quinta-feira, 7 de maio de 2009

UMA ALTERNATIVA PARA O SOLO

Pilhas usadas poderiam virar corretivo de solo, mas falta coleta seletiva

Fernanda Dalla Costa – Revista Sustentabilidade


Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) comprovaram a viabilidade técnica e econômica para reaproveitar os metais de pilhas usadas, mas a obtenção da matéria em quantidade suficiente ainda é um entrave, disse em entrevista à Revista Sustentabilidade Marcelo Borges Mansur, professor do Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (DEMET).

"A tecnologia para tratar as pilhas usadas nós temos, o que não temos são grandes quantidades necessárias de matéria prima [pilhas usadas]", informou Mansur. "Coletar o material é difícil, pois exige uma campanha de conscientização e [políticas] de recolhimento"

Para ele, a falta de coleta eficiente do material é resultado da legislação, que permite o descarte em aterros se tiverem níveis adequados de metais zinco, potássio e magnésio.

Além do grupo na UFMG, pesquisadores na Universidade Federal do Rio de Janeiro e no Centro de Tecnologia Minieral do Rio de Janeiro também vêm abordando o assunto.

Segundo dados levantados por Mansur, hoje, 1 bilhão de pilhas são consumidas e descartadas por ano no Brasil. Destas, cerca de 40% são clandestinas, podendo conter mercúrio na sua composição. No entanto, as pesquisas se concentraram nas pilhas oficiais, ou seja, as que são registradas no Brasil e que não contém mercúrio.

Sem comentários: