segunda-feira, 28 de setembro de 2009

PRESERVAÇÃO

Maranhão vê fraude em 57% das empresas florestais

Carlos Rangel / DiárioNet

O Maranhão aderiu ao sistema eletrônico de controle de fluxo de produtos florestais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama) e passa a usar o documento de origem florestal. A decisão foi tomada depois que a Secretaria de Meio Ambiente do Estado detectou indícios de fraude em 57% das empresas que utilizavam apenas o controle maranhense. As empresas madeireiras já têm de declarar seus estoques no sistema federal para continuar operando.

A auditoria apontou a movimentação irregular de 405 mil metros cúbicos de madeira em toras, 195 mil m³ de madeira serrada, 1,6 milhão de estéreos de lenha, mourões ou resíduos, 251 mil metros de carvão, e a inserção fraudulenta de cerca de 600 mil m³ de produtos florestais no Sisflora no Maranhão. Apenas 14 empresas foram responsáveis por cerca de 20% das irregularidades.

O diretor de Biodiversidade e Florestas do Ibama, José Humberto Chaves, afirmou que no relatório preliminar da auditoria realizada no Sisflora no Maranhão, 653 de 1200 empresas cadastradas apresentaram indícios de fraudes. "Os números assustam. Muitas dessas empresas possivelmente são fantasmas e serviam para esquentar madeira sem origem legal, mas felizmente os sistemas eletrônicos permitem rastrear as fraudes", de acordo com a assessoria do Ibama.

Segundo o diretor de Proteção Ambiental do Ibama, Luciano Evaristo, "o governo do Maranhão está dando um exemplo. Agora o cidadão vai pensar dez vezes antes de cometer um crime ambiental no Estado". Para ele, Rondônia, Pará e Mato Grosso deveriam seguir o exemplo, para reduzir o desmatamento.

Sem comentários: