terça-feira, 25 de novembro de 2008

PROJETO DE BIOCONSTRUÇÃO NO MARANHÃO

MMA e Incra entregam projeto piloto de bioconstrução no Maranhão

Dayane Cunha
Revista Sustentabilidade

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) inaugurou a primeira casa de um projeto piloto de bioconstrução usando superadobe e outras técnicas de bioconstrução em uma comunidade de pescadores assentados no litoral maranhense, o ministério informou em comunicado à imprensa.

O pescador maranhense Fernando, sua esposa Rosilene Patrício e a filha do casal, Eduarda, moradores da Ilha Grande do Paulino, município de Tutóia (MA), receberam, no dia 17 de novembro, as chaves da casa de 106 m², com dois quartos, sala, cozinha e varanda.

A casa foi construída em mutirão que capacitou toda a comunidade de 40 assentados para desenvolver projetos parecidos, que receberam certificado de conclusão de cursos.

O projeto foi desenvolvido em uma parceria com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, voltada para o desenvolvimento do turismo sustentável, conhecido como Programa de Sustentabilidade Ambiental do Ecoturismo (Proecotur), do MMA.

"O turista que busca os recantos aprazíveis do delta do Rio Parnaíba irá se deparar com uma arquitetura integrada ao meio ambiente, afirmou a arquiteta Cecília Prompt, coordenou o projeto para o MMA. "Já o morador terá como vantagem uma residência arejada, quente no inverno e agradável no verão".

O projeto utiliza materiais feitos de cimento, barro e palha. Além disto, o material usado na construção da casa velha derrubada foi reutilizado na obra.

Segundo informações do MMA, o custo total foi de R$ 6 mil, um pouco abaixo dos recursos distribuídos pelo Incra para estruturar assentamentos. A mesma casa construída com técnicas convencionais custaria R$22 mil, segundo o ministério.

Para o MMA, os moradores da ilha agora já estão aptos a buscar no meio ambiente os recursos para construções sustentáveis de suas casas. A comunidade aprendeu várias técnicas que remontam ao período colonial brasileiro, como a taipa de pilão e a taipa de mão, além do adobe.

A expectativa dos coordenadores do curso é que Ilha Grande do Paulino sirva de exemplo para o ecoturismo na região.

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