sábado, 25 de abril de 2009

NOVA REALIDADE

Rumo à economia com baixas taxas de carbono

Publicado no portal Mercado Ético
A mais recente publicação do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, sigla em inglês), intitulada Towards a Low Carbon Economy ("Rumo a uma economia com baixas emissões de carbono”), tem como objetivo compartilhar experiências empresariais na implantação e desenvolvimento de novas tecnologias, economia e mercados de carbono, entre outros, e propõe recomendações para um futuro acordo pós-Kyoto.

A publicação do documento coincide com a reunião do G20, ocorrida nos dias 2 e 3 de abril em Londres. No encontro das principais economias do planeta, chegou-se a um consenso de que, para garantir a recuperação do crescimento e futura prosperidade global, é necessária a implantação de um modelo de desenvolvimento com baixo teor de carbono.

O documento recomenda: os governos devem criar políticas e incentivos para que os diversos setores da economia busquem se adaptar às novas situações. E faz a ressalva de que esta não é uma tarefa apenas para os governos, mas também para as empresas. Como principais agentes para investir em inovação e desenvolver produtos e serviços com baixas emissões de carbono, as empresas devem ter maior participação nas negociações. O WBCSD trabalha com CEO’s globais e outros líderes no sentido de apoiar os negociadores neste processo, recomendando políticas específicas de mecanismos que possam trazer um quadro positivo nas relações custo-benefício em relação ao meio ambiente e ao clima.

Eis um resumo das recomendações contidas no documento:
- O futuro acordo deve permitir que os países trabalhem em conjunto rumo a uma economia com baixas emissões de carbono com a urgência necessária. Isto inclui taxas objetivas de redução das emissões para os países desenvolvidos e de apoio para melhorar a infra-estrutura financeira e fluxos de tecnologia aos países em desenvolvimento, para desacelerar o crescimento das emissões líquidas e trabalhar no sentido de reduções de emissões a longo prazo;
- Tecnologias de baixo carbono existem e têm o potencial de reduzir significativamente as emissões globais, permitindo a criação de políticas específicas de apoio à sua rápida implementação, em países desenvolvidos e em desenvolvimento; Novas tecnologias também serão necessárias. A pesquisa e o desenvolvimento de tecnologias de energia limpa devem ser incentivados através de novos mecanismos financeiros e de cooperação internacional;
- O futuro cenário deve desencadear o aumento de investimentos públicos e privados, reforçando mercados de carbono e utilizando fundos públicos para impulsionar o financiamento privado de forma eficaz;
- Os fluxos financeiros para os países em desenvolvimento precisam ser reforçados por abordar investimentos, ampliação e racionalização do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, além da criação de novos mecanismos para impulsionar os investimentos em grande escala;
- A colaboração entre países desenvolvidos e em desenvolvimento em setores específicos de mitigação e adaptação pode valorizar as ações e aumentar os fluxos financeiros em direção aos países em desenvolvimento.

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