segunda-feira, 28 de setembro de 2009

EMISSÕES

Vale lidera índice Global 500 na América Latina

Após anunciar investimentos com o objetivo de evitar a emissão de 12 milhões de toneladas de Dióxido de Carbono (CO²) no Pará, a Vale informou que é a empresa latino-americana mais bem posicionada no índice que avalia o grau de transparência das informações sobre mudanças climáticas, o Global 500.

De acordo com o levantamento feito pelo Carbon Disclosure Project (CDP), divulgado nesta segunda-feira (28), se forem consideradas as empresas dos países que não fazem parte do Anexo 1 (aqueles que têm obrigações com metas de redução no Protocolo de Kyoto), a Vale ficou em segundo lugar, atrás apenas da sul-coreana Samsung Electronics.

Segundo a assessoria da mineradora de 0 a 100, a Vale obteve 74 pontos, acima da média de 59 pontos do setor de materiais, que inclui mineração, siderurgia, química, manufatura e papel e celulose. A média de outras companhias brasileiras ficou em 46 pontos.

Em 2008, as emissões de GEE da Vale, diretas e indiretas, foram de 16,8 milhões de toneladas de CO² equivalente - um crescimento de 10% em relação a 2007. Pelo indicador de intensidade de emissão do CDP (emissão por receita), o aumento foi de 407 toneladas de CO2e/US$ milhão para 522 tCO²e/US$ milhão. A Vale continua, no entanto, com a menor intensidade de emissão entre as grandes mineradoras.

Não costumo fazer apologia a nenhuma empresa ou governo por adotar medidas que visam a Sustentabilidade, até porque as grandes coorporações têm essa "obrigação" com o resto do mundo. Mas vale o registro.

PRESERVAÇÃO

Maranhão vê fraude em 57% das empresas florestais

Carlos Rangel / DiárioNet

O Maranhão aderiu ao sistema eletrônico de controle de fluxo de produtos florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e passa a usar o documento de origem florestal. A decisão foi tomada depois que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado detectou indícios de fraude em 57% das empresas que utilizavam apenas o controle maranhense. As empresas madeireiras já têm de declarar seus estoques no sistema federal para continuar operando.

A auditoria apontou a movimentação irregular de 405 mil metros cúbicos de madeira em toras, 195 mil m³ de madeira serrada, 1,6 milhão de estéreos de lenha, mourões ou resíduos, 251 mil metros de carvão, e a inserção fraudulenta de cerca de 600 mil m³ de produtos florestais no Sisflora no Maranhão. Apenas 14 empresas foram responsáveis por cerca de 20% das irregularidades.

O diretor de Biodiversidade e Florestas do Ibama, José Humberto Chaves, afirmou que no relatório preliminar da auditoria realizada no Sisflora no Maranhão, 653 de 1200 empresas cadastradas apresentaram indícios de fraudes. "Os números assustam. Muitas dessas empresas possivelmente são fantasmas e serviam para esquentar madeira sem origem legal, mas felizmente os sistemas eletrônicos permitem rastrear as fraudes", de acordo com a assessoria do Ibama.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, "o governo do Maranhão está dando um exemplo. Agora o cidadão vai pensar dez vezes antes de cometer um crime ambiental no Estado". Para ele, Rondônia, Pará e Mato Grosso deveriam seguir o exemplo, para reduzir o desmatamento.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

COMBUSTÍVEIS

Vale evitará 12 milhões de toneladas de CO² com biodiesel

O Consórcio Brasileiro de Produção de Óleo de Palma - Vale/Biopalma comprou 2 milhões de sementes pré-germinadas de palma, para o plantio de 12,5 mil hectares em janeiro de 2011 no Pará.

O projeto prevê a produção de 500 mil toneladas por ano de óleo de dendê, parte transformada em 160 mil toneladas de biodiesel para consumo da Vale. Esse volume é correspondente à emissão de mais de 200 mil carros circulando no mesmo período.

A partir de 2014 o biodiesel vai abastecer toda a frota de 216 locomotivas da Estrada de Ferro Carajás (EFC), além de máquinas e equipamentos do sistema norte da mineradora.

O consórcio, que tem 41% de participação da Vale, será o maior produtor de óleo de palma das Américas e investirá cerca de US$ 500 milhões, US$ 305 milhões da liberadora.

A Vale já testou o B20 (diesel com 20% de biodiesel) em suas locomotivas, mas não pode implantar o projeto de forma definitiva, por falta de fornecimento, ou seja, a Petrobrás não garante nada além do B4 hoje vendido em todo o País.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

TERMOELÉTRICA

Alemães vão trocar carvão por casca de babaçu

O vice-governador do Maranhão, João Alberto, definiu com investidores alemães detalhes de um projeto de aproveitamento do coco babaçu a ser implantado, primeiramente no município de Gonçalves Dias, na Região dos Cocais. A meta é que até 2015 sejam substituídas cerca de 17 milhões de toneladas de carvão mineral por cascas de coco babaçu que servirão de fonte de energia termoelétrica na Alemanha.

Um dos primeiros acordos entre Brasil e Alemanha nesse sentido foi feito em maio de 1986. Na contramão desse processo, o Brasil vai instalar no Ceará uma usina térmica que usa carvão mineral importado. O BNDES destinou R$ 1,4 bilhão para a construção da usina em São Gonçalo do Amarante, Ceará, que entrará em operação em 2012.

O projeto alemão prevê investimento de R$ 45 milhões, incluindo o trabalho de 8 mil quebradeiras de coco. A casca do coco será exportada para a Alemanha e transformada em fonte de energia, substituindo o carvão. Outra proposta é implantar no município uma indústria de beneficiamento de amêndoas, para extração do óleo e fabricação de produtos. A expectativa é aumentar a colheita mensal 200 para 20 mil toneladas de babaçu. O primeiro navio de exportação de cascas de coco babaçu deve aportar no Estado em março do ano que vem.

A ideia é criar 500 empregos diretos, além de desenvolver a economia da região. Pelo acordo, o Estado assegura a infraestrutura na recuperação das estradas que ligam os municípios onde se concentra o coco babaçu.

domingo, 20 de setembro de 2009

COMBATE À POLUIÇAO

Carros classificados por emissão de CO2 e poluentes

O cidadão passa a contar com dois instrumentos para conhecer as emissões de gás carbônico e de outros poluentes por carros de passeios: a Nota Verde e o indicador de CO2 que o Ministério do Meio Ambiente e o Ibama lançaram.

Por enquanto, os dados disponíveis referem-se a modelos produzidos em 2008 e podem ser acessados pelos sites do ministério (http://www.mma.gov.br/) ou do instituto (http://servicos.ibama.gov.br/ctf/publico/sel_marca_modelo_rvep.php). Brevemente, as mesmas informações sobre emissões dos carros fabricados em 2009 também serão divulgadas.

A Nota Verde, criada pelo Programa de Controle de Poluição do Ar por Veículos Automotores – Proconve/Ibama, varia numa escala de 0 a 10. Quanto maior a nota de um carro, menor o seu índice de emissão de monóxido de carbono, hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio.

Já com o indicador de CO2, o consumidor obterá informações sobre emissão de gás carbônico por quilômetro rodado pelo carro. Mas, a escala vai de 5 a 10, com uma casa decimal de precisão. Aquele que emitir menos CO2 receberá nota 10.