O próximo senso populacional do IBGE deve confirmar São Luís com um milhão de habitantes ou número bem próximo a isso. As cidades vizinhas também crescem de forma rápida e com este crescimento é natural que problemas também aconteçam na mesma progressão.
Um destes diz respeito à manipulação dos chamados resíduos sólidos: o lixo. É anunciada a chegada ao Maranhão de grandes empreendimentos, principalmente em municípios próximos à capital São Luís, empresas estas que trarão pessoas para residir nas imediações. Este aumento na população é proporcional ao crescimento dos resíduos gerados por estas pessoas. Então surge a pergunta: o que fazer com esta quantidade de lixo, já que os locais atuais onde são acondicionados enfrentam sérios problemas estruturais, não suportando a demanda hoje existente?
Uma alternativa está sendo colocada em prática, mas não é a adequada: o lixão regional de Rosário. O empreendimento receberá resíduos da própria cidade, da capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Bacabeira, onde está sendo instalada a Refinaria Premium I da Petrobras.
Um empreendimento desta forma [lixão] oferece um grande perigo porque a área destinada a ele fica bem próxima do Rio Itapecuru, que abastece a maior parte de São Luís (Sistema Italuís I). O risco de contaminação do rio é imenso por causa dos resíduos que serão gerados pelo lixão regional. Moradores de Rosário já denunciaram a ação a deputados, que devem realizar uma audiência pública em breve para tratar o assunto [veja no link http://www.al.ma.gov.br/noticias.php?codigo1=18241].
Em lugar de um lixão o mais adequado seria construir um aterro sanitário, que demanda um pouco mais de investimento, mas que apresenta resultados melhores para toda a população, sem riscos de contaminação.
Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. O lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.

Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.
[Fonte de pesquisa e imagens: www.lixo.com.br]

4 comentários:
Publiquem também o outro lado da História, aliás, a verdade: http://www.jornalpequeno.com.br/blog/johncutrim/?p=12242
Ilustre Cláudio. Chamo sua atenção porque em momento algum fiz juízo de valor ou deixei de mostrar alguma verdade.
Talvez você não tenha entendido, mas apenas mostrei a diferença entre um aterro sanitário e um lixão.
Por favor, leia uma vez mais o post ou quantas vezes for necessário para constatar isso.
Gente não é lixão, é um aterro sanitário moderno e não existe essa história de pegar lixo de outras prefeituras.
Isso é desespero da oposição.
Há uma má vontade estabelecida para a questão.
Primeiramente, do ponto de vista político não se avança em saneamento básico. O Plano Municipal de Saneamento Básico prevê a universalização do abastecimento de água tratada em áreas urbanas, a coleta do esgoto sanitário, o escoamento adequao das águas pluviais e o tratamento dos resíduos sólidos urbanos, incluídos a coleta, o transporte e a destinação final com o fim dos lixões.
Segundo, porque não falta tecnologia e nem recursos, de vez que quando se investe em saneamento básico se reduz o custeio da saúde pública porque as pessoas adoecem menos.
A conversa vai por aí, se quiserem aprofundar o assunto estarei disposto a contribuir até com minha própria ignorancia acerca do assunto.
Jose Pessoa
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