sexta-feira, 23 de julho de 2010

Água contaminada mata mais que casos de violência

Mais de 1,8 milhão de crianças com menos de cinco anos morrem anualmente no mundo em decorrência da água suja e contaminada, segundo a ONU

A poluição da água é uma das causas que mais mata no mundo e afeta milhares de pessoas todos os dias. Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos morrem anualmente em decorrência da água suja e contaminada, o número é maior do que casos de violência. O relatório ainda diz que grande parte dessa contaminação acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90%de esgoto nos rios sem tratamento, no Brasil, esse número é de 80%. Atualmente, cerca de 4.000 crianças menores de cinco anos morrem todos os dias de doenças passíveis de prevenção causadas por doenças relacionadas à água, como diarréia, febre tifóide, cólera e disenteria.

Cerca de 900 milhões de pessoas em todo o mundo não têm acesso à água potável, enquanto que 125 milhões de crianças menores de cinco anos vivem em lares sem acesso a fontes de água potável. Além disso, 2,5 bilhões de pessoas não contam com serviços adequados de saneamento.

O olhar para a importância do tratamento de água é urgente em todo mundo. Devemos começar a agir imediatamente para mudar a realidade em nosso país. Os principais agentes poluidores são o esgoto, resíduos industriais, pesticidas agrícolas e resíduos animais. Atualmente, existem diversos tratamentos de água para que ela possa ser utilizada de forma consciente e ecologicamente correta.

A água é considerada potável quando pode ser consumida pelos seres humanos. Infelizmente, a maior parte da água dos continentes está contaminada e não pode ser ingerida diretamente. Limpar e tratar a água é um processo bastante caro e complexo, destinado a eliminar da água os agentes de contaminação que possam causar algum risco para a saúde, tornando-a potável. Em alguns países, as águas residuais, das indústrias ou das residências, são tratadas antes de serem escoadas para os rios e mares. Estas águas recebem o nome de depuradas e geralmente não são potáveis.

Estima-se que 80% das doenças humanas são relacionadas à água não-tratada, ao saneamento precário e à falta de higiene básica. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que doenças transmitidas dessa forma provocam pelo menos 25 milhões de mortes a cada ano em países subdesenvolvidos, gerando custos altíssimos para a vida humana.

sábado, 17 de julho de 2010

Nova realidade ganha espaço

As sacolas plásticas que você encontra nos supermercados estão com os dias contados. Queda em sua produção está em ritmo acentuado

Ainda na linha de raciocínio sobre a utilização de sacolas plásticas, lembrei de uma matéria publicada na revista Pequenas Empresas, Grandes Negócios, escrita por Sérgio Tauhata, que trata do assunto.

Ele aborda o passa a passo das novas tecnologias em substituição a outras mais antigas, como forma de melhorara a Sustentaibilidade no planeta. No caso específico, Tauhata fala sobre a queda na produção de 15% de sacolas plásticas nos últimos três anos e o espaço cada vez maior dado para os modelos ecológicos.

Abaixo reproduzo o material, mas ele também pode ser lido neste link: http://revistapegn.globo.com/Revista/Common/0,,EMI138550-17153,00-AS%20SACOLAS%20PLASTICAS%20TEM%20FUTURO.html


As sacolas plásticas têm futuro?
Com uma queda na produção de 15% nos últimos três anos, as embalagens tradicionais perdem espaço para os modelos ecológicos

Por Sérgio Tauhata

Em cem anos, o plástico passou de herói a vilão - por ironia, devido às mesmas características que popularizaram seu uso. Ser flexível, impermeável, resistente e pouco reativo a produtos químicos virou um problema quando essas qualidades começaram a ser associadas ao apelo do descartável. No Brasil, 90% de 1 bilhão de sacolas que mensalmente embalam produtos em lojas e supermercados vão parar no lixo. A situação já foi pior: há quatro anos, o país consumia 3 bilhões de unidades mensais, segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Plásticas Flexíveis (Abief) - e com a mesma taxa de descarte.

