quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Carros elétricos chegam ao Brasil

Prefeitura de São Paulo fecha acordo com montadora para que veículos comecem a circular em 2011

Mais cedo do que se esperava, os carros elétricos começam a aportar em terras tupiniquins já no início do próximo anos.

O Nissan Leaf, o primeiro veículo 100% elétrico fabricado no mundo e lançado na semana passada no Japão, desembarca no país no começo de 2011, mas, por enquanto, haverá poucos em circulação. O presidente da Nissan para América Latina, o português Carlos Tavares, confirmou assinatura de acordo com a prefeitura de São Paulo para a chegada do modelo. Acerto similar foi firmado com o governo da Cidade do México.

Tavares não detalhou o número de carros que foram negociados com a prefeitura paulistana. Mas deixou claro que a chegada do Leaf ao mercado brasileiro só ocorrerá após acertos com o governo para uma ajuda financeira via subsídios. O projeto piloto vai durar até dezembro de 2012.

"O Nissan Leaf custa em média US$ 32 mil, e estamos contando com subsídios que vão de US$ 13 mil, nos EUA, a 5 mil, na Europa. Com os subsídios dados no mercado americano, o preço final cai para US$ 20 mil", comentou Tavares, deixando claro que, para entrar numa "zona de conforto", que dispense subsídios, será preciso que a montadora tenha uma produção anual de 500 mil a um milhão de veículos.

A argumentação de Tavares quanto à necessidade de ajuda governamental para lançar o carro no mercado confirma a tese defendida pelo setor privado de que desenvolver uma tecnologia verde sai caro. Apesar disso, ele aposta que os carros elétricos representarão 10% do mercado automobilístico mundial em 2020.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Brasil pode economizar R$ 3,4 bi com lâmpadas

Estudo coordenado pela ONU sugere a troca em todo o mundo de lâmpadas incandescentes por fluorescentes

O Brasil pode alcançar uma economia anual de até R$ 3,4 bi nos próximos anos. Para isso seria preciso trocar todas as lâmpadas incandescentes que ainda existem no país por outras fluorescentes, de consumo menor.

Essa é uma das constatações de uma pesquisa apresentada durante a Conferência Climática da ONU (COP-16), que está sendo realizada em Cancún, México. Cerca de 40 países já têm programas nesse sentido, disse o Programa Ambiental da entidade.

A geração da eletricidade para a iluminação, muitas vezes pela queima de combustíveis fósseis, representa mais de 8% das emissões globais de gases do efeito estufa, afirma o estudo.

Assim, a adoção de lâmpadas mais eficientes poderia reduzir em 2% a demanda por eletricidade para a iluminação. O estudo foi patrocinado pelo Programa Ambiental da ONU e pelas empresas Osram e Philips, que fabricam lâmpadas.

O texto diz que o Brasil, por exemplo, seria um dos maiores beneficiados, com uma economia de US$ 2 bilhões por ano. Fazendo a conversão para um valor de R$ 1,7 por dólar, esta economia seria algo em torno de R$ 3,4 bi por ano.

Já a Indonésia, poderia economizar US$ 1 bilhão por ano e cortar 8 milhões de toneladas nas emissões de gases do efeito estufa, o equivalente a tirar 2 milhões de carros das estradas.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Censo 2010


População do Brasil é de 190.732.694 pessoas. Maranhão obteve maior crescimento do Nordeste, com taxa de 16,25%

Cliquem aqui para acessar o resultado do Censo 2010, específico sobre os municípios do Maranhão.

Após cerca de quatro meses de trabalho de coleta e supervisão, durante os quais trabalharam 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores, o resultado do Censo 2010 indica 190.732.694 pessoas para a população brasileira em 1º de agosto, data de referência. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.

A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).

Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do país, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.

O Maranhão foi o estado onde houve o maior crescimento populacional na região Nordeste, com taxa de 16,25%. Ou seja, passou de 5.651.475 para 6.569.683 habitantes. A cidade maranhense mais populosa é São Luís, que antes possuía 870.026 habitantes em 2000 e agora passa para 1.011.943.

Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.

Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). Já o que tinha maior percentual de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597)

O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros. As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O exemplo: menos 22 mi de sacolinhas plásticas nas ruas

Parceria entre a prefeitura e os supermercados representa diminuição de 80 toneladas de lixo

Carlos Minehira, da equipe Akatu

Nos supermercados de Jundiaí, no interior de São Paulo, a maioria dos clientes deixou de usar as sacolas de plástico para carregar as compras de supermercado em embalagens retornáveis, caixas de papelão ou sacola oxibiodegradáveis.

A mudança aconteceu após um acordo entre a prefeitura e os estabelecimentos para reduzir o uso das sacolas plásticas e oferecer alternativas aos clientes de como acomodar e transportar suas compras. Com isso, a Prefeitura de Jundiaí estima que 22 milhões de sacolinhas saíram de circulação, o que, ainda segundo a prefeitura, representa a diminuição de cerca de 80 toneladas de lixo por mês.

“Não é uma exigência, fizemos uma parceria com os donos de mercados e supermercados, que entenderam a emergência da questão”, diz o prefeito Miguel Haddad. O acordo vigora desde o mês de setembro.

Para que a ideia passasse a funcionar, uma campanha de conscientização foi iniciada em junho e os supermercados pararam de oferecer as sacolinhas convencionais, uniformizando a venda das retornáveis por R$ 1,85 e das oxibiodegradáveis por R$ 0,19 cada.

O diretor-presidente da rede Coopercica, Orlando Marciano, afirma que, em média, oferecia mensalmente um milhão de sacolinhas plásticas gratuitamente nas quatro lojas da rede em Jundiaí; com a mudança, esse número caiu para 60 mil saquinhos.

“A aceitação foi ótima. Alguém sempre reclamava, mas o desconforto foi só no começo. Hoje muita gente pegou o hábito e traz sua própria sacola retornável", reforça o prefeito.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A polêmica do lixão de Rosário

Empreendimento receberá resíduos de seis municípios e ameaça contaminar o Rio Itapecuru

O próximo senso populacional do IBGE deve confirmar São Luís com um milhão de habitantes ou número bem próximo a isso. As cidades vizinhas também crescem de forma rápida e com este crescimento é natural que problemas também aconteçam na mesma progressão.

Um destes diz respeito à manipulação dos chamados resíduos sólidos: o lixo. É anunciada a chegada ao Maranhão de grandes empreendimentos, principalmente em municípios próximos à capital São Luís, empresas estas que trarão pessoas para residir nas imediações. Este aumento na população é proporcional ao crescimento dos resíduos gerados por estas pessoas. Então surge a pergunta: o que fazer com esta quantidade de lixo, já que os locais atuais onde são acondicionados enfrentam sérios problemas estruturais, não suportando a demanda hoje existente?

Uma alternativa está sendo colocada em prática, mas não é a adequada: o lixão regional de Rosário. O empreendimento receberá resíduos da própria cidade, da capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Bacabeira, onde está sendo instalada a Refinaria Premium I da Petrobras.

Um empreendimento desta forma [lixão] oferece um grande perigo porque a área destinada a ele fica bem próxima do Rio Itapecuru, que abastece a maior parte de São Luís (Sistema Italuís I). O risco de contaminação do rio é imenso por causa dos resíduos que serão gerados pelo lixão regional. Moradores de Rosário já denunciaram a ação a deputados, que devem realizar uma audiência pública em breve para tratar o assunto [veja no link http://www.al.ma.gov.br/noticias.php?codigo1=18241].

Em lugar de um lixão o mais adequado seria construir um aterro sanitário, que demanda um pouco mais de investimento, mas que apresenta resultados melhores para toda a população, sem riscos de contaminação.

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. O lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.




Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

[Fonte de pesquisa e imagens: www.lixo.com.br]



terça-feira, 19 de outubro de 2010

Mídia debaterá indicadores de sustentabilidade

Entidades avaliarão questões como transparência; qualidade da cobertura; salários e condições de trabalho dos jornalistas e outros funcionários; impactos sócio-ambientais, entre outros

Representantes de meios de comunicação e de entidades sociais da América Latina se reúnem em Brasília, entre os dias 21 e 22, para o seminário "Indicadores de sustentabilidade para o setor de mídia", organizado pela Agência de Notícias dos Direitos da Infância (Andi), a Fundação Avina, a representação da Unesco no Brasil, a Fundación Nuevo Periodismo Iberoamericano (FNPI) e a Universidade Javeriana da Colômbia, com apoio da Fundação Ford. O objetivo é discutir a primeira versão de uma ferramenta que permita avaliar as atividades e o impacto das empresas de comunicação do mundo inteiro, com foco na responsabilidade social.

Os indicadores de responsabilidade dos meios de comunicação vêm sendo desenvolvidos pela Gobal Reporting Initiative (GRI) – organização internacional com sede na Holanda que desenvolveu quadros de referência para relatórios de sustentabilidade adotados pelas maiores empresas do planeta.

Para o setor da mídia, questões a serem avaliadas incluem transparência; qualidade da cobertura (devido ao grau de influência do conteúdo divulgado pelos meios de comunicação no público em geral); questões trabalhistas, como salários e condições de trabalho dos jornalistas e outros funcionários; e impactos ambientais, envolvendo, por exemplo, o uso de papel.

Os resultados do seminário serão apresentados a um grupo de trabalho internacional que também recebeu contribuições por uma consulta pública na internet. Depois de mais uma rodada de comentários, os indicadores de sustentabilidade da mídia devem ser implementados em setembro de 2011.

Participam do encontro representantes da Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner), Associação Nacional de Jornais (ANJ), Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP), Rede Globo, Grupo Estado, Grupo Abril, El Mercurio (Chile), El Universo (Equador), Última Hora (Paraguai), RPP (Peru) e Telefe (Argentina). As entidades sociais serão representadas pela Andi, o Fórum pela Democratização das Comunicações, a Federação Nacional de Jornalistas, a Rede Nacional de Observatórios de Meios, o Intervozes, o Ipea, o Observatório da Imprensa e o Laboratório de Políticas de Comunicação da Universidade de Brasília, entre outros.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

O perigo da lama tóxica

Episódio que contaminou e matou sete pessoas na Hungria pode muito bem se repetir no Maranhão

Este texto foi produzido pelo jornal Vias de Fato (http://www.viasdefato.jor.br), dos colegas Alice Pires, Altemar Moraes, Cesar Teixeira, Elmo Cordeiro e Emilio Azevedo.

Estou reproduzindo porque o assunto é bem sério e como tal, merece ser amplamente conhecido para que um debate mais aprofundado seja realizado.


Alumar representa uma ameaça para São Luis

Um problema ocorrido recentemente na Europa, neste começo de outubro, deve ser motivo de alerta para toda a população de São Luís e para nossas autoridades públicas municipais, estaduais e federais. Na Hungria, num vilarejo chamado Kolontar, houve um vazamento da chamada “lama vermelha”, o mesmo resíduo tóxico que há 15 anos é enterrado no subsolo de São Luís pela ALUMAR/ALCOA, sem qualquer fiscalização confiável.

O vazamento na Europa foi causado por uma ruptura no reservatório de produtos tóxicos. Até o dia de hoje, vários jornais do Brasil noticiaram a morte de sete pessoas e o ferimento de outras 150. A lama tóxica também danificou casas, ruas, plantações e poluiu fontes de água, provocando a morte de todos (TODOS!) os organismos presentes no rio Marcal, um afluente do rio Danúbio, o segundo maior da Europa. Existe também o risco dos metais pesados contaminarem o ar provocando doenças pulmonares nas pessoas. O governo de lá acredita que o muro todo do reservatório desabe, liberando uma nova onda de lama vermelha.

Lá, o governo já anuncia que os responsáveis enfrentarão "consequências muito sérias”. Aqui, em São Luís, as autoridades puxam o saco da ALUMAR da forma mais desavergonhada. E esta mesma ALUMAR, cala a boca de meio mundo de gente a custa de míseros patrocínios. Os chamados poderes constituídos, no Maranhão, são subservientes com esta multinacional, para não dizer coisa pior.

Estamos falando principalmente de Governo, Prefeitura, Assembléia Legislativa, Câmara Municipal e amplos setores da imprensa. Até o presidente Lula, quando veio ao Maranhão abrir a campanha micareta de Roseana (em dezembro do ano passado) plantou, de joelhos, uma árvore no terreno da Alumar. Isto sob os aplausos da inquilina do Palácio dos Leões (Roseana), do prefeito de São Luís, João Castelo (PSDB), do presidente da Câmara Municipal (Pereirinha) e do Sistema Mirante/Globo.

O Consórcio Alumar, um dos maiores produtores de alumínio do mundo, é dono de algo em torno de 10% da ilha de São Luís e precisa ser fiscalizado. Muito bem fiscalizado! Recentemente, foi anunciado com festa pelo poder público local, que eles estão aumentado sua produção de 1,5 milhões de toneladas ano, para 3,5 milhões. Isto representa seis milhões de toneladas a mais de lama vermelha (que inclui soda cáustica) que serão enterradas todos os anos no solo da ilha de São Luís.

Será que este paquiderme do capitalismo internacional não deve ser muito bem fiscalizado? Hoje, na realidade, ninguém sabe quais os reais impactos que a Alumar já provocou na Ilha de São Luis e em sua população!

Na propaganda oficial é dito que ela “estrutura o seu modelo de negócios apoiada no conceito de sustentabilidade, incorporando no seu dia-a-dia critérios que asseguram o sucesso econômico, a excelência ambiental e a responsabilidade social”. Estas são as belas palavras do site da ALCOA, importante integrante do Consórcio Alumar. Ainda no mesmo discurso consta que “o seu sistema de gestão busca melhorar as condições de saúde, segurança e meio ambiente”.

Mas, discurso à parte, no frigir dos avos, consórcios Alcoa/Alumar trabalha para ter lucro. E não tem pátria. Hoje, eles estão no Maranhão. Amanhã, vão buscar outro espaço do planeta (de preferência bem atrasado politicamente) para enterrar suas toneladas de lixo. Incidentes como este na Europa servem de alerta para a chamada periferia do mundo, caso de São Luís do Maranhão, onde poder público e máfia se confundem.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Febraban lança consulta sobre indicadores de Sustentabilidade

Sugestões dos internautas ajudarão a definir matriz que identificará práticas de sustentabilidade nos negócios

A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) acaba de abrir para consulta pública uma proposta de indicadores de sustentabilidade para instituições financeiras. A iniciativa é o primeiro passo no sentido de construir e implementar uma agenda comum de sustentabilidade no setor financeiro.

O objetivo é colher críticas e sugestões que contribuam para a forma final da matriz de indicadores. A atual proposta foi desenhada a partir de discussões da Febraban com representantes do Ministério do Meio Ambiente, organizações não governamentais e bancos. As opiniões poderão ser dadas pelo site www.febraban.org.br/protocoloverde, que ficará no ar até 7 de novembro de 2010.

Com base nas discussões promovidas pela entidade, o Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVces) elaborou a proposta de indicadores, que permitirão aos bancos identificar o status e a evolução das ações implementadas, tendo em vista os compromissos assumidos no Protocolo Verde.

O atual protocolo, assinado em 2009, inclui cinco princípios e diversas diretrizes que estimulam os bancos a oferecerem linhas de financiamento que fomentem e qualidade de vida da população e o uso sustentável do meio ambiente, a considerarem os impactos e custos sócio ambientais na gestão de seus ativos e na análise de risco de projetos, e a promover interna e externamente o consumo consciente dos recursos naturais.

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Quase 4 bi de sacolas deixam de ser consumidas

Programa implementado em sete capitais pretende fechar 2010 com redução acumulada de 3,9 bilhões de sacolas plásticas

Os organizadores do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas estimam que, até o final de 2010, a redução no consumo destas embalagens no Brasil chegue a 3,9 bilhões de unidades. Iniciado em 2007, numa parceria entre a indústria e o varejo, o Programa, visa conscientizar o consumidor para que pratique o consumo responsável, além do descarte adequado das sacolas plásticas. De lá para cá, foi implantado em sete capitais (São Paulo, Porto Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro e Recife). Até o final de 2010, Florianópolis e Belo Horizonte também serão incluídas.

O Programa foi desenhado para envolver indústria, varejo e população na questão da responsabilidade. Parte do princípio que é direito do consumidor escolher a melhor embalagem para carregar suas compras. Pesquisa Ibope mostra que 71% das donas de casa brasileiras consideram as sacolinhas como o meio ideal para transportarem as compras. Além disso, 100% delas reutilizam essas embalagens no lixo doméstico.

Para que este consumidor pudesse continuar usufruir dos benefícios que as sacolas plásticas trazem (economia, higiene, praticidade, etc) e, ainda assim, reduzir o consumo dessas embalagens, é necessário que sejam produzidas dentro da norma ABNT 14937. Essas sacolas, identificadas com o Selo de Qualidade INP-ABIEF, aguentam o peso das compras, conforme sua identificação (no geral, 6 quilos). Assim o consumidor evita o uso em duplicidade e pode reutilizar esta sacolas mais vezes, diminuindo o consumo excessivo. Para cada três sacolas certificadas, deixa-se de consumir uma sacolinha. Segundo Paulo Dacolina, diretor Superintendente do Instituto Nacional do Plástico (INP), a expectativa para 2010 é que sejam produzidas três bilhões de sacolas dentro de norma técnica. “Para tanto, nove empresas no Brasil já estão certificadas para fabricar sacolas com o Selo de Qualidade INP-ABIEF”, firma o executivo.

O Programa também estabeleceu importante parceria com o varejo, a partir do apoio da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), das associações estaduais dos supermercados e das Federações das Indústrias dos estados por onde passou. Com isso, o Programa hoje conta com a participação de quatro das seis maiores redes de supermercado do ranking da Abras (Pão de Açúcar, Zaffari, Prezunic e GBarbosa), além de dezenas de outras redes pelo Brasil. Além disso, mais de 5 mil pessoas, entre supervisores e operadores de caixa dos supermercados participantes foram treinados para orientar os consumidores sobre o uso responsável das sacolinhas.

O resultado dessa iniciativa foi notório desde o início. Em 2007, o consumo de sacolas era de 17,9 bilhões em 2007. Em 2008, passou para 16,4 bilhões e, em 2009, para 15 bilhões. A projeção é reduzir em mais 1 milhão em 2010. O Pão de Açúcar, por exemplo, que implantou o Programa em todas as suas lojas no Brasil, obteve redução superior a 30% no consumo de sacolas plásticas.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

ARTIGO

Criação da Resex de Tauá-Mirim e a importância para São Luís

Horácio Antunes de Sant’Ana Júnior*
Elena Steinhorst Damasceno**


As Reservas Extrativistas são unidades de conservação previstas em lei federal (SNUC – Sistema Nacional de Unidades de Conservação, Lei Nº 9.985 de 18 de julho de 2000) nas quais a permanência de populações extrativistas tradicionais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, está aliada aos objetivos básicos de proteger os meios de vida e a cultura dessas populações e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade.

A criação Reserva Extrativista de Tauá-Mirim (ou Resex de Tauá-Mirim) é uma reivindicação antiga de moradores de povoados localizados na porção sudoeste do município de São Luís, porém, seu processo de implantação está parado na Casa Civil do governo federal desde 2007 e encontra forte oposição por parte do governo estadual do Maranhão e de grandes empreendimentos industriais, como o Consórcio Alumar e a Vale (nome pelo qual se apresenta a Companhia Vale do Rio Doce).

A área proposta para a Reserva abrange os povoados Cajueiro, Limoeiro, Porto Grande, Rio dos Cachorros e Taim; engloba também parte da Vila Maranhão e a Ilha de Tauá-Mirim, na qual localizam-se os povoados Amapá, Embaubal, Jacamim, Portinho e Tauá-Mirim, e um amplo espelho d’água na Baía de São Marcos, totalizando 16.663,55 hectares e perímetro de 71,21 km. Essa é uma área com forte presença de manguezais, além de várzeas e nascentes, sendo local de reprodução de várias espécies marinhas, dentre elas o Peixe-Boi (Trichechus manatus) e o Mero (Epinephelus itajara), que estão ameaçados de extinção. Especificamente na região da Resex, são encontrados também o macaco-cuxiú (Chiropotes satanas), o guariba (Alouatta alouatta) e o tamanduaí (Cyclopes didactylus), todos ameaçados de extinção, segundo o Ibama.

