segunda-feira, 1 de junho de 2009

COPA NA AMAZÔNIA

Foto do projeto de como será a Arena da Amazônia, que será utilizada durante a Copa de 2.014


Conceitos de Sustentabilidade ajudaram Manaus a ser sub-sede do Mundial em 2.014

O apelo para uma sociedade que impacte menos no ambiente começa a produzir ecos de maneira mais forte. O tema Sustentabilidade está em voga, as grandes corporações têm aberto os olhos para a questão, as grandes redes de TV e a mídia em geral tratam o assunto de forma abrangente. A mais recente prova disso foi a escolha da cidade de Manaus como uma das sedes brasileiras para a Copa de 2.014.

Sem dúvida o apelo de realizar um vento do tamanho de uma Copa, no local considerado o “pulmão do mundo” foi extremamente importante para a seleção da capital amazonense. No projeto apresentado a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e à Fifa, o governo do estado mostrou o plano para reduzir a emissão dos gases do efeito estufa (GEE). A proposta é que até a Copa de 2014 tenha-se quantidade zero de carbono na atmosfera.

A intenção é mostrar também o que está sendo feito para monitorar a Floresta Amazônica e evitar seu desmatamento, através de ações como o Bolsa Floresta. O modelo de monitoramento da Amazônia será mostrado através da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) no Rio Madeira, criada em julho de 2006, com área de 283.117 hectares. No local, moram hoje 582 famílias, cujas suas vidas devem passar por verdadeira transformação depois da implementação das ações previstas na área.

O projeto visa envolver a região no tripé: clima, biodiversidade e comunidade e que a combinação fará diferença nesta Copa do Mundo. A execução de serviços ambientais, será um mecanismo financeiro para quem vive na região. Ou seja, enquanto famílias preservam a floresta, as mesmas garantem renda, melhorando de vida e reduzindo a pobreza – tudo por meio do programa Bolsa Floresta.

Além disso, o projeto terá ao mesmo tempo a função de capacitar a população da área, oferecendo suporte para geração de renda através de negócios sutentáveis, com a participação de núcleos de desenvolvimento e sustentabilidade. A idéia é mostrar que através de todas estas ações, é possível criar melhor qualidade de vida, oferecendo à população da reserva mais saúde, educação e lazer, fazendo com que através desta mudança de vida, a Copa consiga ser realizada com grande parte da floresta ainda de pé.

Para chamar a atenção para a importância da região na competição, será mostrado que “mudanças climáticas” é um assunto que envolve o mundo, mas que está sendo tratado de forma especial na região amazônica, através de soluções locais, que envolvem tanto o social, quanto o econômico e o ambiental.

Para evitar o desmatamento será criado um fundo permanente para garantir a sustentabilidade do projeto a longo prazo e ainda a importância de procedimentos de transparência para garantir a eficácia do que se tem planejado, através do contrato de contabilidade com a empresa Deloitte e auditoria pela Price Water House Coopers. Tal fundo seria criado da receita proveniente da venda de 1,2M tCO2 [1 milhão e 200 mil toneladas de carbono, cálculo feito de acordo com o que foi obtido na Copa da Alemanha].

Como se pode observar, além do que representa a Amazônia para o mundo, os argumentos apresentados foram bastante fortes.

Nos próximos posts vou mostrar o projeto de Cuiabá, que também utilizou conceitos de Sustentabilidade para ser uma das sub-sedes da competição.

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