90% das sacolas que saem das lojas e supermercados vão parar no lixo

Devido à fama de produto do mal, as sacolas plásticas têm recebido ataques de várias frentes. O golpe mais recente - e talvez o maior até o momento - foi o anúncio da rede Carrefour de banir esse tipo de embalagem de suas lojas em quatro anos. A decisão inclui as demais bandeiras do grupo: Atacadão e Dia%. "Em 2014, quando o processo estiver implantado em todas as lojas, teremos retirado de circulação 800 milhões de unidades por ano", afirma Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade do Carrefour. Com a mesma preocupação, outras redes do varejo adotam ações semelhantes, embora não tão definitivas. O grupo Fnac, por exemplo, distribui apenas sacolas de plástico biodegradável há cinco anos. Em 2010, deixou de oferecer os modelos maiores de embalagens descartáveis. Como opção, as lojas dispõem de uma bolsa retornável, feita de material reciclado, e que custa R$ 3. "Tivemos uma adesão acima da expectativa nos primeiros meses. Mais de 40% dos clientes passaram a usar o produto", diz Patrícia Nina, diretora de operações da Fnac Brasil.

20% é a projeção de redução no consumo de sacolas plásticas em 2010

Com o cerco se fechando, o consumo brasileiro de sacolas plásticas cai anualmente. Em 2007, foram produzidas 17,9 bilhões de unidades. No ano seguinte, 16,4 bilhões, 8,4% a menos. Em 2009, 15 bilhões, uma queda de 16%. Neste ano, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) estima uma diminuição de 20%. "As campanhas contra o plástico afetam muito a indústria. O segmento de sacolas descartáveis representa 14% dos negócios do setor", afirma Alfredo Schmitt, presidente da Abief. Sem alternativa, os fabricantes começam a se reciclar. Materiais oxibiodegradáveis, hidrossolúveis e biodegradáveis, que se dissolvem na natureza de três a 36 meses, ganham terreno na mesma velocidade com que o plástico tradicional perde mercado. No ano passado, representaram negócios da ordem de R$ 100 milhões.

As linhas ecológicas já representam 18% das embalagens flexíveis produzidas no país, de acordo com a Res Brasil, representante da marca de aditivos dw2 para a fabricação de polímeros de baixo impacto ambiental. Os compostos comercializados pela Res Brasil, quando acrescentados à fórmula básica do plástico, aceleram a decomposição dos polímeros em até 400 vezes. Ou seja, as sacolas aditivadas são absorvidas pela natureza em até três meses - contra mais de 100 anos da embalagem comum. "Estamos crescendo a um ritmo de 10% ao mês", afirma Eduardo Van Roost, diretor-superintendente da empresa, que espera faturar R$ 5 milhões em 2010.

18% Esse é o percentual que as linhas ecológicas já representam no total de embalagens flexíveis produzidas no país

Além dos plásticos de degradação rápida, o papel e o papelão ganham relevo entre as opções de substituição ao polímero comum. "Sacolas de papel são o nosso carro-chefe hoje - representam 70% dos nossos itens", afirma Mauricio Groke, diretor comercial da Antilhas, uma das maiores fabricantes brasileiras de embalagens. "Com exceção dos supermercados, há uma tendência das lojas de migrar para esse tipo de solução." O grupo deve investir R$ 10 milhões neste ano e impulsionar pesquisas de novos materiais e produtos. A meta é crescer 16% em 2010.

No mercado desde 1953, a Nobelplast dedicou mais de meio século à fabricação exclusiva de embalagens plásticas. Até despertar para a demanda por sustentabilidade, em 2004. A preocupação ambiental levou a empresa a criar a versão verde do próprio negócio: surgiu então a Nobelpack, com investimentos de R$ 3,5 milhões. "Hoje, 90% das nossas sacolas são produzidas com papel reciclado. Trabalhamos também com matéria-prima certificada, além de plásticos oxibiodegradáveis e biodegradáveis", afirma Beni Adler, diretor-executivo da empresa.

