sexta-feira, 3 de abril de 2009

O OUTRO LADO NA REDUÇÃO DO IPI

Mais carros nas ruas significa ter mais poluição para respirarmos

No último dia 30 o governo federal prorrogou por mais três meses a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para compra de carros novos. A medida serve como incentivo à economia do país em meio a uma turbulência por qual passa o mundo.

Além de visar manter a economia nacional aquecida, o acordo também tenta manter milhares de empregos no setor, uma vez que de acordo com o ministro Guido Mantega (Fazenda) informou que o setor automobilístico movimenta 23% do Produto Interno Bruto (PIB) industrial.

Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), se medida não fosse anunciada, a expectativa é que haveria uma queda de 30% nas vendas de automóveis no segundo trimestre neste ano.

A redução do IPI foi lançada em dezembro e contribuiu para que não houvesse queda no primeiro trimestre deste ano e que se mantivessem o patamar de vendas de 2008. De janeiro a março do ano passado foram vendidos 633 mil veículos, e, até 29 de março, o número chegou a 635 mil.

Tudo bem que a medida visa não deixar a economia nacional em recessão, mas há de se fazer uma certa crítica. Além de manter milhares de empregos, uma das exigências que o governo federal poderia fazer é exatamente a que os norte-americanos fazem com a GM e a Chrysler para liberar ajuda financeira para que estas empresas não peçam concordata: investir em “automóveis mais limpos”.

O raciocínio é simples. Quanto mais carros que queimam combustíveis fósseis, mais poluição teremos em nosso ar. Por outro lado, ao investir em novos combustíveis que joguem menos detritos na atmosfera, a possibilidade de fazer mau ao planeta diminui.

Também existe a possibilidade de criar uma concorrência sadia em busca de carros menos poluentes em larga escala. Tecnologia já existe para isso. O que falta são incentivos, exatamente ond eo governo poderia atuar sem sucumbir ao lobby das grandes montadoras.

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