Desde o ano de 1996, as lideranças dos moradores da área vêm aprofundando seus conhecimentos sobre as reservas extrativistas e discutindo a possibilidade de criação dessa modalidade de unidade de conservação, o que resultou no abaixo assinado coordenado pelas organizações sociais locais solicitando a criação da Resex, protocolado no Ibama em 2003. Os estudos socioambientais e socioeconômicos realizados pelo Ibama foram concluídos em 2007, atestando a viabilidade e demonstrando a importância de criação dessa unidade de conservação.

Desde então, os moradores dos povoados envolvidos aguardam sua efetivação e buscam aprimorar suas práticas produtivas e sociais no sentido de garantir a conservação ambiental da área, uma vez que estes estão conscientes da corresponsabilidade de uso e conservação dos recursos ali existentes, destacando a pesca como a principal atividade extrativista realizadas pelas comunidades.

O processo de criação da Resex de Tauá-Mirim cumpriu todas as exigências legais e técnicas previstas na legislação vigente e sua implantação depende, atualmente, apenas da vontade política dos governantes.

Em um momento de forte expansão urbana e industrial, é importante para a saúde e qualidade de vida das populações da Ilha do Maranhão e de seu entorno a presença de áreas destinadas à conservação ambiental e à garantia da territorialidade de populações tradicionais. É também um valioso instrumento para a conservação de biomas e ecossistemas ameaçados, já que pela legislação ambiental vigente haveria a necessidade de criação de uma zona de amortecimento contígua à RESEX, o que minimizaria os impactos das atividades industriais e de infraestrutura na região.

A área em questão sofre disputas antigas devido a interesses diferenciados em relação ao seu uso, provocando o choque entre aqueles a planejam para fins industriais (o que gera degradação para o ambiente e para a vida das pessoas) e aqueles que desejam a manutenção do modo de vida secular e da segurança alimentar de populações tradicionais (principalmente através da pesca, do extrativismo e da agricultura familiar).

Desta forma, a criação da RESEX de Tauá-Mirim seria a efetivação de uma política pública que garantiria aos grupos sociais que ali vivem a possibilidade de sair da situação conflitiva em que se encontram e de buscar revigoramento de suas relações sociais, culturais e produtivas, articulando-as com a defesa e manutenção do ambiente em que sempre viveram.

Por outro lado, a recorrente postergação do ato que criaria oficialmente a Resex de Tauá-Mirim permite-nos constatar que a manutenção da qualidade de vida, proveniente da manutenção da qualidade ambiental, não é uma prioridade na agenda política nem do governo federal nem do governo estadual. A prática governamental prioriza os grandes empreendimentos. No entanto, o histórico dos últimos trinta anos de projetos de desenvolvimento no Maranhão tem demonstrado que nem mesmo a criação de novos postos de trabalho, utilizada como justificativa para novos empreendimentos, é uma forma eficiente de oferecer emprego à população maranhense, já que esta, em sua grande maioria, não possui qualificação suficiente para ocupá-los: vide os índices de IDH tão utilizados como referência e o baixíssimo índice de pessoas das comunidades em questão empregadas nas indústrias já implantadas em seu entorno.

Um dos principais motivos que as lideranças dos povoados que pleiteiam a criação da Resex de Tauá-Mirim alegam para resistirem à instalação de novos projetos industriais e de infraestrutura na região – e igualmente resistirem aos consequentes deslocamentos populacionais, já que são terras secularmente ocupadas por populações tradicionais – é a constatação da desestruturação comunitária e familiar que um deslocamento desses provoca. Essa constatação advém da experiência de seus vizinhos, que foram deslocados na década de 1980 para instalação do Complexo Portuário de São Luís, da Alumar e da Vale do Rio Doce. Caso haja novamente a necessidade de deslocamentos, as populações desalojadas, provavelmente, terão dificuldades em encontrar novas ocupações e terminarão por engrossar ainda mais o caldo de marginalizados na periferia do centro urbano de São Luís, o que se constituiria em uma tremenda injustiça social e ambiental.

Dentre as motivações para se criar unidades de conservação no entorno de São Luís, existe a necessidade de contornar a problemática ambiental presente na Ilha do Maranhão, por possuir as fragilidades inerentes a qualquer ambiente insular e por possuir máxima sensibilidade ambiental para as áreas de manguezais, principalmente quanto à prevenção de impactos ambientais oriundos de derramamento de óleo, produtos químicos altamente comprometedores (uréia, aldeídos, pesticidas, herbicidas, adubos, fertilizantes), além dos impactos ocasionados pelo esgoto doméstico jogado ao mar sem tratamento, já que a capital não possui estações de tratamento de esgoto ativas e muito menos redes para transportar os dejetos. Tal fato corrobora ainda mais a importância de conservação da região de estudo, na medida em que tal degradação ambiental leva à diminuição da produtividade da pesca em todos os ambientes aquáticos.

Deve-se lembrar, ainda, que as regiões estuarinas, onde ocorre o mangue (ecossistema manguezal), são consideradas área de preservação permanente pelo Código Florestal (Lei Nº 4771 de 15 de setembro de 1965), e estão também contempladas na Convenção Internacional de Ramsar – sobre a preservação de áreas úmidas, da qual o Brasil é signatário. O Maranhão é contemplado com dois sítios Ramsar dentre os oito sítios brasileiros: a Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense e as Reentrâncias Maranhenses.

A Declaração de Changwon – um convite para ação do 10° Encontro da Conferência das Partes (no contrato para a Convenção de Ramsar sobre Zonas Úmidas), que foi realizada em Changwon, na República da Coréia, de 28 de outubro a 04 de novembro de 2008 – destaca a importância de impedir que as zonas úmidas do planeta sejam degradadas ou perdidas e de restaurar as que já estão degradadas, além de administrá-las sabiamente, baseado no reconhecimento claro de que todos dependemos de zonas úmidas preservadas para a manutenção da qualidade de nossa água, no que se reflete ao abastecimento (de água e de alimentos), à saúde, à agricultura, à pesca e à proteção da biodiversidade, além da minimização dos impactos das mudanças climáticas, já que as zonas úmidas ajudam na atenuação de enchentes, na retenção de carbono e na redução de emissões de gases estufa.

Segundo essa declaração, os tomadores de decisão precisam reconhecer a “infraestrutura natural” como um recurso principal no combate e adaptação às mudanças climáticas. Água e zonas úmidas funcionais têm um papel chave na resposta às mudanças climáticas e na regulação de processos climáticos naturais. A preservação e uso inteligente das zonas úmidas ajudam a reduzir os efeitos negativos que possam ocorrer, tanto sociais e ecológicos quanto na economia. Neste caso, a Resex de Tauá-Mirim seria um exemplo de política ambiental consonante com estes princípios e recomendações, já que a área proposta para a Resex é rica em manguezais e possui inúmeras nascentes e olhos d’água, além de ser, em função de suas características geológicas, uma área de recarga de aqüíferos (isto é, águas subterrâneas potáveis) que abastecem boa parte dos municípios localizados na Ilha.

O Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), vinculado ao Departamento de Sociologia e Antropologia (Desoc) e ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais (PPGCSoc) da Universidade Federal do Maranhão (Ufma), desde 2005, realiza estudos na área, tendo produzido monografias de final de cursos de graduação, dissertações de mestrado, relatórios de pesquisa, artigos publicados em periódicos científicos e apresentados em congressos. A relevância destas produções resultou na publicação, em 2009, pela Edufma, do livro “Ecos dos conflitos socioambientais: a Resex de Tauá-Mirim”. Os estudos realizados atestam que as populações dos povoados envolvidos na criação da Resex são efetivamente populações tradicionais, algumas famílias moram na área há mais de cem anos, gerando modos de vida próprios e, historicamente, têm contribuído para a conservação ambiental do território que constituem.

Desta forma, as vésperas do aniversário de criação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgão do governo federal encarregado da gestão de unidades de conservação, a ser celebrado no dia 27 de agosto de 2010, e por todos os motivos acima apontados, estamos confiantes que a criação da Resex de Tauá-Mirim se constituirá em mais uma justa homenagem à memória de um dos formuladores da concepção de Reserva Extrativista, Chico Mendes, e àqueles que lutam cotidianamente, no Maranhão, para conservar seu modo de vida e o ambiente no qual foram criados e vivem.

*Sociólogo, Professor Doutor dos Programas de Pós-Graduação em Ciências Sociais e Políticas Públicas; Coordenador do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), da Universidade Federal do Maranhão. Atualmente realiza seu Pós-Doutorado na Universidade Federal do Rio de Janeiro.

**Bióloga, Mestre em Saúde e Ambiente, Doutoranda no Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e pesquisadora do Grupo de Estudos: Desenvolvimento, Modernidade e Meio Ambiente (GEDMMA), da Universidade Federal do Maranhão.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Maranhão realiza encontro de blogs e twitters



Evento é uma extensão do Encontro de Blogueiros Progressistas do Brasil, realizado em São Paulo

Pela 1ª vez o Maranhão contará com um evento reunindo blogueiros e tuiteiros de todo o estado. O Grande Encontro dos Blogueiros e Twitteiros Progressistas do Maranhão acontece na quinta-feira (2 de setembro), das 13h às 20h, no antigo Hotel Vila Rica (ao lado da Igreja da Sé). As inscrições prévias poderão ser reservadas pelo email noderede@gmail.com. No dia, será feita no próprio local do encontro.

Convocado por blogues como Acorda Alice, CISocial, ComContinuação, Ecos das Lutas, (blogue do) Ed, Entreatos, (blogue do) Eri, (blogue do) Itevaldo, Lat but not least, Rico Choro, Sustentabile, O Juízo Final e (blogue do) Zema, o Encontro é decorrente dos encaminhamentos do Encontro de Blogueiros Progressistas do Brasil, realizado em São Paulo.

No Maranhão, a iniciativa dos blogues conta com o apoio da Cáritas, Agência Matraca, Sociedade Maranhende de Direitos Humanos (SMDH), NEEC-UFMA e Instituto Barão de Itararé, conformando o projeto "Nó de Rede", que objetiva constituir uma rede de blogueiros comprometidos com a defesa dos direitos humanos, a da democratização da comunicação e a mudança social, política e econômica no Maranhão.

Confira a programação do encontro detalhada em seus objetivos e horários dos trabalhos.

SERVIÇO

Aguardamos sua confirmação (antecipadamente pelo e-mail noderede@gmail.com ou na hora e local do encontro) e presença.
Data: 2 de setembro (quinta-feira).
Hora: das 13h às 20h.
Local: Quality Grand São Luís Hotel (antigo Hotel Vila Rica, ao lado da Igreja da Sé, Praça Pedro II, Centro, São Luís/MA)

Objetivos:
1. Organizar rede de blogueiros e tuiteiros comprometidos com a promoção dos direitos humanos, a democratização da comunicação e a mudança social, política e econômica do Maranhão;
2. Articular ações comunicativas, interativas e colaborativas entre os blogueiros e tuiteiros interessados na produção compartilhada de conhecimento;
3. Buscar a inovação científica e tecnológica necessária à interação na internet e à produção compartilhada e colaborativa de conhecimento na rede.

PROGRAMAÇÃO

13h – inscrições no Encontro de Blogueiros e Tuiteiros Progressistas do Maranhão. Coordenação: Sóstenes Salgado (Blog CISocial).
14h30min – Abertura. Saudações à plenária, apresentação dos objetivos e programa do Grande Encontro de Blogueiros e Tuiteiros Progressistas do Maranhão e informes do 1°. Encontro de Blogueiros Progressistas do Brasil, com Ricarte Almeida Santos (Blog Rico Choro, secretário executivo da Cáritas Brasileira Regional Maranhão), Luís Antônio Câmara Pedrosa (Blog do Pedrosa, assessor jurídico da Sociedade Maranhense de Direitos Humanos–SMDH) e Itevaldo Júnior (Blog do Itevaldo). Coordenação: Elen Mateus (Blog Last But Not Least, assessora de comunicação do Centro de Defesa dos Direitos das Crianças e Adolescentes Pe. Marcos Passerini).

15h – Conferência de abertura. Internet, democracia e mudança social, com Rogério Tomaz Jr. (Blog Conexão Brasília-Maranhão, assessor de comunicação da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados). Coordenação: Zema Ribeiro (Blog do Zema, assessor de comunicação da Cáritas-MA).

16h – Mesa Redonda I – Ameaças à democracia e à Internet versus ações interativas e compartilhadas na rede, com Francisco Gonçalves (coordenador do NEEC-UFMA) e Guilherme Zagallo (OAB-MA). Coordenação: Franklin Douglas (Blog Ecos das Lutas).

17h – Mesa Redonda II – Produção de conteúdo, sustentabilidade de blogue e tuiter e inovação tecnológica, com Ed Wilson (Blog do Ed) e Márcio Carneiro (Professor da UFMA). Coordenação: Marcos Franco (Blog Entreatos e presidente da AMI).

18h – Intervalo para articulações, trocas de links e bate-papo.

18h30min – Plenária Final – aprovação da Carta dos Blogueiros e Tuiteiros Progressistas do Estado do Maranhão.

AO LONGO DA PROGRAMAÇÃO, PRONUNCIAMENTOS DOS CANDIDATOS AO GOVERNO DO MARANHÃO

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Saneamento melhoraria em 10% renda maranhense

Quase 10%. Este seria o percentual que aumentaria a renda média do cidadão maranhense caso já houvesse a implantação universal da rede de esgotos no estado. O acesso ao saneamento básico também valorizaria os imóveis locais em pelo menos 9,9%.

Estes números foram constatados na pesquisa "Benefícios econômicos da expansão do saneamento básico", encomendada pelo Instituto Trata Brasil e realizada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Ela revela que a renda média e a produtividade do trabalhador no Maranhão cresceriam 9,4% com a universalização da rede de esgoto.

Segundo a pesquisa, apenas 45,7% dos moradores de São Luís são atendidos pela rede de esgoto. A capital maranhense ocupa a 65ª posição no ranking Trata Brasil que lista a situação de 81 cidades brasileiras com mais de 300 mil habitantes. “A evolução do setor é inquestionável, mas o déficit continua. Os investimentos precisam se crescentes para reduzir o número de brasileiros que ainda não tem acesso ao saneamento básico”, esclarece o presidente do instituto, André Castro.

Por outro lado, ao ter acesso à rede de esgoto, um goiano, por exemplo, aumenta sua produtividade em 7,9% permitindo assim o crescimento de sua renda na mesma proporção. A estimativa é que a massa de salários no Maranhão, que hoje gira em torno de R$ 35,97 bilhões, tenha um ganho de R$ 2,83 bilhões por ano.

Efeito imobiliário

A universalização do acesso à rede de esgoto pode ainda proporcionar uma valorização média nacional de até 18% no valor dos imóveis. Essa valorização terá efeitos diferenciados em cada estado da Federação, mas os estados com maior deficiência são os que teriam o maior volume de ganhos. A pesquisa estima que a valorização dos imóveis, no Maranhão, chegaria, por exemplo, aos 9,9%.

Saúde

A pesquisa mostra ainda os efeitos da universalização do saneamento na área da saúde e revela que, por ano, 217 mil trabalhadores brasileiros precisaram se afastar de suas atividades devido a problemas gastrointestinais ligados a falta da coleta e tratamento adequado do esgoto. Somente no Maranhão, foram 41.890 internações, em 2009; sendo que 727 delas poderiam ser evitadas.

O estudo também apurou que em 2009, de acordo com o DATASUS, dos 462 mil pacientes internados por infecções gastrointestinais, 2.101 faleceram no hospital. No Maranhão foram 63 mortes, dessas 41 vidas poderiam ter sido salvas com a implantação do saneamento.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Água contaminada mata mais que casos de violência

Mais de 1,8 milhão de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente no mundo em decorrência da água suja e contaminada, segundo a ONU

A poluição da água é uma das causas que mais mata no mundo e afeta milhares de pessoas todos os dias. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos morrem anualmente em decorrência da água suja e contaminada, o número é maior do que casos de violência. O relatório ainda diz que grande parte dessa contaminação acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90%de esgoto nos rios sem tratamento, no Brasil, esse número é de 80%. Atualmente, cerca de 4.000 crianças menores de cinco anos morrem todos os dias de doenças passíveis de prevenção causadas por doenças relacionadas à água, como diarréia, febre tifóide, cólera e disenteria.

Cerca de 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso à água potável, enquanto que 125 milhões de crianças menores de cinco anos vivem em lares sem acesso a fontes de água potável. Além disso, 2,5 bilhões de pessoas não contam com serviços adequados de saneamento.

O olhar para a importância do tratamento de água é urgente em todo mundo. Devemos começar a agir imediatamente para mudar a realidade em nosso país. Os principais agentes poluidores são o esgoto, resíduos industriais, pesticidas agrícolas e resíduos animais. Atualmente, existem diversos tratamentos de água para que ela possa ser utilizada de forma consciente e ecologicamente correta.

A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis.

Estima-se que 80% das doenças humanas são relacionadas à água não-tratada, ao saneamento precário e à falta de higiene básica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que doenças transmitidas dessa forma provocam pelo menos 25 milhões de mortes a cada ano em países subdesenvolvidos, gerando custos altíssimos para a vida humana.

sábado, 17 de julho de 2010

Nova realidade ganha espaço

As sacolas plásticas que você encontra nos supermercados estão com os dias contados. Queda em sua produção está em ritmo acentuado

Ainda na linha de raciocínio sobre a utilização de sacolas plásticas, lembrei de uma matéria publicada na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, escrita por Sérgio Tauhata, que trata do assunto.

Ele aborda o passa a passo das novas tecnologias em substituição a outras mais antigas, como forma de melhorara a Sustentaibilidade no planeta. No caso específico, Tauhata fala sobre a queda na produção de 15% de sacolas plásticas nos últimos três anos e o espaço cada vez maior dado para os modelos ecológicos.

Abaixo reproduzo o material, mas ele também pode ser lido neste link: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138550-17153,00-AS%20SACOLAS%20PLASTICAS%20TEM%20FUTURO.html


As sacolas plásticas têm futuro?
Com uma queda na produção de 15% nos últimos três anos, as embalagens tradicionais perdem espaço para os modelos ecológicos

Por Sérgio Tauhata

Em cem anos, o plástico passou de herói a vilão - por ironia, devido às mesmas características que popularizaram seu uso. Ser flexível, impermeável, resistente e pouco reativo a produtos químicos virou um problema quando essas qualidades começaram a ser associadas ao apelo do descartável. No Brasil, 90% de 1 bilhão de sacolas que mensalmente embalam produtos em lojas e supermercados vão parar no lixo. A situação já foi pior: há quatro anos, o país consumia 3 bilhões de unidades mensais, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) - e com a mesma taxa de descarte.

90% das sacolas que saem das lojas e supermercados vão parar no lixo

Devido à fama de produto do mal, as sacolas plásticas têm recebido ataques de várias frentes. O golpe mais recente - e talvez o maior até o momento - foi o anúncio da rede Carrefour de banir esse tipo de embalagem de suas lojas em quatro anos. A decisão inclui as demais bandeiras do grupo: Atacadão e Dia%. "Em 2014, quando o processo estiver implantado em todas as lojas, teremos retirado de circulação 800 milhões de unidades por ano", afirma Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour. Com a mesma preocupação, outras redes do varejo adotam ações semelhantes, embora não tão definitivas. O grupo Fnac, por exemplo, distribui apenas sacolas de plástico biodegradável há cinco anos. Em 2010, deixou de oferecer os modelos maiores de embalagens descartáveis. Como opção, as lojas dispõem de uma bolsa retornável, feita de material reciclado, e que custa R$ 3. "Tivemos uma adesão acima da expectativa nos primeiros meses. Mais de 40% dos clientes passaram a usar o produto", diz Patrícia Nina, diretora de operações da Fnac Brasil.

