terça-feira, 30 de novembro de 2010

Censo 2010


População do Brasil é de 190.732.694 pessoas. Maranhão obteve maior crescimento do Nordeste, com taxa de 16,25%

Cliquem aqui para acessar o resultado do Censo 2010, específico sobre os municípios do Maranhão.

Após cerca de quatro meses de trabalho de coleta e supervisão, durante os quais trabalharam 230 mil pessoas, sendo 191 mil recenseadores, o resultado do Censo 2010 indica 190.732.694 pessoas para a população brasileira em 1º de agosto, data de referência. Em comparação com o Censo 2000, ocorreu um aumento de 20.933.524 pessoas. Esse número demonstra que o crescimento da população brasileira no período foi de 12,3%, inferior ao observado na década anterior (15,6% entre 1991 e 2000). O Censo 2010 mostra também que a população é mais urbanizada que há 10 anos: em 2000, 81% dos brasileiros viviam em áreas urbanas, agora são 84%.

A região Sudeste segue sendo a região mais populosa do Brasil, com 80.353.724 pessoas. Entre 2000 e 2010, perderam participação as regiões Sudeste (de 42,8% para 42,1%), Nordeste (de 28,2% para 27,8%) e Sul (de 14,8% para 14,4%). Por outro lado, aumentaram seus percentuais de população brasileira as regiões Norte (de 7,6% para 8,3%) e Centro-Oeste (de 6,9% para 7,4%).

Entre as unidades da federação, São Paulo lidera com 41.252.160 pessoas. Por outro lado, Roraima é o estado menos populoso, com 451.227 pessoas. Houve mudanças no ranking dos maiores municípios do país, com Brasília (de 6º para 4º) e Manaus (de 9º para 7º) ganhando posições. Por outro lado, Belo Horizonte (de 4º para 6º), Curitiba (de 7º para 8º) e Recife (8º para 9º) perderam posições.

O Maranhão foi o estado onde houve o maior crescimento populacional na região Nordeste, com taxa de 16,25%. Ou seja, passou de 5.651.475 para 6.569.683 habitantes. A cidade maranhense mais populosa é São Luís, que antes possuía 870.026 habitantes em 2000 e agora passa para 1.011.943.

Os resultados mostram que existem 95,9 homens para cada 100 mulheres, ou seja existem mais 3,9 milhões de mulheres a mais que homens no Brasil. Em 2000, para cada 100 mulheres, havia 96,9 homens. A população brasileira é composta por 97.342.162 mulheres e 93.390.532 homens.

Entre os municípios, o que tinha maior percentual de homens era Balbinos (SP). Já o que tinha maior percentual de mulheres era Santos (SP). O Censo 2010 apurou ainda que existiam 23.760 brasileiros com mais de 100 anos. Bahia é a unidade da federação a contar com mais brasileiros centenários (3.525), São Paulo (3.146) e Minas Gerais (2.597)

O Censo Demográfico compreendeu um levantamento exaustivo de todos os domicílios do país. Foram visitados 67,6 milhões de domicílios e ao menos um morador forneceu informações sobre todos os moradores de cada residência. A partir do dia 4 de novembro, o IBGE realizou um trabalho de supervisão e controle de qualidade de todo material coletado, em conjunto com as Comissões Censitárias Estaduais (CCE) e das Comissões Municipais de Geografia e Estatística (CMGE,) em todas as 27 Unidades da Federação e nos municípios brasileiros. As comissões funcionaram como um canal de comunicação entre o IBGE e a sociedade e participaram de todo o processo de realização do Censo.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

O exemplo: menos 22 mi de sacolinhas plásticas nas ruas

Parceria entre a prefeitura e os supermercados representa diminuição de 80 toneladas de lixo

Carlos Minehira, da equipe Akatu

Nos supermercados de Jundiaí, no interior de São Paulo, a maioria dos clientes deixou de usar as sacolas de plástico para carregar as compras de supermercado em embalagens retornáveis, caixas de papelão ou sacola oxibiodegradáveis.

A mudança aconteceu após um acordo entre a prefeitura e os estabelecimentos para reduzir o uso das sacolas plásticas e oferecer alternativas aos clientes de como acomodar e transportar suas compras. Com isso, a Prefeitura de Jundiaí estima que 22 milhões de sacolinhas saíram de circulação, o que, ainda segundo a prefeitura, representa a diminuição de cerca de 80 toneladas de lixo por mês.