85% a mais custa uma embalagem de papel comparada com a de plástico

O maior impedimento para a troca das sacolas tradicionais por opções menos agressivas ao ambiente é o preço. Cada unidade do plástico comum custa em média 2 centavos de real. "Uma embalagem oxibiodegradável tem valor 20% maior, em média. E uma de papel, é 85% mais cara", compara Groke. O futuro das sacolas está mesmo é nas mãos dos consumidores. Irão comandar a mudança se estiverem realmente dispostos a pagar mais por opções de menor impacto ambiental ou forçar a cadeia produtiva a arcar com essa diferença de custo.


SEM AGREDIR A NATUREZA | conheça os substitutos ecológicos dos derivados de petróleo:

Biodegradável
São feitos a partir de substâncias orgânicas, como milho, cana e batata. Se descartado, o plástico desaparece na natureza em questão de meses. A degradação ocorre pela ação de micro-organismos. No entanto, na ausência de oxigênio (caso seja enterrado, por exemplo), a decomposição gera gás metano, que contribui para o efeito estufa

Oxibiodegradável
Um aditivo acelera em até 400 vezes a dissolução do plástico tradicional -com a ação de luz, calor e umidade, reduz o tempo de 100 anos para 3 meses. Em uma segunda fase, micro-organismos terminam o processo e deixam como resíduos apenas dióxido de carbono e água

Compostável
É um tipo de plástico biodegradável, ou seja, com base vegetal, que se comporta como matéria orgânica comum. É produzido para ser usado no processo de compostagem, para a obtenção de húmus e adubo

Papel certificado
O selo do Forest Stewardship Council (FSC) assegura que o material da sacola vem de manejo sustentável das florestas. Isso significa preservação, extração responsável de matéria-prima e ajuda no desenvolvimento das comunidades

Papel reciclado
Existem dois tipos básicos: o pré-consumo, no qual a matéria-prima vem de resíduos de fábricas antes de chegar ao mercado (como as aparas) e o pós-consumo, que usa material descartado (como embalagens longa-vida). O segundo tipo ajuda a retirar lixo da natureza, por meio de coleta seletiva e da ação de cooperativas de catadores

terça-feira, 13 de julho de 2010

Quando a lei de sacolas biodegradáveis será cumprida?

Medida foi aprovada em fevereiro, mas não é cumprida. Rio de Janeiro dá o exemplo

Essa notícia li na Agência Brasil. Imediatamente lembrei de um projeto aprovado aqui no Estado, mas que até agora não saiu do papel. O uso de sacolas plásticas para embalar mercadorias vai ficar restrito no Rio de Janeiro a partir de sexta-feira (16/7), com a entrada em vigor da Lei nº 5.502 de 2009. Os parlamentares da Assembleia Legislativa do estado tinham aprovado o adiamento para janeiro de 2011, mas o Diário Oficial do estado publicou nesta terça-feira (13) o veto do governador Sérgio Cabral.

Também na sexta-feira, fiscais da Secretaria do Ambiente vão a supermercados e lojas para garantir a aplicação da lei. O órgão informou, no entanto, que inicialmente eles vão realizar ações educativas e não está prevista a aplicação de multa, que pode chegar a R$ 20 mil.

De acordo com o presidente da Associação de Supermercados do Rio de Janeiro, Aylton Fornari, o comércio vem se adaptando há algum tempo às novas regras.

“Estamos preparados para cumprir essa lei, os mercados vão dar desconto de 3 centavos em cada cinco itens para quem não quiser levar a sacola. E vão disponibilizar outros tipos de sacolas reforçadas, como de lona e ráfia, que possam ser reutilizadas. Isso já vem acontecendo há algum tempo, mas sexta começa a fiscalização da mudança do sistema”, destacou Fornari.

Aqui no Maranhão, embora o uso dessa prática ainda não esteja restrito, existe uma lei que de certa forma aborda o assunto. No início do ano a Assembleia local aprovou uma lei, posteriormente promulgada, que obriga o comércio a distribuir sacolas biodegradáveis para que seus clientes acondicionem as mercadorias compradas.