20% é a projeção de redução no consumo de sacolas plásticas em 2010

Com o cerco se fechando, o consumo brasileiro de sacolas plásticas cai anualmente. Em 2007, foram produzidas 17,9 bilhões de unidades. No ano seguinte, 16,4 bilhões, 8,4% a menos. Em 2009, 15 bilhões, uma queda de 16%. Neste ano, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima uma diminuição de 20%. "As campanhas contra o plástico afetam muito a indústria. O segmento de sacolas descartáveis representa 14% dos negócios do setor", afirma Alfredo Schmitt, presidente da Abief. Sem alternativa, os fabricantes começam a se reciclar. Materiais oxibiodegradáveis, hidrossolúveis e biodegradáveis, que se dissolvem na natureza de três a 36 meses, ganham terreno na mesma velocidade com que o plástico tradicional perde mercado. No ano passado, representaram negócios da ordem de R$ 100 milhões.

As linhas ecológicas já representam 18% das embalagens flexíveis produzidas no país, de acordo com a Res Brasil, representante da marca de aditivos dw2 para a fabricação de polímeros de baixo impacto ambiental. Os compostos comercializados pela Res Brasil, quando acrescentados à fórmula básica do plástico, aceleram a decomposição dos polímeros em até 400 vezes. Ou seja, as sacolas aditivadas são absorvidas pela natureza em até três meses - contra mais de 100 anos da embalagem comum. "Estamos crescendo a um ritmo de 10% ao mês", afirma Eduardo Van Roost, diretor-superintendente da empresa, que espera faturar R$ 5 milhões em 2010.

18% Esse é o percentual que as linhas ecológicas já representam no total de embalagens flexíveis produzidas no país

Além dos plásticos de degradação rápida, o papel e o papelão ganham relevo entre as opções de substituição ao polímero comum. "Sacolas de papel são o nosso carro-chefe hoje - representam 70% dos nossos itens", afirma Mauricio Groke, diretor comercial da Antilhas, uma das maiores fabricantes brasileiras de embalagens. "Com exceção dos supermercados, há uma tendência das lojas de migrar para esse tipo de solução." O grupo deve investir R$ 10 milhões neste ano e impulsionar pesquisas de novos materiais e produtos. A meta é crescer 16% em 2010.

No mercado desde 1953, a Nobelplast dedicou mais de meio século à fabricação exclusiva de embalagens plásticas. Até despertar para a demanda por sustentabilidade, em 2004. A preocupação ambiental levou a empresa a criar a versão verde do próprio negócio: surgiu então a Nobelpack, com investimentos de R$ 3,5 milhões. "Hoje, 90% das nossas sacolas são produzidas com papel reciclado. Trabalhamos também com matéria-prima certificada, além de plásticos oxibiodegradáveis e biodegradáveis", afirma Beni Adler, diretor-executivo da empresa.

85% a mais custa uma embalagem de papel comparada com a de plástico

O maior impedimento para a troca das sacolas tradicionais por opções menos agressivas ao ambiente é o preço. Cada unidade do plástico comum custa em média 2 centavos de real. "Uma embalagem oxibiodegradável tem valor 20% maior, em média. E uma de papel, é 85% mais cara", compara Groke. O futuro das sacolas está mesmo é nas mãos dos consumidores. Irão comandar a mudança se estiverem realmente dispostos a pagar mais por opções de menor impacto ambiental ou forçar a cadeia produtiva a arcar com essa diferença de custo.


SEM AGREDIR A NATUREZA | conheça os substitutos ecológicos dos derivados de petróleo:

Biodegradável
São feitos a partir de substâncias orgânicas, como milho, cana e batata. Se descartado, o plástico desaparece na natureza em questão de meses. A degradação ocorre pela ação de micro-organismos. No entanto, na ausência de oxigênio (caso seja enterrado, por exemplo), a decomposição gera gás metano, que contribui para o efeito estufa

Oxibiodegradável
Um aditivo acelera em até 400 vezes a dissolução do plástico tradicional -com a ação de luz, calor e umidade, reduz o tempo de 100 anos para 3 meses. Em uma segunda fase, micro-organismos terminam o processo e deixam como resíduos apenas dióxido de carbono e água

Compostável
É um tipo de plástico biodegradável, ou seja, com base vegetal, que se comporta como matéria orgânica comum. É produzido para ser usado no processo de compostagem, para a obtenção de húmus e adubo

Papel certificado
O selo do Forest Stewardship Council (FSC) assegura que o material da sacola vem de manejo sustentável das florestas. Isso significa preservação, extração responsável de matéria-prima e ajuda no desenvolvimento das comunidades

Papel reciclado
Existem dois tipos básicos: o pré-consumo, no qual a matéria-prima vem de resíduos de fábricas antes de chegar ao mercado (como as aparas) e o pós-consumo, que usa material descartado (como embalagens longa-vida). O segundo tipo ajuda a retirar lixo da natureza, por meio de coleta seletiva e da ação de cooperativas de catadores

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando a lei de sacolas biodegradáveis será cumprida?

Medida foi aprovada em fevereiro, mas não é cumprida. Rio de Janeiro dá o exemplo

Essa notícia li na Agência Brasil. Imediatamente lembrei de um projeto aprovado aqui no Estado, mas que até agora não saiu do papel. O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias vai ficar restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira (16/7), com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou nesta terça-feira (13) o veto do governador Sérgio Cabral.

Também na sexta-feira, fiscais da Secretaria do Ambiente vão a supermercados e lojas para garantir a aplicação da lei. O órgão informou, no entanto, que inicialmente eles vão realizar ações educativas e não está prevista a aplicação de multa, que pode chegar a R$ 20 mil.

De acordo com o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Aylton Fornari, o comércio vem se adaptando há algum tempo às novas regras.

“Estamos preparados para cumprir essa lei, os mercados vão dar desconto de 3 centavos em cada cinco itens para quem não quiser levar a sacola. E vão disponibilizar outros tipos de sacolas reforçadas, como de lona e ráfia, que possam ser reutilizadas. Isso já vem acontecendo há algum tempo, mas sexta começa a fiscalização da mudança do sistema”, destacou Fornari.

Aqui no Maranhão, embora o uso dessa prática ainda não esteja restrito, existe uma lei que de certa forma aborda o assunto. No início do ano a Assembleia local aprovou uma lei, posteriormente promulgada, que obriga o comércio a distribuir sacolas biodegradáveis para que seus clientes acondicionem as mercadorias compradas.

A norma está em vigor desde fevereiro, mas até agora não vi um estabelecimento sequer adotá-la. Não há fiscalização ou mesmo atitude no sentido de educar os empresários para que com o tempo passem cumprir a lei. Nem mesmo o deputado autor da proposta, que é do Partido Verde, voltou a tocar no assunto em plenário.

O não cumprimento à lei acarretaria ao infrator uma multa de mil UFIR's. Havendo reincidência, a multa seria aplicada em dobro. Seria...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

96% dos brasileiros não praticam consumo consciente

Constatação foi apresentada no “Observador Brasil”. Mulheres são mais comprometidas que homens

Acabo de receber um material que no mínimo mostra como o assunto Sustentabilidade ainda não é totalmente conhecido pela população brasileira, muito embora já seja tratado de forma abrangente pelos grandes veículos de comunicação de massa. Nada menos que 96% da população brasileira não pratica consumo consciente.

