo do estado mostrou o plano para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). A proposta é que até a Copa de 2014 tenha-se quantidade zero de carbono na atmosfera.

A intenção é mostrar também o que está sendo feito para monitorar a Floresta Amazônica e evitar seu desmatamento, através de ações como o Bolsa Floresta. O modelo de monitoramento da Amazônia será mostrado através da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) no Rio Madeira, criada em julho de 2006, com área de 283.117 hectares. No local, moram hoje 582 famílias, cujas suas vidas devem passar por verdadeira transformação depois da implementação das ações previstas na área.

O projeto visa envolver a região no tripé: clima, biodiversidade e comunidade e que a combinação fará diferença nesta Copa do Mundo. A execução de serviços ambientais, será um mecanismo financeiro para quem vive na região. Ou seja, enquanto famílias preservam a floresta, as mesmas garantem renda, melhorando de vida e reduzindo a pobreza – tudo por meio do programa Bolsa Floresta.

Além disso, o projeto terá ao mesmo tempo a função de capacitar a população da área, oferecendo suporte para geração de renda através de negócios sutentáveis, com a participação de núcleos de desenvolvimento e sustentabilidade. A idéia é mostrar que através de todas estas ações, é possível criar melhor qualidade de vida, oferecendo à população da reserva mais saúde, educação e lazer, fazendo com que através desta mudança de vida, a Copa consiga ser realizada com grande parte da floresta ainda de pé.

Para chamar a atenção para a importância da região na competição, será mostrado que “mudanças climáticas” é um assunto que envolve o mundo, mas que está sendo tratado de forma especial na região amazônica, através de soluções locais, que envolvem tanto o social, quanto o econômico e o ambiental.

Para evitar o desmatamento será criado um fundo permanente para garantir a sustentabilidade do projeto a longo prazo e ainda a importância de procedimentos de transparência para garantir a eficácia do que se tem planejado, através do contrato de contabilidade com a empresa Deloitte e auditoria pela Price Water House Coopers. Tal fundo seria criado da receita proveniente da venda de 1,2M tCO2 [1 milhão e 200 mil toneladas de carbono, cálculo feito de acordo com o que foi obtido na Copa da Alemanha].

Como se pode observar, além do que representa a Amazônia para o mundo, os argumentos apresentados foram bastante fortes.

Nos próximos posts vou mostrar o projeto de Cuiabá, que também utilizou conceitos de Sustentabilidade para ser uma das sub-sedes da competição.