quinta-feira, 16 de julho de 2009

TECNOLOGIAS VERDES

Fazer busca online não polui muito

O Google calculou quanto gás carbônico seria emitido quando alguém faz uma busca.

Os engenheiros da gigante de tecnologia descobriram que uma “jogada no Google” gasta 1 kJ (quilo-jaule) de energia e emite 0,2 gramas de dióxido de carbono. Isso é pouco. Ainda mais quando comparado a outras atividades.

Um jornal diário, por exemplo, feito a partir de papel 100% reciclado, gasta o mesmo carbono que 850 pesquisas no Google.

Um copo de suco de laranja, produz a mesma quantidade de CO2 que 1.050 buscas e dar uma voltinha de oito quilômetros de carro gasta o mesmo que 10 mil pesquisas.

De acordo com os dados do Google, todas as etapas da produção de um cheeseburguer seriam responsáveis pela mesma emissão de gás carbônico que 15 mil buscas e ainda afirma que com a quantidade de energia elétrica consumida por uma família média americana durante um mês é possível fazer 3,1 milhões de pesquisas.

quarta-feira, 15 de julho de 2009

MEDIDAS CONTRA O AQUECIMENTO

Investimentos em eficiência energética devem ser quadruplicados

A Agência Internacional de Energia (AIE) disse que, para impedir que o aquecimento global supere os níveis controláveis, os investimentos em eficiência energética e tecnologias limpas devem ser quadruplicados. Isto significaria investir 400 bilhões de dólares por ano durante os próximos 20 anos, já que os diversos planos do governo contra a crise anunciados até agora preveem 100 bilhões de dólares para essas questões.

De acordo com a agência, a eficiência energética pode representar 54% do esforço pela redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) pela metade até 2050, para que o aumento da temperatura global não supere os dois graus a partir dos quais se considera que as alterações climáticas resultariam em consequências incontroláveis. O restante da diminuição se daria com o desenvolvimento de energias renováveis, mais centrais nucleares, e produção de tecnologia de captura e armazenamento de CO2 a partir de 2020, de acordo com a AIE, que reúne os grandes países consumidores de energia membros da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico.

A agência, que manifestou sua satisfação com o compromisso do G8 em reduzir em 80% as emissões de gases do efeito estufa até 2050 em relação aos níveis de 1990, pediu que os governos adotem "políticas estáveis e transparentes que promovam investimento em energia e melhorem sua regulação nos mercados do futuro". A AIE também destacou que é na área de eficiência energética que "os governos podem fazer a diferença" no corte de emissões de gases do efeito estufa.

Fonte: Finanzas.com

RECONHECIMENTO

ONU certifica geração de energia em assentamentos do Pará

A Organização das Nações Unidas (ONU) e o Governo de Dubai, dos Emirados Árabes Unidos, certificaram com o título de Melhores Práticas de 2008 a energia gerada em dois assentamentos do Oeste do Pará: Mojú I e II e Corta Corda, ambos localizados no município de Santarém (PA). Nestes locais, foram implantadas seis Micro Centrais Hidrelétricas (MHC), que produzem energia limpa e com baixo impacto ambiental a partir de igarapés existentes na região.

A certificação foi destinada à empresa responsável pela criação das turbinas das MCHs, a Indalma, que recebeu recursos da Superintendência Regional do Incra no Oeste do Pará e da Prefeitura de Santarém para implantar o projeto. As MCHs instaladas nos assentamentos Mojú I e II e Corta Corda têm capacidade para atender a cerca de 1,9 mil famílias. A primeira MCH foi instalada em junho de 2006 e a última, em junho de 2008.

O reconhecimento da iniciativa ocorreu por meio do Dubai Internacional Award for Best Practices (Prêmio Internacional de Boas Práticas de Dubai), premiação gerida conjuntamente pelo Programa das Nações Unidas para Assentamentos Humanos (UN-HABITAT) e pelo governo de Dubai. Iniciado em 1995, o prêmio foi criado para reconhecer e reforçar projetos que tenham como foco a sustentabilidade e a melhoria das condições de vida da população.

O projeto das MCHs foi certificado na categoria Best Practices (Melhores Práticas), onde outros nove, do Brasil, e 82 de diversos países figuram. Desde 1995, o prêmio de boas práticas atraiu mais de quatro mil iniciativas de 140 países. Na última edição, a sétima, foram registradas cerca de 500 inscrições.

domingo, 12 de julho de 2009

POLÍTICA PÚBLICA

"Desmatamento Zero" na Amazônia sai até o fim do ano

Danilo Macedo Da Agência Brasil

A implantação do programa para zerar o desmatamento causado pela pecuária na Amazônia custará ao governo cerca de R$ 1 milhão, na primeira etapa. Segundo o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, o programa deve levar mais seis meses para entrar em vigor e começar a funcionar no sul do Pará. A região concentra grande parte dos frigoríficos do estado, que foi afetado com o embargo feito por três grandes redes de supermercados – Pão de Açúcar, Carrefour e Wal-Mart – no mês passado.