“Não é uma exigência, fizemos uma parceria com os donos de mercados e supermercados, que entenderam a emergência da questão”, diz o prefeito Miguel Haddad. O acordo vigora desde o mês de setembro.

Para que a ideia passasse a funcionar, uma campanha de conscientização foi iniciada em junho e os supermercados pararam de oferecer as sacolinhas convencionais, uniformizando a venda das retornáveis por R$ 1,85 e das oxibiodegradáveis por R$ 0,19 cada.

O diretor-presidente da rede Coopercica, Orlando Marciano, afirma que, em média, oferecia mensalmente um milhão de sacolinhas plásticas gratuitamente nas quatro lojas da rede em Jundiaí; com a mudança, esse número caiu para 60 mil saquinhos.

“A aceitação foi ótima. Alguém sempre reclamava, mas o desconforto foi só no começo. Hoje muita gente pegou o hábito e traz sua própria sacola retornável", reforça o prefeito.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

A polêmica do lixão de Rosário

Empreendimento receberá resíduos de seis municípios e ameaça contaminar o Rio Itapecuru

O próximo senso populacional do IBGE deve confirmar São Luís com um milhão de habitantes ou número bem próximo a isso. As cidades vizinhas também crescem de forma rápida e com este crescimento é natural que problemas também aconteçam na mesma progressão.

Um destes diz respeito à manipulação dos chamados resíduos sólidos: o lixo. É anunciada a chegada ao Maranhão de grandes empreendimentos, principalmente em municípios próximos à capital São Luís, empresas estas que trarão pessoas para residir nas imediações. Este aumento na população é proporcional ao crescimento dos resíduos gerados por estas pessoas. Então surge a pergunta: o que fazer com esta quantidade de lixo, já que os locais atuais onde são acondicionados enfrentam sérios problemas estruturais, não suportando a demanda hoje existente?

Uma alternativa está sendo colocada em prática, mas não é a adequada: o lixão regional de Rosário. O empreendimento receberá resíduos da própria cidade, da capital, São José de Ribamar, Paço do Lumiar, Raposa e Bacabeira, onde está sendo instalada a Refinaria Premium I da Petrobras.

Um empreendimento desta forma [lixão] oferece um grande perigo porque a área destinada a ele fica bem próxima do Rio Itapecuru, que abastece a maior parte de São Luís (Sistema Italuís I). O risco de contaminação do rio é imenso por causa dos resíduos que serão gerados pelo lixão regional. Moradores de Rosário já denunciaram a ação a deputados, que devem realizar uma audiência pública em breve para tratar o assunto [veja no link http://www.al.ma.gov.br/noticias.php?codigo1=18241].

Em lugar de um lixão o mais adequado seria construir um aterro sanitário, que demanda um pouco mais de investimento, mas que apresenta resultados melhores para toda a população, sem riscos de contaminação.

Um lixão é uma área de disposição final de resíduos sólidos sem nenhuma preparação anterior do solo. Não tem nenhum sistema de tratamento de efluentes líquidos - o chorume (líquido preto que escorre do lixo). Este penetra pela terra levando substancias contaminantes para o solo e para o lençol freático. Moscas, pássaros e ratos convivem com o lixo livremente no lixão a céu aberto, e pior ainda, crianças, adolescentes e adultos catam comida e materiais recicláveis para vender. O lixo fica exposto sem nenhum procedimento que evite as conseqüências ambientais e sociais negativas.




Mas a disposição adequada dos resíduos sólidos urbanos é o aterro sanitário que antes de iniciar a disposição do lixo teve o terreno preparado previamente com o nivelamento de terra e com o selamento da base com argila e mantas de PVC, esta extremamente resistente. Desta forma, com essa impermeabilização do solo, o lençol freático não será contaminado pelo chorume. Este é coletado através de drenos de PEAD, encaminhados para o poço de acumulação de onde, nos seis primeiros meses de operação é recirculado sobre a massa de lixo aterrada. Depois desses seis meses, quando a vazão e os parâmetros já são adequados para tratamento, o chorume acumulado será encaminhado para a estação de tratamento de efluentes. A operação do aterro sanitário, assim como a do aterro controlado prevê a cobertura diária do lixo, não ocorrendo a proliferação de vetores, mau cheiro e poluição visual.

[Fonte de pesquisa e imagens: www.lixo.com.br]