Essa conclusão foi tirada da pesquisa “O Observador Brasil”, promovida pela Cetelem – financeira do grupo francês BNP Paribas – e pela Ipsos. Segundo o estudo, apenas 4% dos entrevistados são conscientes em relação ao consumo, enquanto 11% são totalmente indiferentes.

As entrevistas foram realizadas através do Teste de Consumo Consciente (TTC) elaborado pelo Instituto Akatu, organização que tem como objetivo principal a mobilização das pessoas para um consumo mais consciente e a preservação ambiental.

O teste avalia 13 comportamentos em situações corriqueiras e práticas tais como: se a pessoa deixa lâmpadas acesas em ambientes vazios, se fecha a torneira enquanto escova os dentes, se utiliza o verso do papel já utilizado, se pede nota fiscal quando faz compras, se separa o lixo, etc.

O grupo de indiferentes adota, no máximo, dois comportamentos enquanto os conscientes adotam de 11 a 13 comportamentos. O fator positivo apontado pelo estudo é que 65% dos entrevistados já se comportam como iniciantes, ou seja, adotam de 3 a 7 comportamentos responsáveis, e 20% são comprometidos, adotando de 8 a 10 comportamentos.

Segundo a pesquisa, as mulheres são mais comprometidas que os homens. A classe C apresenta comportamento parecido com a classe A/B e é onde se concentram a maior parte dos Comprometidos e Conscientes. Já na classe D/E aparecem mais consumidores indiferentes ou iniciantes.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Israel dessaliniza água com sucesso

Usina terá capacidade de produzir 127 milhões de água potável por ano

Muitos especialistas apontam o suprimento de água como um dos grandes problemas a ser resolvido neste século, devido ao número cada vez maior da população no planeta. Por causa dela inúmeras guerras foram travadas ao longo do tempo principalmente em regiões onde ela é escassa, como no Oriente Médio.

Em 1967, Israel capturou as Colinas de Golã à Síria, durante a Guerra dos Seis Dias e defendeu seu controle sobre o território em 1973, durante a Guerra do Yom Kippur, embora, posteriormente, uma parte das colinas tenha retornado à Síria. Nos anos 1970, novos assentamentos judeus foram estabelecidos na área ocupada. A razão principal do conflito é que a região das colinas é uma das poucas onde há suprimento de água.

Alternativas são estudadas em todo o globo para solucionar o problema e uma destas começa a se tornar viável: a dessalinização da água do mar.

A empresa israelense IDE Technologies inaugurou uma nova usina de dessalinização da água salgada, capaz de fornecer boa parte da água que o país consome para uso pessoal. Localizada na cidade de Hadera (norte de Israel), a fábrica é a maior usina de dessalinização por osmose reversa (RO) do mundo, com capacidade de produzir 127 milhões de água potável por ano – água para um de cada seis israelenses.

Os investimentos foram de cerca de meio bilhão de dólares. A IDE já construiu 400 usinas de dessalinização em 40 países em todo o mundo. Ao todo, elas são capazes de produzir dois milhões de metros cúbicos de água por dia.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Aneel adia aprovação do edital do leilão de fontes alternativas

MME pediu prazo para proceder habilitação técnica dos empreendimentos cadastrados

Agência CanalEnergia, Planejamento e Expansão

A Agência Nacional de Energia Elétrica retirou da pauta da reunião pública de ontem (18) de maio, a apreciação do edital do leilão de fontes alternativas, que estava previsto para o mês de junho. Segundo Edvaldo Santana, diretor relator da matéria, a medida foi atendendo um pedido do Ministério de Minas e Energia, que pediu mais prazo para proceder a habilitação técnica dos empreendimentos cadastrados.
Santana disse que, em ofício enviado na última sexta-feira, 14, o MME disse que não seria possível fazer a habilitação em tempo hábil para a realização do certame no final de junho. Foram cadastrados 478 empreendimentos, com capacidade instalada de 14.529 MW. O diretor afirmou que vai esperar novas diretrizes do MME para recolocar o edital na pauta.

Brasil perde R$ 8 bilhões anualmente por não reciclar

Ipea apresentou relatório de pesquisa no MMA e fará parte de grupo de trabalho

Relatório do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado na última sexta-feira (14), no Ministério do Meio Ambiente revela que o País perde R$ 8 bilhões por ano quando deixa de reciclar todo resíduo reciclável que é encaminhado para aterros e lixões nas cidades brasileiras.

O presidente do Ipea, Marcio Pochmann, e o técnico do Instituto Jorge Hargrave apresentaram o estudo intitulado Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos, que traz a estimativa dos benefícios econômicos e ambientais da reciclagem e propõe instrumentos como pagamento por produtividade e acréscimos compensatórios graduados, a fim de aumentar a renda dos catadores, e crédito cooperativo para aumentar a organização e formalização das cooperativas.

A partir dos dados da pesquisa, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, instituiu um grupo de trabalho entre o Ipea e os Ministérios para avançar na reestruturação do primeiro Programa de Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos associado à coleta de lixo e ao cooperativismo dos catadores.

O grupo tem 45 dias para definir como será a operacionalização do programa, propor fontes de recursos e forma de repasse. "Queremos consolidar uma nova política pública em torno da remuneração adequada para os catadores, da retirada do lixo do meio ambiente e de um resultado econômico não só para as indústrias que reciclam, mas para as cooperativas de catadores com facilidades de crédito e novo perfil de renda", afirmou a ministra.

O diretor de Ambiente Urbano da Secretaria de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, Silvano Silvério, ressaltou que o programa, além de melhorar a renda e as condições de trabalho dos catadores, tem como objetivo incentivar a reciclagem do País, onde apenas 12% dos resíduos sólidos urbanos e industriais são reciclados e somente 14% da população brasileira são atendidas pela coleta seletiva.

O Secretário de Articulação Institucional e Parcerias do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Ronaldo Garcia, alertou que o incentivo financeiro para a cooperativa não será suficiente para aumentar a formalização. "É necessário ter uma assistência técnica continuada às cooperativas para que subsistam e mudar o tipo de financiamento, saindo da modalidade convencional do edital que ajuda a quem menos precisa." Segundo Ronaldo, o envolvimento dos municípios é decisivo para que a política avance.

Leia a íntegra do Relatório de Pesquisa Pagamento por Serviços Ambientais Urbanos para Gestão de Resíduos Sólidos no link http://agencia.ipea.gov.br/images/stories/PDFs/100514_relatpsau.pdf

Veja a apresentação do Relatório no link http://agencia.ipea.gov.br/images/stories/PDFs/100514_aprespsau.pdf