Antes, serão investidos de R$ 500 mil a R$ 600 mil em tecnologia para uso de guias eletrônicas de trânsito animal. Esse instrumento de fiscalização – exigido para a retirada dos animais da propriedade – facilitará o rastreamento da origem do gado.

Além desses recursos, mais R$ 500 mil serão gastos com o georreferenciamento das 12 mil propriedades rurais da região, que ocupam uma área de aproximadamente 150 mil quilômetros quadrados, equivalente a todo o território do Ceará. O georreferenciamento fará com que a localização das propriedades seja reconhecida por um sistema de referência e será feito em um único ponto da fazenda. Isso torna possível a conclusão do trabalho em 90 dias depois e a um valor bem menor.

Todos os custos serão do governo, restando aos proprietários rurais, na primeira fase, fazer o cadastro com informações de todo o rebanho. “Depois, basta fazer o monitoramento por satélite semestralmente e verificar se foi derrubada alguma árvore”, afirmou Stephanes.

Esse trabalho será feito pela Embrapa Monitoramento por Satélite, a mesma unidade da Empresa Brasileira de Pesquisas Agropecuárias responsável pelo georreferenciamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Essa é a parte mais cara e deve custar, anualmente, R$ 2,5 milhões.

Inicialmente esse custo deve ser bancado pelo governo, com participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Mas, o objetivo do ministério é que nos anos seguintes os gastos sejam divididos com produtores e frigoríficos. O finalidade, segundo Stephanes, é que o sistema de rastreamento seja implantado, posteriormente, em todo o Pará.

terça-feira, 7 de julho de 2009

TECNOLOGIA

Ônibus movido a hidrogênio construído no Brasil é apresentado em São Paulo

Daniel Mello
Agência Brasil

O primeiro ônibus movido a hidrogênio construído no Brasil, que começará a circular em agosto, foi apresentado na capital paulista. A tecnologia, até agora, só foi desenvolvida na Alemanha, China, Estados Unidos e Japão, mas o protótipo brasileiro é bem mais barato. O veículo deverá circular inicialmente no Corredor Metropolitano ABD, que liga São Mateus a Jabaquara, na região metropolitana de São Paulo.

Na maioria dos aspectos, o veículo parece um ônibus normal – a diferença é uma saliência na parte exterior do teto, onde ficam os tanques de hidrogênio. Além disso, é muito mais silencioso do que os ônibus convencionais.

A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU), coordenadora do projeto, avaliará o desempenho do primeiro veículo para corrigir possíveis falhas nos outros três ônibus que deverão entrar em funcionamento no primeiro trimestre do próximo ano. Eles também deverão atuar nas 13 linhas do corredor ADB.


Os veículos são abastecidos com o combustível extraído pela eletrólise da água – separação do hidrogênio do oxigênio com o uso de eletricidade. O gás é usado para gerar a eletricidade que movimenta os ônibus e, após a combustão, o escapamento emite apenas vapor de água. Desse modo, o veículo não emite poluentes.

Os 45 quilos de hidrogênio que podem ser armazenados nos nove tanques presentes no protótipo dão ao veículo autonomia de cerca de 300 quilômetros. O sistema conta ainda com baterias que armazenam energia excedente produzida pelas células de hidrogênio e pela frenagem, o que pode levar o veículo percorra mais 40 quilômetros.

O custo do projeto de desenvolvimento e construção dos quatro ônibus, mais uma usina de produção de hidrogênio, que deverá ser instalada em São Bernardo do Campo (SP), é de R$ 38 milhões. O projeto tem apoio do Ministério de Minas e Energia, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), da Global Environment Facility (GEF) e da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep).

O novo ônibus “já passou por todos os testes que são normais na indústria automobilística”, garantiu o gerente de desenvolvimento da EMTU, Carlos Zundt, em relação à segurança do veículo. “É mais fácil ter um problema em um ônibus a diesel do que em um ônibus como esse”, afirmou.

Quanto aos custos, Zundt disse que podem ser construídos outros veículos com preço semelhante ao de um trolleybus (ônibus elétrico), aproximadamente R$ 2 milhões. O preço pode cair até 20%, caso haja produção em escala maior. Segundo ele, peças importadas, como os tanques e as células de hidrogênio, são mais baratas quando compradas em maior quantidade. Ele ressaltou, no entanto, que é preciso haver mais demanda para que se pense em aumentar a produção.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

CERTIFICAÇÃO

Prédios receberão etiquetas que atestam sua eficiência energética

Como parte do Programa Brasileiro de Etiquetagem, o Inmetro e a Eletrobrás lançaram a Etiqueta de Eficiência Energética de Edificações Comerciais, de Serviços e Públicos. É um sistema semelhante ao que avalia aparelhos domésticos, como chuveiros elétricos e geladeiras. O objetivo da etiqueta é incentivar projetos que levem em conta características de construções sustentáveis, aproveitando, por exemplo, iluminação e ventilação naturais. Isso reduz a necessidade do uso de iluminação artificial e de sistemas de ar condicionado.