A norma está em vigor desde fevereiro, mas até agora não vi um estabelecimento sequer adotá-la. Não há fiscalização ou mesmo atitude no sentido de educar os empresários para que com o tempo passem cumprir a lei. Nem mesmo o deputado autor da proposta, que é do Partido Verde, voltou a tocar no assunto em plenário.

O não cumprimento à lei acarretaria ao infrator uma multa de mil UFIR's. Havendo reincidência, a multa seria aplicada em dobro. Seria...

segunda-feira, 12 de julho de 2010

96% dos brasileiros não praticam consumo consciente

Constatação foi apresentada no “Observador Brasil”. Mulheres são mais comprometidas que homens

Acabo de receber um material que no mínimo mostra como o assunto Sustentabilidade ainda não é totalmente conhecido pela população brasileira, muito embora já seja tratado de forma abrangente pelos grandes veículos de comunicação de massa. Nada menos que 96% da população brasileira não pratica consumo consciente.

Essa conclusão foi tirada da pesquisa “O Observador Brasil”, promovida pela Cetelem – financeira do grupo francês BNP Paribas – e pela Ipsos. Segundo o estudo, apenas 4% dos entrevistados são conscientes em relação ao consumo, enquanto 11% são totalmente indiferentes.

As entrevistas foram realizadas através do Teste de Consumo Consciente (TTC) elaborado pelo Instituto Akatu, organização que tem como objetivo principal a mobilização das pessoas para um consumo mais consciente e a preservação ambiental.

O teste avalia 13 comportamentos em situações corriqueiras e práticas tais como: se a pessoa deixa lâmpadas acesas em ambientes vazios, se fecha a torneira enquanto escova os dentes, se utiliza o verso do papel já utilizado, se pede nota fiscal quando faz compras, se separa o lixo, etc.

O grupo de indiferentes adota, no máximo, dois comportamentos enquanto os conscientes adotam de 11 a 13 comportamentos. O fator positivo apontado pelo estudo é que 65% dos entrevistados já se comportam como iniciantes, ou seja, adotam de 3 a 7 comportamentos responsáveis, e 20% são comprometidos, adotando de 8 a 10 comportamentos.

Segundo a pesquisa, as mulheres são mais comprometidas que os homens. A classe C apresenta comportamento parecido com a classe A/B e é onde se concentram a maior parte dos Comprometidos e Conscientes. Já na classe D/E aparecem mais consumidores indiferentes ou iniciantes.

terça-feira, 6 de julho de 2010

Israel dessaliniza água com sucesso

Usina terá capacidade de produzir 127 milhões de água potável por ano

Muitos especialistas apontam o suprimento de água como um dos grandes problemas a ser resolvido neste século, devido ao número cada vez maior da população no planeta. Por causa dela inúmeras guerras foram travadas ao longo do tempo principalmente em regiões onde ela é escassa, como no Oriente Médio.

Em 1967, Israel capturou as Colinas de Golã à Síria, durante a Guerra dos Seis Dias e defendeu seu controle sobre o território em 1973, durante a Guerra do Yom Kippur, embora, posteriormente, uma parte das colinas tenha retornado à Síria. Nos anos 1970, novos assentamentos judeus foram estabelecidos na área ocupada. A razão principal do conflito é que a região das colinas é uma das poucas onde há suprimento de água.

Alternativas são estudadas em todo o globo para solucionar o problema e uma destas começa a se tornar viável: a dessalinização da água do mar.

A empresa israelense IDE Technologies inaugurou uma nova usina de dessalinização da água salgada, capaz de fornecer boa parte da água que o país consome para uso pessoal. Localizada na cidade de Hadera (norte de Israel), a fábrica é a maior usina de dessalinização por osmose reversa (RO) do mundo, com capacidade de produzir 127 milhões de água potável por ano – água para um de cada seis israelenses.

Os investimentos foram de cerca de meio bilhão de dólares. A IDE já construiu 400 usinas de dessalinização em 40 países em todo o mundo. Ao todo, elas são capazes de produzir dois milhões de metros cúbicos de água por dia.