A etiqueta avalia três aspectos dos edifícios: envoltório (a fachada e o entorno), sistema de iluminação e condicionamento de ar. Cada aspecto recebe uma classificação entre A (o melhor nível de eficiência) e E (o pior nível). Os prédios que receberem classificação A nos três sistemas ganharão o selo Procel Edifica. Por enquanto, a etiqueta só está disponível para prédios comerciais, de serviços e públicos, e a previsão do Inmetro é que em 2010 sejam incluídos também os edifícios residenciais. A adesão ao programa por parte de construtores e incorporadores é voluntária, mas, dentro de alguns anos, o cumprimento dos requisitos de eficiência energética deverá ser obrigatório.

Atualmente, de acordo com o Ministério de Minas e Energia, os edifícios são responsáveis por 42% da energia consumida no país — 23% vai para o setor residencial, 11% para o comercial e 8%, para o setor público. Somente o sistema de ar condicionado devora 48% da energia, e a iluminação, 24%.

quinta-feira, 2 de julho de 2009

CONSTATAÇÃO


Aquecimento global causa encolhimento de carneiros

Afra Balazina, Folhapress

Essa é mais uma prova dos malefícios causados pelo aquecimento global. Uma população de carneiros de uma ilha da Escócia está encolhendo. E o provável culpado, segundo cientistas do Reino Unido e dos Estados Unidos, é o aquecimento global.

A teoria evolutiva indica que, ao longo do tempo, naquela região fria, o tamanho médio dos carneiros deveria aumentar -os maiores teriam maior probabilidade de sobreviver e de se reproduzir do que as menores.

Porém, os invernos na região da ilha Hirta (no arquipélago St. Kilda), onde vivem os carneiros-de-soay, ficaram menos rigorosos. Consequentemente, são mais fáceis de serem enfrentados e, por isso, hoje os animais menores são mais capazes de sobreviver à estação.

A pesquisa mostra que os animais estudados estão, em média, 5% menores hoje do que em 1985, quando o trabalho teve início. O líder da pesquisa, Tim Coulson, do Departamento de Ciências da Vida do Imperial College de Londres, disse que "a evolução é causada pela seleção natural, e as alterações climáticas têm alterado a forma como ela funciona''.

Ele explica: "No passado, só os carneiros grandes e saudáveis, que ganharam peso em seu primeiro verão, poderiam sobreviver ao inverno em Hirta. Mas agora, devido às alterações climáticas, o capim que serve de alimento aos animais está disponível por mais meses e as condições de sobrevivência não são tão desafiadoras''.

Seus resultados, publicados na edição on-line do periódico "Science'', sugerem que o encolhimento dos ovinos é uma resposta à variação ambiental nos últimos 25 anos e que a evolução contribuiu relativamente pouco neste processo.

ENERGIA RENOVÁVEL


Pesquisadores desenvolvem material para torres eólicas 40% mais barato

EcoDesenvolvimento

Pesquisadores da Universidade de Coimbra apresentam, no Ceará, uma técnica inovadora de construção de torres metálicas para fábricas eólicas, que poderá reduzir até 40% o preço do equipamento. A pesquisa será exibida durante o Power Future 2009 - Exposição Internacional e Seminários das Energias Alternativas e Renováveis, que é realizado em Fortaleza, de 29 de junho a 1º de julho.

O projeto utiliza aço de alta resistência para "fazer nascer uma nova geração de torres, mais leves, fáceis de transportar e, portanto, mais econômicas", informou em comunicado o presidente do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Ciência e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), Luís Simões da Silva.

Luís Simões, que é o principal responsável pelo projeto sobre torres de aço super-resistentes para turbinas eólicas, ressaltou que a tecnologia contempla torres "com uma altura entre os 80 e os 120 metros".

Para o diretor-geral da Braselco (empresa de serviços com sede em Fortaleza e que atua nas áreas de projetos, assessoria e consultoria em energias renováveis), Armando Abreu, a inovação representa um significativo avanço para o setor.

“Essa nova tecnologia vai permitir a substituição das tradicionais flanges, utilizadas na união das seções de torres metálicas de aerogeradores eólicos, por peças construídas em aço S460, de alta resistência e mais baratas", explicou. Ele estima uma economia de 30% a 40% no preço das torres, que custam até R$ 1,2 milhão.

PARCERIAS

Para Simões da Silva, o trabalho desenvolvido "mostra claramente que a universidade não faz investigação abstrata, mas sim de utilização prática". Ele informou ainda que outras universidades da Suécia, Alemanha e Grécia são parceiras no projeto, e que a intenção é analisar as possibilidades de inserir as universidades do Ceará no programa. Empresas da Finlândia, Alemanha e de Portugal também fazem parte do grupo que desenvolveu o projeto.